terça-feira, 16 de novembro de 2010

O TALASSA - conto do livro "Errâncias de Pedra e de Sal" de HUMBERTO MOURA

Rosto magro, encovado, olhar azulado, penetrante, deslizando harmoniosamente por um longo nariz aquilino bem desenhado, enterrando-se na barba hirsuta, acinzentada, compunham o rosto daquele homem.
Usava por vezes um blusão desbotado, que em tempos teria sido azul; outras um velho e folgado oleado, roçando-lhe a calça puída de ganga, a fazer inveja aos mais novos. Uma bóina enorme, descambando para a direita, cobria-lhe a cabeça, onde o cabelo ralo, esbranquiçado, se confundia com o espesso hirsutismo da barba.
Vivia pobremente e chamavam-lhe o Talassa. Não se lhe conhecia o nome, (se é que existia), nem idade, nem família, nem proveniência, nem sequer onde vivia, embora constasse que numa furna ali para os lados da Canada das Dutras, um lugarejo ermo e solitário nos arredores da cidade da Horta, em que do alto se disfrutava a bela Baía.
Havia ainda quem afirmasse, que numa atafona nas cercanias de Santa Bárbara.
Tudo meras suposições, porque ao certo nada se sabia. Igualmente da forma como viera ali parar. Que era um "sãomiguel", chegado a desoras sem se saber quando e como. Talvez um estranja, já que a sua fala era arrastada e esquisita, mas nada que se comparasse com os autóctones da "ilha verde", de outra ilha ou de outro lugar qualquer.
A verdade é que ninguém sabia o que quer que fosse sobre aquela criatura.
Raramente falava. Não se lhe conheciam amigos ou companhias, para além de um velho e abocanhado cachimbo com o fornilho gasto transandando permanentemente a tabaco da terra, que se acendia em dias de recolhimento e mau tempo, ajudando na meditação que o envolvia, sempre olhando o mar, talvez tentando trespassá-lo na distância ou descodificando a mensagem do seu berro colérico trepando por toda aquela costa.
Ocupava-se geralmente na pesca. Uns caniços de cana da Índia, um pequeno cesto de vimes, encardido e esfarelado, ajudavam-no no deglutir do tempo e a viver em paz.
Nas escassas conversas com que raramente se abria, impressionava quem quer que fosse, quer pela fluência, pela lucidez, pelos imensos conhecimentos de cultura e de vivência que escondidamente albergava.
Os pescadores que com ele se cruzavam, eram unânimes e costumavam sempre dizer que o homem não regulava bem da cabeça. Falava e misturava as coisas, coisas que não entendiam: "Patagónias" Novas Ébridas", "Mistrais", "Sirius", "Golfstrems"...Mas do que não tinham dúvida é de que o homem não tivera vida fácil.
Para muitos era o tripulante de algum barco, foragido à brutalidade da vida. Para outros um aventureiro como tantos, cansado da vida nas grandes urbes, procurando refúgio no remanso da pequena cidade.
Durante largo tempo inventaram-se histórias à sua volta, das mais tenebrosas às mais bizarras: que arribara a nado à Ilha, vindo de um submatino afundado ao largo da ilha do Pico, sendo ele o único sobrevivente.
Que fora um espião sobrevivido a impiedosa caçada na Segunda Guerra Mundial; primeiro ter-se-ia albergado em S. Miguel; depois no Faial, ilha longe das bocas do mundo, mais escondida, pequena e sossegada.
Chegara mesmo a dizer-se, que o homem nem sequer comia. Ninguém o vira nunca mexer com a boca, a não ser para beber, mas só beber água.
O certo, é que ninguém conseguira arrancar uma palavra sobre a sua identidade e origem.
Ao fim de um tempo, o homem, embora parecendo estranho, fora aceite na comunidade.
Era um excêntrico, disso não havia dúvida, mas não incomodava ninguiém.Volta não volta, ganhava uma ou outra soldada, fazendo parte das companhas, nos barcos de boca aberta, que varavam ali por perto no cais de Santa Cruz. E caso curioso, é que era um óptimo pescador. Dizia-se até que dava sorte, na embarcação em que ia. Por isso mesmo, era muito disputado, quando, o que raramente acontecia, se dispunha ir à faina.
Raramente falava, quando pescava pelo alto, mas as linhas iam e vinham com perícia, quase sempre carregadas de peixe do fundo, inundadas pela desavinda fumaça, do sebento e velho cachimbo.
O Talassa, aí sim, era extremamente respeitado. Iscava e aferrava como ninguém. Mesmo aparentando os seus sessenta e muitos anos, dava "calças" em quem quer que fosse. O mais experimentado ou jovem, que se atrevesse...
Tornara-se com o correr dos tempos, uma figura típica da baía.
Os olhos azulados, postos no mar e na ponta da ponteira de osso de cachalote, vendo fundos que ninguém via...
O surgir de um peixe, volta não volta, que ele delicadamente retirava do anzol, e que na maioria das vezes devolvia ao mar...
E quando lhe perguntavam porque o fazia, respondia num sorriso, sempre a mesma frase: " Oh! Muito jovem. Precisa viver..."
Era por essa e por outras, que não o entendiam.
Certa vez na doca, aferrara um pargo enorme. Seguira-se tremenda luta em que o infeliz fora finalmente vencido.
Quando tudo parecia calmo e terminado, o Talassa com enorme dificuldade, conseguira retirar-lhe do anzol, e perante a estupefacção dos que o rodeavam, lançara o enorme peixe pesadamente no mar.
O bicho ainda se ficou a boiar por uns instantes como que agradecendo-lhe a inusitada generosidade e depois desapareceu nas profundezas para nunca mais voltar.
Quando lhe perguntaram porque fizera, respondera simplesmente a sorrir: "Oh! Muito velho. Precisa descansar..."
Mas toda a comunidade devia-lhe respeito. Salvara de morte certa, duas pessoas queridas no burgo: uma na flor da idade, um jovem de dez anos, que caira ao mar e ficara entalado entre a muralha e um barco.
O Talassa atirara-se ao mar, e com risco da própria vida, conseguira, entre gritos e expectativas dos que angustiados assistiam, trazer de volta o rapaz, que para além do susto, pouco mais sofrera.
Ele é que esmagara um dedo, entre a mutralha e o casco do navio, inutilizando-o para sempre; mas o rapaz salvara-se.
Noutra ocasião, na costa do Pasteleiro, com vento e mar forte de sudoeste, uma pequena embarcação revirara, e o seu único e solitário ocupante ficara à mercê de um mar brutal e encapelado, que estoirava nas pedras ponteagudas de basalto.
Em terra todos assistiam ao desenlace sem que nada pudessem fazer.
O Talassa então pedira uma corda, que enrolara em redor da cintura, e perante a estufepfacção de todos, atirou-se ao mar. Ninguém lhe vaticinava a mínma sorte de regresso.
Muitas foram as vezes que desaparecera entre as pedras e o encapelamento das ondas. Mas chegou ao naugfrago e arrastou-o miraculosamente para terra, ainda com vida.
Recusara então honrarias, inclusive uma proposta do Município, para ser agraciado em cerimónia pública, alegando que "não fizera mais do que era a sua obrigação".
Era mesmo um homem doido aquele Talassa, ninguém disso tinha dúvida, mas era terrivelmente respeitado, principalmente na orla marítima. E falar do Talassa, era falar de um ser silencioso, um amigo, capaz de tudo, para salvar quem quer que dele precisasse.
E, em coisas de mar, não havia discussões: ele sabia tudo. Só que o seu grande defeito, era mesmo ter conversas que ninguém entendia...


Naquela noite, o Talassa fora à pesca na "Rebolona", uma lancha de boca aberta, de duas proas, rumeira e segura como uma prancha, que fazia o Canal, da Areia Larga à Espalamaca em três quartos de hora, a meia força.
A noite fora fraca. Talvez umas duas caixas de abróteas "gázeas", dois ou três chernes médios e já "bonzinhos", e mais umas miudezas de pouca valia.
As águas do Canal estavam corridas, marés vivas tocadas de vento, o que complicava quando se ia p'ra vazante". E uma lua que não dava para nada.
Mas o Vaidoca, outro excelente pescador de família e tradição, morado ali no bairro das Pedreiras, insistira com ele. Era a família a pedir o sustento, não olhando a luas.
E o Talassa mesmo sabendo que era tempo perdido, não lhe recusara a intenção e o pedido.

Fora mais um dia de "senão", cheio de "mormaço", daqueles em que o Talassa se recolhia. Porque quando estava mais expansivo, o que era raro, sempre dizia a gracejar, no seu "dialecto arrevesado", que mesmo assim sempre se entendia: "Eu sei onde está peixe. Ele chama por mim. É só por isco no boca e pronto..." Na verdade, bem lá no íntimo, o Talassa não gostava nem um pouco de assistir ao agonizar do "bicho", muito menos presenciar-lhe o execrando estertor da morte.
Normalmente a fondura era tanta a que pescavam, que o peixe vinha das profundezas, silencioso, inanimado, já morto, "bucho" rebentado, vísceras inchadas, devido à subita mudança de pressão, sem ser preciso sequer puxar, entregando-se sem resistência à mão do seu "algoz".
Assim, tudo se tornava bem mais fácil. Mas matá-lo a frio, enquanto tristemente se debatia, apenas para sacar um pouco mais de oxigénio, que lhe retivesse a vida por mais uns míseros segundos, numa luta desigual e despótica?
Não! Isso não era coisa para ele, embora, uma ou outra vez tivesse de recorrer contrafeito ao fatal golpe de misericórdia , algo que sempre o incomodava e entristecia.
Era a inevitabilidade da vida e das coisas, numa cadeia hierarquizada de necessidades, ditando a sorte dos mais fracos.

Já os ilhéus da Madalena iam ficando para trás e o amplo casario da Horta surgindo pela frente, a trepar a colina do "Monte Carneiro" e emoldurando a imensa baía, quais braços eternamente abertos, sempre prontos a receber algum cansado viandante -, a Ponta da Espalamaca, o Monte Queimado e a Guia -, e a encimá-los lá no fundo, destacando-se do verde ubérrimo dos recantos da ilha- , o cimo da Caldeira.
Aqui e ali surgiam agora as coníferas, araucárias tão velhas e tão pobres quanto Job, "conhecenças" marítimas de outras eras, tempos recuados, em que a pequena cidade fora grande, e as velas, a única forma de atravessar os oceanos e ligar os continentes e as gentes.

E o casario ia agora crescendo a cada pulsar do embolo do pequeno "Perkins" a gasóleo.
Quatro vasos de guerra, uma pequena esquadra, surtava na quietude da baía. Eram ingleses. Reconheciam-se na distância, pelo tarjar rubro, no azul marinho dos pavilhões, abanando meigamente, como singelas caudas de rafeiros, abandonados e vadios.
O Vaidoca, de cigarrilho torcido no canto da boca, apagado e babado, lançou a fala a medo:
- P'ra que diabo fazem estas gentes navios de guerra?! P´ra matá?!

O "Talassa" olhava de entre todos o maior, e, lá por entre dentes, tartamudeou para consigo: "H.M.S. Victory"...
O outro nada entendeu, e voltou à fala, enquanto a "Rebolona", airosa e roliça, ia rondando a popa do navio.
- Merda! - exclamou o "Vaidoca".
E gastam dinheiramas com essas porcarias...
O Talassa continuava mudo e absorto que nem um tordo, olhando vagamente a marujada, que no convés, se aprestava para dar um salto à terra.
O "Vaidoca" era um homem que falava pelos cotovelos. E logo continuou na sua "lenga-lenga".
- São ingleses?!
O outro acenou ligeiramente a cabeça.
- Uns sacanas, tal como os holandeses, os franceses e outros...E dizem-se aliados, há centos de anos, e têem andado a "mamar" o que era nosso e que descobrimos por esses mares fora...
Minha filha é que me vai contando estas coisas. Por mim sou um triste que nem sequer sabe o que é uma letra...O que eu levei das mãos de minha mãe que Deus já lá tem e do professor Afonso...
Mas o que me lixava era mesmo a tabuada.
O Talassa retirou lentamente o cachimbo da boca, olhou com um sorriso o Vaidoca, e monossilabou qualquer coisa, que lhe pareceu um "tens razão" e continuou a olhar a paisagem que se alongava pela frente: o casario alvo, abraçando a baía e a doca a crescer por vante; e o redondo da ponta a apoitar-se a poucos metros, encimado pelo pequeno farol, que relampejava ao cair da noite, sempre pronto a dar as "boas noites", e as "boas vindas" a quem por ela entrasse, mesmo àquela hora tardia da manhã.
Instantes volvidos, já a "Rebolona" se atracava ao cais de Santa Cruz.
O peixe era pouco, mas tinha de passar pela lota.
O Talassa foi o primeiro a saltar em terra. Chicote do cabo na mão, deu-lhe num segundo um "ás de guia", e enterrou-o no cabeço mais próximo.
Ainda o Vaidoca não apanhara a caixa para encher o peixe, já o Talassa , se punha em movimento, num rápido acenar de mão, não dizendo, nem esperando mais nada.
"Então?! E a soldada?! E o quinhão a que tinha direito e lhe pertencia?!"
O que fazer com gente assim?!
É verdade que tinham apanhado pouco peixe, mas o homem tinha lá os seus direitos...
Era por essa e por outras, que se diziam coisas e loisas daquele homem.
"Seria que não comia mesmo?"

O Talassa alto, curvado, cabelo e barba desfraldados ao vento, ia no seu passo certo e cadenciado do costume, atravessando o Largo Dr. Manuel de Arriaga.
A marujem, chegada a cada instante, espalhava-se pelas ruas, e ia "conspurcando" tascas, cafés e lupanares da beira-mar.

O café "Sport" mais conhecido por "Peter", estava a abarrotar de fardas e de "Yes´s".
À porta, alguns oficiais iam trocando as impressões do costume, aquelas de quem há muito não punha os pés em terra: o tempo, a viagem, as belezas da ilha...
O "Talassa" passava agora pelo passeio, lado oposto ao do café, onde mal medravam umas azáleas "raquíticas", em boa hora postas pela mão de um vereador mais atento, "zeloso" e amante da natureza, reminiscências salvas, ao acaso e à revelia, dos muitos e vandalescos pés, desavindos da noite, comandados pelo famoso gin do Peter, e sem querer, deu-lhe um espreitadela para a porta.
Um dos oficiais, fixou-lhe o olhar cinzento de mar e, acto contínuo, chamou o dono do café e perguntou-lhe de forma cortês, se conhecia aquele homem.
"Que sim", viera de pronto a resposta.
Era um "fisherman"; um pobre homem, que vivia por ali de uns biscates, na pesca e na faina da baía.
O oficial continuou a seguir com os olhos o corpo esguio e bamboleante do Talassa, até perder-se no cimo da rua, isto enquanto a vista pôde, e depois quedou-se pensativo, a olhar no vácuo, abstracto, como que medindo as fímbrias de um passado já longe, mas ainda suficientemente fresco para ser sepultado.
Não! Podia lá ser...O homem que aquele velho lhe fazia recordar.
Esse era quase uma lenda. Um tal McGrover. Um irlandês que chegara ao topo do Almirantado Britânico. Uma personagem que era ainda recordada e falada "à boca-miuda" pelos corredores...
Dizia-se que entrara jovem para a "Navy". A sua ascensão fora meteórica. Depois de passar pela aviação naval, comandara diversas unidades, entrando depois pela porta principal, dos sinuosos e difíceis acessos ao Almirantado.
Aí, e em pouco tempo, galgara o topo. Fora o grande estratega da Segunda Guerra Mundial: da Batalha do Atlântico; da luta anti-submarina. E de todas as estratégias de mar. A ele se deviam as grandes nuances, que haviam permitido que a vitória pendesse para o lado dos aliados.
Uma personalidade verdadeiramente lendária, incrível, que desaparecera misteriosamente sem deixar rasto, já nos finais de guerra.
Dizia-se que fora assassinado às mãos da Gestape, já que, exceptuando talvez o Primeiro Ministro Winston Churchill, era a pessoa mais odiada e de maior urgência a abater; que teria desaparecido numa missão altamente secreta, missão essa que nunca fora divulgada, e que se encontrava ainda em segredo de estado, que teria corrido mal, aventando-se até a hipotese de ter sido traído por infiltrações do eixo.
A verosimilhança ou a inversimilhança dessa e de outras histórias, passados já tantos anos, continuavam ainda vivas pelos corredores do Almirantado.

Um dos oficiais reparara que o Comandante do "H.M.S. Victory" continuava olhando o cimo da rua, absorto, num vácuo demorado, imprevisível, e num rasgo de solidariedade arriscou:
- Anything wrong, Sir?!
- No. Thath´s all right! - veio de pronto a resposta.
Mas o comandante da esquadra, o Comodoro Humphry Hill, um velho e rijo lobo do mar, não estava satisfeito e continuava visivelmente impressionado.
" Um homem daqueles, vivo e numa ilhota: na pequena ilha do Faial? Uma ilha no "cabo do mundo?" Podia lá ser...E já passara tanto tempo...Não. O McGrover fora mesmo liquidado pelos "boches".
Uma personalidade daquelas poderia lá permanecer viva ou escondida por tanto tempo...
Quantos milhares, senão milhões de vidas, não tinha ele no seu "curriculum?...Podia lá ser...
Aquele era apenas um pobre pescador: velho e vagabundo, nada mais..."

Mais à frente o Talassa parou.
Olhava agora a esquadra no meio da Baía, espelhada pelos primeiros raios de sol, popas a leste sobressaindo do alvo casario e soerguendo-se do sopé da montanha, que esvaindo-se das cores ainda vivas da manhã, afugentadas pelo sol ainda frio, trepavam para além da fronteira.
Os olhos viscosos do "Talassa", beberam lentamente aquele quadro; fixaram-se demoradamente nos pavilhões; desceram pelas correntes retesadas; foram ao mar, onde vários "lifeboats" pincelados de branco, iam e vinham, trazendo a marujada, e acabaram caindo ali a dois passos fixos no mar.
Duas lágrimas por engano, escorreram dos olhos cansados e foram anichar-se nas frondas da barba esbranquiçada.
Depois deu meia volta e as pernas começaram a mexer-se lentamemte e a levá-lo para algum sítio; um sítio perto ou longe, que ninguém mesmo conhecia.

Conto extraído do livro "Errâncias de Pedra e de Sal" de HUMBERTO MOURAED. do autor 1998

2 comentários:

  1. Humberto, é sempre um privilégio e um encanto poder ler as tuas "coisas". Tu consegues prender-nos do princípio ao fim. Fim, não, porque nunca há fim. Tu deixas as coisas sempre em suspenso, como se a Vida fosse um átimo suspenso até ao real fim, a morte. Tu nunca deixas de insinuar aquele pedaço final de Vida, porque é aí, nesse pedaço suspenso da Vida, que está a verdadeira arte de viver, quando o Tempo já não tem assim tanto tempo.
    Dá que pensar, meu Amigo!!!

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  2. So poderia ter vindo de quem veio... Um comentario que não mereço. De qualquer maneira, Muito obrigado.
    Pois é assim minha amiga, quando o Tempo já não tem assim tanto tempo...
    É a fase de um quase nada, de um tudo ou de uma sublimação deserta e pouco entendível, tão efemera, que nem dá para saborear...

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