sábado, 18 de junho de 2011

Escrever? Ou Traduzir?

Isto vem a respeito das declarações de uma concorrente no programa "De Quem Quer Ser Milionário".
O Super Malato, o ursinhão, como ele próprio  se intitula, ao referir-se a publicações, livros mais concretamente, dizia, e com certa razão, que nunca se publicaram tantos como agora  em Portugal. É uma verdade.
E a tal concorrente não se ficou por aí e logo acrescentou : que os bons, raramente encontravam editor. E que o mundo do livro, (editores, distribuidores, livreiros etc. etc. ), era, e é um mundo nubloso... às vezes maquiavélico. São eles os sorvedouros do negócio, de um negócio em que o autor, perdendo muitas vezes anos de trabalho, é quem menos ganha e a personalidade sempre pronta a dar boleias...E porque é artista, fecha os olhos ao dinheiro.
Até nisso Portugal  não é só um país de brandos costumes. É também um país de hipocrisia e de oportunismo.
Afinal e melhor pensando, por onde andam os bons livros, romances  sobretudo ou quaisquer outros de outro gênero literário?
 Quem os escreve? Para quê e para quem?
É por isso que as tais editoras, levam a vida a importar criatividade, (?), como se isso fosse possível , por vezes transfigurando-a em traduções  apressadas....
É a democracia também ela, a dar um sinal duvidoso, doloroso e menos positivo. Ou não será mesmo oportunismo?
Apetece seguir as pisadas de  Miguel Torga que, enquanto vivo, nunca recorreu a esse status.
Toda a sua obra foi de  edição de autor...E aí está para a quem a quiser  apreciar...
Ou não será melhor perguntar a esses senhores, se valerá  a pena escrever, ou antes, fazer greve à escrita, como se faz com tanta outra coisa... que vai por aí  grassando?!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O GOVERNO

Este  Governo vai ser sério, é o que diz Coelho, o novo indigitado a PM pelo PR. Isto quer dizer que há governos que não são sérios. E seguindo o mesmo raciocinio, conclue-se que há políticos que também comungam da mesma marca. A seriedade afinal, é como a água benta - cada qual toma-a a seu gosto.
Neste dealbar de milênio, há vários Coelhos na política. Qual deles o melhor? Será o da Madeira qua tanto ama o Jardim?
Antigamente eram os Costas. Acabaram-se os Costas,  como o  Gomes da Costa ou  o Costa Gomes.
Todos muito bonzinhos e muito iguaisinhos...
Quanto a Coelhos: quem os tira da cartola?
A ver vamos. O rapaz já diz que vai ser dificil a caminhada...
Preparando o terreno?
Qual carapuça! Para ele, e talvez   para os amigalhaços, que sempre os há, nem tanto.
Agora para quem não tem trabalho,  ou melhor ordenado, (trabalho não, porque trabalho não falta), ...vai ser duro. Mas isto não é novidade para ninguém, nem sequer para um surdo-mudo...
Que Deus nos, (e o ajude), porque  até os agnósticos e os ateus vão ter de a Ele  recorrer... e pedir-lhe,  talvez esmola...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O QUE NOS RESTA

O relativo insucesso das religiões, é o estado a que chegámos. Cada vez mais o homem é o grande predador de si e do universo ...Mas (elas) as  religiões, têm ainda um peso enorme, e talvez um papel importante, na vida quotidiana e na vivência da condição humana.
Podem até ser, em alguns casos, o barómetro da própria sociedade e da sua cultura.
É tempo de Pentecostes. É tempo de falar de Espírito Santo. E falar de Espirito Santo, é falar de partilha e de dádiva. É falar do frade calabrez Joaquim de Fiore e de Francisco de Assis - il povorelle,  o Santo da Natureza. De Alguém que deu outra dimensão ao cristianismo, porque deu tudo, renovando-o, e exorcisando a Terra como lugar de dor e  expiação para  remissão de pecados. Alguém que trazendo a divindade para a rua, chamou pela primeira vez a atenção do mundo para a grande realidade que é a criação e a vida, e que essa vida, toda ela merece ser respeitada e mais do que isso,  amada. E  que despojar-se, é partilhar, e é dar-se...
Assim foi a sua génese. Assim deverá ser a sua continuidade.
Infima parcela dessa Grande Obra e desse imenso e Eterno Infinito, o homem cada vez precisa  repensar a sua caminhada, o Espirito Santo, e a mais íntima concepção de Fiore e de  Assis.
Ao fim de um milênio,  aqui pelos Açores, santuário dessa quimera - igualdade, fraternidade, partilha - resta-nos apenas as sopas do Espírito Santo...
Pena haver algum aproveitamento...
Mas se for para assegurar essa  continuidade, que o mafarrico  não nos leve mais...
Afinal de contas, também eu gosto das sopas,  quando bem confeccionadas, claro...

domingo, 12 de junho de 2011

INCOERÊNCIA ATÉ NA COLIGAÇÃO

Incoerência até na coligação de governo.
Numa situação como a actual, não seria conveniente uma aliança de goveno mais abrangente, incluindo o próprio partido da anterior governação?
Parece-me que à partida, há falta de lucidez política para ultrapassar a crise que é enorme.
Isto até um cego. nota claramente.
Mais uma portuguesice ou uma politiquice, que se calhar vamos ter de pagar.
Ou será mesmo um capricho e falta de bom senso?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

TENHO QUE DIZER ISTO

Cada vez menos me orgulho do que fomos e do que somos.
Como obra, para além da língua e talvez dos descobrimentos, pouco mais nos resta para  nos orgulharmos, a não ser um certo desenrascanso, aprendido e apreendido com a dificuldade e uma misceginação vindo do norte de África e de outras bandas  remotas, que nos  trouxeram um certo espírito fatalista e um modo saudosista de viver...O fado e outras quinquilharias vêm daí...
Há quem consiga pintar melhor essa história que apesar de tudo admiro, mas reconheço que não trouxe muito ao presente, nem à nossa mentalidade e forma de encarar a vida...
Patriotismo?! Talvez...
 Mas os Açores têm a sua própria história recheada de muitas incongruências e continuam à margem de muita coisa...Por parte da mãe ou da madrasta...a mil e seiscentos quilómetros de distância.
Valerá a pena falar-se em ser português? Sim! Mas  dos Açores...
Apenas, e que eu saiba, um homem da política  deu por isso. E ele chama-se Sócrates. 
Apesar de não ter concordado com tudo o que ele fez, presto-lhe aqui a minha sincera e pública homenagem.
Foi o único que viu os Açores como um arquipéllago com  nove ilhas, e não com duas, como a Madeira. Que retirou aos politicos algumas das  regalias que ninguém ousava mexer.  E muitas outras coisas... Estou a lembrar-me de que apenas oito anos apens davam direito ao descanso,  às vezes também eles  de descanso...Medidas dessas não agradam a toda a gente...
Daí o ódio do leque partidário, desde a direita revanchista, a uma esquerda incoerente e inadequeda.
Mas o portuga é assim mesmo: incoerente. Agride e trata mal quem não deve e paparica quem não merece...  E às vezes é até  ingrato...
Bem haja quem ajudou a fazer tal justiça...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O PAÍS? OU O MUNDO QUE TEMOS?

Cada vez mais me convenço, de que a loucura atingiu fatal e finalmente o homo sapiens e deu-lhe a volta   à moleirinha.
Pedem-se alvísseras.Quem nos acode. Ela (loucura), anda aí à solta e por todo o lado. Nos campos de futebol, nas arruadas políticas, nas auto estradas, nos Médios e Extremos Orientes,  onde as bombas são atadas aos seios e à púbis dos  adolescentes. Mata-se e depois morre-se. Ou melhor, morre-se  e depois mata-se. À porta dos cafés e dos cinemas. E depois o regalo: vê-se  tudo e o que mais houver em horário nobre na TV, numa esplanada apinhada ou no remanso de casa com o lulu por perto.
Enganem-se porque o regabofe ainda mal começou....
Isto vem a respeito do momento que se vive em Portugal de  eleições.
Porquê e para quê? Quem vai governar? Quem e o quê,  num país em que a  direita e a  esquerda  (por vezes extrema) se entenderam bizarramente  para derrubar um governo de centro?  Sede de poder?
Aí  entraram pela certa, os interesses de campanário ou as paixões pueris dos futebóis políticos.
Isto prova que vivemos e atulhámo-nos cada vez mais na gula do erro, individual e colectivo.
Grandes, só em orelhas quando elas são pronúncio de longevidade, não quando significam uma descendência pouco abonatória de algum muar teimoso,  mas se calhar  mais inteligente? Isto não senhor!
O portuga necessita  de facto de um D  Sebastião. De um Bandarra ou de um Quinto Império. Ou até de um D Quixote.  Ou  será  que de uma direita política capaz de  lembrar velhos e incrustados tempos?
Ou não será apenas de usar melhor  a cabeça e o meio termo com  maior lucidez?
 Safa que estou envergonhado. E pensando mesmo a sério, se valerá a pena  ser português?
Um país que abandona cães e velhos? Votar para quê e em quem? Para continuar  na mesma?
Sabem uma coisa?
  A obesidade é  a maior doença e a  causa maior de morte do século isto numa altura em que morrem também milhares de pessoas diariamante...mas (helas!), à fome ou de subnutrição. E  pior: à sede...