Ler livros, sobre a nossa Terra, é uma necessidade e uma obrigação. Fico às vezes pensando com tristeza e tenho a sensação, de que, não nos amámos suficientemente, porque pior do que os subestimar (os livros) ou os desprezar, os ignoramos completamente. E quem tenta fazer alguma coisa, (no caso os seus autores), mesmo sacrificando muito da sua vida em tempo e dinheiro e não regateando qualquer recompensa, que não seja a de acrescentar um ponto à fragilizada panóplia cultural desta Terra, não são tidos nem achados, por nada, nem ninguém. Não sei como há ainda gente que se dedique a essas coisas. Poderá falar-se de carolice? Pode até ser. Só que a própria carolice tem limites e necessita pelo menos de um minimo de estimulo, se não norre. E é isto que não vejo. Terceira, S. Miguel, até o Pico, estão melhor nesse aspecto: gostam mais de si. E gostar de si, é gostar dos seus e do que fazem, sejam autores, actores, escritores, pintores, sapateiros, artesãos, pedreiros. E é também gostar das suas paisagens, dos seus pequenos heróis, do seu passado, da sua memória. Não gostar de si ou ter vergonha de si, é cair na medicridade. O bairrismo moderado, é saudável e é preciso. Nem sequer o vejo por aí... Dizia algures um antigo político da nossa praça: " Em S. Miguel já nos elogiaram várias vezes. Porquê? - Perguntei. Vocês têm uma faceta muito boa: reivindicam muito pouco. O nosso interlocutor logo se iluminou e respondeu com um sorriso: Sabes: Reivindicar dá trabalho...
Ler livros, sobre a nossa Terra, é uma necessidade e uma obrigação.
ResponderEliminarFico às vezes pensando com tristeza e tenho a sensação, de que, não nos amámos suficientemente, porque pior do que os subestimar (os livros) ou os desprezar, os ignoramos completamente. E quem tenta fazer alguma coisa, (no caso os seus autores), mesmo sacrificando muito da sua vida em tempo e dinheiro e não regateando qualquer recompensa, que não seja a de acrescentar um ponto à fragilizada panóplia cultural desta Terra, não são tidos nem achados, por nada, nem ninguém. Não sei como há ainda gente que se dedique a essas coisas. Poderá falar-se de carolice? Pode até ser. Só que a própria carolice tem limites e necessita pelo menos de um minimo de estimulo, se não norre. E é isto que não vejo. Terceira, S. Miguel, até o Pico, estão melhor nesse aspecto: gostam mais de si. E gostar de si, é gostar dos seus e do que fazem, sejam autores, actores, escritores, pintores, sapateiros, artesãos, pedreiros. E é também gostar das suas paisagens, dos seus pequenos heróis, do seu passado, da sua memória. Não gostar de si ou ter vergonha de si, é cair na medicridade. O bairrismo moderado, é saudável e é preciso.
Nem sequer o vejo por aí...
Dizia algures um antigo político da nossa praça: " Em S. Miguel já nos elogiaram várias vezes. Porquê? - Perguntei. Vocês têm uma faceta muito boa: reivindicam muito pouco. O nosso interlocutor logo se iluminou e respondeu com um sorriso: Sabes: Reivindicar dá trabalho...