quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Coisas do arco da velha...AS PALOMAS E O CANÍDEO...

Disseram-nos que a nossa principal Autarquia, anda inquieta, irrequieta, em ebulição e roda viva, preocupada com a proliferação de uma estranha e terrível praga, destruidora e sarnosa, uma autêntica ameça à saude pública e o pior: um entrave ao crescimento económico, aliás incipiente, da Ilha. Que julgais ser? Elefantes? Gibóias? Serpentes? Mamutes ou outros desavindos espécimes regressados do paleolítico? Não. Nada disso. Apenas pombas; palomas, cândidas e inofensivas. Ora vejam com o que essa gente se preocupa. Não faz muito, que um velho amigo comum, a quem a madrasta da sorte, fez como a de muitos dos nossos filhos, ou seja, que fosse transmutado para longe, e me disse: "Ora bolas!, vocês por aqui nem sequer pombas na cidade têm. É que, ao que julgo, não há cidade que se preze de as não ter..." Fiquei quedo a matutar, a pensar e logo reconheci que era verdade. Veneza, Paris, Londres...Até a nossa Lisboa , a de hoje e a de outras eras ou a do famigerado Carvalho e Mello... Será mesmo que o turismo deles é assim tão afectado e ruim? Apetece-me dizer: Ora meninos. Cresçam e apareçam...na política e não só. Controlar humana e cuidadosamente a bicheza se calhar pode ser preciso...Agora ocuparem-se disso tão afanosamente, quando esta cidadezinha, que muito bem podia ser como outras aqui nos Açores, uma vilazinha aprazível, dá no mínimo para rir...ou se calhar, sorrir... Isto não me admira. Não faz muito, que em plena via pública, um miserável canídeo, se calhar faminto e abandonado, foi fuzilado a pedido de um cidadão anónimo (via telefone), sem grande alarido ou grande compaixão...Ressalvando as dificuldades do funeral do bicho (quem o enterra?)...que ficou para lá estatelado algum tempo, tudo se passou na normalidade... Se o meu bom amigo que dirigiu proficuamente um jornal secular e respeitado, durante largos anos, (que nunca deveria ter desparecido), diria como sempre, quando lhe chamava a atenção sobre qualquer andança peculiar desta terra: "Homem! Não se amofine. Esta é a terra da "coisa rara"...E tinha razão... Paz à sua alma... E a todos os de boa vontade que ocasionam dessas cenas burlescas e teatrais...

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