domingo, 21 de abril de 2013

TRABALHAR' PARA QUÊ?

Agostinho da Silva, defendia a tese, para muitos eclética, de que o homem não fora "criado para trabalhar". É uma teoria discutível e como outra qualquer, que tem o condão de ter muitos patrocinadores, eu próprio incluido, não fosse lá a "chatice" de ter de sobreviver, esta máxima vinda ao que parece, do nosso amigo Charles Darwin... Isto para dizer que, em minha opinião, e nas circunstâncias atuais, o que estará a acontecer, é uma espécie de Darwinismo ao contrário, misturado com uma pitada de "agostianismo", ou seja, uma espécie de evolução, não na continuidade de famigerada memória, nem uma luta pela sobrevivência "strugle for life", mas o ardil pela sobrevivência, ou seja, recorrendo ao trabalho minimo e ganhando o lucro o máximo, usando a artimanha do truque, da mentira, do subterfúgio, do poder a todo o preço e sobretudo da ganância, ao serviço do descanso e da mente preparada e evoluída nesse sentido. Dou um exemplo: em qualquer produto acabado, não é necessariamente quem dispendeu maior esforço, seja ele fisico ou intelectual, quem mais aufere. Muitas vezes, se não sempre, dá-se o contrário ou seja, são os intermediarios, os distribuidortes, os depositários, os representantees, os agentes, os editores, agentes de uma forma forma geral angariariadora de fundos/i>, toda ela uma espécie de súcia que faz pouco, e ganha muito, e que ao trabalho, aquele que é duro, disse pouco ou quase nada. Até naquilo que se chama "trabalho" intelectual, não é o criador, o autor, o n escrivente, ou escritor, que "perde" por vezes anos, a fazer uns rabiscos ou arquitectar qualquer coisa. É o vizinho do lado. São os outros...os marajás da finança... E vai daí, o nosso Presidente Aníbal, passeando pelas plagas longínquas colombianas, a encher a boca com essa gente que ganha pouco mais do que nada, e só é recordada em momenos de circunstância com algum cinismo. São do "melhor que temos", asseverou, referindo-se a eles, os ditos cujos escritores e autores... Ainda bem, porque por aqui, nos Açores, nem isso. Ninguém dá ou se importa com eles, numa região (sertá mesmo?) pouco cobiçada pelos investimentos e pelas coisas do dinheiro, já que o dinheiro faz parte dessa coisa ridícula para muitos, chamada cultura...mas tão badalada pelos políticos, quando interessa. Afinal a política e os políticos são mesmo assim: dizem por vezes, o que não pensam, ou fazem o que não querem ou nem sabem, se sabem...E não há forma de dar a volta. Ou haverá mesmo? E isto dito, mesmo que sejam lérias, há sempre gente para ouvir... E o pior: aplaudir...Por mim, prefiro sorrir...já que não tenho força para rir...à gargalhada...como tudo isto mertece.

Sem comentários:

Enviar um comentário