sexta-feira, 26 de julho de 2013

PALHAÇADA IRREVOGÁVEL

Alguém, que nanja eu, já utilizou a palavra "palhaçada", para dar corpo a alguma indignação às coisas que vão surgindo e que as pessoas vão acompanhando, este desenrolar de acontecimentos que nos deixa incrédulo e perplexo. Ao fim de dois anos, quando um (des)governo se pensava desgovernar-se completamente, embora o master dissesse que nunca, nunca se demitiria, eis que lhe surje no encalço outro na mesma linha draconiana, mas apelando sofregmente aos consensos (sòmente impossíveis neste país lusíada e à beira mar plantado, "pátria de Camões e de Eças", de Viriatos, de Bocages e de Montes Hermínios, criando um novo status e uma nova forma de fazer política, tornando prontamente revogável, o que dias antes era irrevogável. É a política no seu melhor-: É a palhaçada,como diria o saudoso Eça. É a choldra - É Portugal no seu pior. Ponho-me a pensar. Bem ou mal, isto que levou tantos anos a construir, foi de uma assenmtada e tão pouco destruido. Quem atrás vier, vai ter muito que se coçar. Com estas reformas, com esta gente, com esta forma de pensamento, com estes sonhos, com esta desfaçatez, não há democracia que lhe resista. Alguém está esfregando as mãos de contentamento. O nosso mal já não vem de Espanha. Vem de cá de dentro, aproveitado pelo mundo da ganância, da usura, da malvadez... Por mim só tenho uma palavra: MERDE!...

terça-feira, 16 de julho de 2013

CÉU E INFERNO

Céu e inferno, só nos surjem depois de mortos e sepultados, bem sepultados, muito embora haja quem os experimente muito antes dessa hora, fatídica para uns, redentora para outros. E de "bons", ao que parece, está o inferno cheio. E melhor pensando, a morte até "purifica". Ninguém, que eu saiba, a não ser o famigerado ADOLPH Hitler, foi mau em vida. Até em Portugal, (e os Açores não lhe escapam), essa é condição essencial, para se aspirar à condição de figura reconhecida, pública, por vezes venerada. É uma pequena vergonha ou a falta dela ou se calhar de desassombro, que se tornou em hábito. Embora seja contra foguetórios, sobretudo apoiados por grupos, por facções ou movimentos, reconheço que há pessoas, peze embora a contradição com o ideário democrático que temos, (mais em nome do que em realidade), há uns mais merecedores do que outros, ou melhor, há muitos, muito mais merecedores do que outros, mas, e infelizmente, também mais anónimos, mesmo com muitos valores e talentos à mistura ou até com muitos infernos já passados...em vida. Mas o, ou os avaliadores, não olham ou não têm tempo para isso. As consciências não são assim tão necessárias ou até para aí chamadas... Seja como for, (ou o que for), entendo que as homenagens, quando feitas ou pensadas, devem ser feitas, quando o homenageado ainda mexe e remexe. Porque depois, nem sequer o pobrezinho tem o consolo ou o desconsolo, de ouvir bater as palminhas...

sexta-feira, 12 de julho de 2013

O DESCALÇAR DA BOTA

Surpreendeu, o nosso Presidente Cavaco.Quando se pensava, que Portas vs Passos, tinham resolvido a questão, eis que surge a carambola: Portas já não é Vice,com poderes de Primeiro  . E o Partido Socialista,  que andava um tanto à deriva ou a reboque das circuntâncias, foi atirado à fogueira. Boa cartada esta do Presidente Aníbal, que, volta não volta, nos surpreende.
Os três da vida airada, que assinaram o malfadado memorando, que se desenrasquem.
Resultado: mau para todos, até mesmo, para nósoutros, cidadãos comuns, desejosos de que, quer Troika, quer Governo, "vão para os quintos dos infernos.
Melhor seria, se o Presidente arranjasse gente com credibilidade, dentro ou até longe dos partidos," até quanto mais melhor", e conseguisse arrancar para um rumo seguro, sem tantos sobressaltos, tanta infantilidade e instabilidade, tanta falta de coerência, e pior, detentor de uma ideologia e um projecto de sociedade, que no mínimo, nos arrepia.
Os dados estão lançados. Se concordamos com um Governo de Salvação Nacional? Talvez sim, embora só o nome nos traga sobressalto. Totalmente partidário? Aí a porca torce o rabo.Torce, porque não sabemos a quem vai calhar o "torresmo" da agonia...  

sexta-feira, 5 de julho de 2013

HORTA FOREVER

Horta - forever


Ao passar mais esta efeméride de passagem de vila a cidade,  quero recordar aqui  o que escreveu  Pedro da Silveira ao referir-se à Horta do século XIX, num excerto do seu livro "Sinais de Oeste",  e cito: "Só o Faial vale tudo. (e valia)...
E isto era o rosto ancorado da civilização! Era a mais alegre, a maior pequena cidade do mundo. 
Era a riqueza de Londres e de Nova York! Era o requinte de Paris, o luxo de  San Petersburgo! Todos mercavam, vendiam. Embarcavam. Tornavam... 
E a Horta, passados que são180 anos do inicio da sua  própria existência como cidade, continua a mais alegre e a maior cidade pequena do mundo. A mais cosmopolita, a mais acolhedora. A Horta, continua sendo o grande apoio e o  centro do mundo, para quem  se aventure  atravessar  este imenso rio que se chama Atlântico.
Pela sua  baía, que todo o mundo já transitou, o navegador (ex-aventureiro), encontra o carinho e a amizade  que necessita, uma amizade  gerada por séculos, de convivio e de mar. A prova está no  Peter - Café Sport, ele próprio, tal como a Horta, encarnando o "Centro do Mundo", um mundo de mil pavilhões, de   mil bandeiras, e de   mil linguas que se  entendem.
A recebê-lo, surgem   os dois braços naturais, verdejantes  e altaneiros-,  a Espalamaca e a Guia- , que num abraço fraterno  os acolhe para sempre, selando um encontro, a repetir vida fora.
Podemos dizer que três praias estão permanentemente  disponíveis ao forasteiro amigo, sem necessidade de utilizar carro, algo que penso inédito ou mesmo  raro por este mundo de Deus. É a possibilidade de se poder apreciar três, por vezes quatro  ilhas, fornecendo  a imagem  mágica e paradisíaca de uma imensa lagoa imensa ( de dezenas de milhas), encimada por uma montanha, bela,  graciosa e grandiosa -, o Pico-,  de dois quilómetros e meio de  altura.
Mas a Horta não é  apenas a personificação da  beleza . A Horta é mais. É a possibilidade  de se poder constatar, que tal omo no século XIX,  a vida cultural, vive o seu dia-a-dia, com ardor e pujança. Faz-se teatro, música, poesia, literatura, pintura, desenho, escultura.
Até política...É caso para dar PARABÉNS à HORTA, aos faialenses, aos açorianos, e a todos os que a visitam, dela gostam ou dela têm saudades.
E é ainda caso para dizer: HORTA FOREVER!