quarta-feira, 25 de setembro de 2013

UM CONSELHO AOS CANDIDATOS

Velho ditado diz-nos que "quem te avisa, teu amigo é". E os antigos tinham razão em muita coisa. Por não se lhes dar mais "ouvidos", é que as coisas estão, como estão. O conselho que desejo deixar aos exmos candidatos a autarcas, (eu próprio já o fui, uma experiência engraçada, por que todos devem passar, sejam eles doutores ou trolhas. E o conselho é mais ou menos este. Não julguem que é "pêra doce" ser-se presidente de Câmara, sobretudo uma Câmara como a da Horta. Os dinheiros são escassos e até a bonomia das pessoas, não é assim tão alargada... A cidade da Horta, que bem podia ser uma vila, uma grande E BONITA vila, tal como outras de elevação recente por "condomínio" político, tem muito, mas falta-lhe outro tanto PARA SER CIDADE, sobretudo em mentalidade, principalmente de quem a tem governado. Criou-se através dos tempos, a iéia de que a cidade, é apenas duas ou três ruelas ao longo do litoral e o resto é paisagem. Aqui cabe uma ressalva e "ainda bem que fizeram a Avenida Marginal", se não... A cinco minutos do seu centro,já não é cidade. Não há muito, que se dizia, ali para os lados das Angústias,"eu vou à cidade". Era esta a mentalidade, mentalidade que continua firme na cabeça de muita gente. E isto reflecte-se no pensamento de quem a vai "dirigindo". Resultado: o abandono da periferia, que há muito deveria ter deixado de ser, cocomitantemente com o centro. É campo diz-se. É uma cidadezinha sem vontade de crescer, muito embora o grande comércio se esteja a localizar nessa periferia, o que também não é bom. É urgente resolver as entradas e saídas, principalmente para o lado poente e também nascente, que erros autarquicos deixaram passar. Uma ruela de três metros, praticamente sem passeios, é a variante que nunca chegou a nascer, muito por culpa até dos seus autóctones e de alguns políticos da praça. Era, dizia-se, uma zona nobre, deixara da ser campo. Quando convém com alguns iluminados é assim... Rapazes da política! Façam por gostar da sua terra e da sua gente, às vezes mesmo que tenham de engolir algum sapo, ou a vossa versatilidade não seja do conhecimento púclico, mas façam por isso, e olhem-na de modo igual olhando oseu futuro, deixando os mitos e os "amores" para outras horas e ocasiões. Proponho até, que a freguesia dos Flamengos (porque não) seja integrada na cidade. E mais tarde outras se seguirão. É que o Faial é a mais urbanizada de todas as ilhas açorianas. É com mágoa, que vejo ruas históricas da periferia completamente abandonadas à sua sorte, e não tenho mesmo VERGONHA de dizer (alguém deveria), que muitas vezes passo a vassoura pela parcela de rua que me toca,enquanto que a cem metros de distância, há brigadas de carrinho na mão, a vasculhar demoradamente o asfalto...à procura de sujidade...

domingo, 15 de setembro de 2013

CORTES NAS PENSÕES OU O VALE TUDO

Os cortes nas pensões da função pública, consubstanciam mais uma ilegalidade constitucional, e são sobretudo, uma fraude e como tal criminalizável, violando principios fundamentais, desde a igualdade, a confiança, a expectativa, deixando entrever uma ligeireza de entendimento, de responsabilidade, de competência, que deixa  transparecer que quem nos governa, governa de qualquer maneira, a qualquer preço, sem olhar a meios ou a razões. É o "rebentar" pelo elo mais fraco, e o elo mais fraco, são os reformados. E anda-se a mandar a "negaça" ao TC, para ver "se a negaça" passa ou não.
É o despudor político total e o vale tudo.
Esse ataque aos reformados e à função pública, esse "querer" dar a entender, que essas reformas do Estado, são benéficas e necessárias, em nome de uma pseudo igualdade, estão a fazer-se monstruosidades.
Estes senhores da política, que nada têm que os faça respeitar o Estado como devem, a partir do respeito pelas suas próprias estruturase o funcionalismo faz parte e é parte integrante dessa estrutura, sem nunca terem arrostado com o rigor e as incompreensões do sistema, que as havia e há, servem-se dele pela via mais fácil, a da política, para lá irem apanhar reformas, subvenções, dar saltinhos para encabeçar grandes empresas, públicas e privadas, e muito naturalmente vão arrasando o país, entegando tudo, desde saude e educação, às mais dísparas empresas publicas sectoriais e de mão beijada, aos privados, desarticulando o que levou tantos e tantos anos a construir.
Este Portugal, esta Europa, esta UE, estes sonhos tóxicos de bancos e banqueiros, investidores desonestos, dinheiros fáceis à custa do desemprego e da miséria é o ruir deste país e deste mundo que levou tantoz anos a edificar....
É caso para se dizer que tudo ou quase tudo falhou, neste século de luzes negras, de gente da penumbra, e de um futuro que se aproxima cada vez mais incerto a aproximar-se perigosamente do Apocalipse...

sábado, 7 de setembro de 2013

PALAVRAS ALTERNATIVAS PARA A ARTE DE ROUBAR

Este mundo da finança, da economia, e da banca, é um mundo diabólico. Com nomes "bonitos" a pomposos, quase sempre de origem anglo-saxónica (inglesa), como "swaps" e outros, encerram "virtualidades" diabólicas, impensáveis ao comum dos mortais. Fazem parte do chamado mundo dos negócios, um mundo sinuoso e agressivo, que serve determinada elite, habituada a fazer pouco e a ganhar muito. É também o mundo denominado mundo do risco. E é esse mundo, que domina o pensamente de alguma gente, quiçá mais jovem, no pensamento actual europeu, isto porque nem tudo é bom e bem feito, nesta madre civilizadora e civilizacional, com um também longo historial de asneira pelo meio, que se chama Europa.Vejam-se por exemplo guerras como a dos cem anos. E esses negócio, não são se não falcatruas. E quando dão para o "torto", lá está Estado por detrás a dar (afinal somos nós) um empurrãozinho e a pagar, as asneiras que os tais gestores fazem. E toca a fuga de dinheiros e de capitais, e de pessoas, com caras bem "respeitadas" e até conhecidas na praça. Põe-se na cadeia um miserável por roubar um pão para comer, (o de Victor Hugo já assim foi) e deixa-se à solta quem desviou 100 milhões. Mas o sonho de "roubar" não é novo, nem é de agora. Volta não volta, retoma o seu lugar na mentalidade da alguns iluminados. Enganar sempre foi fácil, e agora mais do que nunca, e o grande sonho de quem quer viver bem, fazendo pouco. A comunicação social dá, como nunca, uma ajudazinha. O que eu gostava que me dissessem é se a definição de roubar, irá manter-se por muito tempo, ou assemelhar-se à que nos dicionários do velho Torrinha, fez história nos nossos tempos de escola?

domingo, 1 de setembro de 2013

ALVÍSSERAS É O QUE SE PEDE...

Uma vez mais, o Tribunal Constitucional é o mau da fita, ao contrário do que é real e credível. Então é possível um governo, e um Primeiro Ministro, não saberem os limites constitucionais da sua própria actuação? Como podem governar um país, sem conhecer essa Constituição em pormenor? Como se atrevem a repetir erros, por, pelo menos, cinco, repito, cinco vezes, quase consecutivas? Foi por muito menos que rolou, a cabeça a Maria Antonieta... Não se entende este e outros procedimentos, passados, e se calhar futuros. E vêm para as TV os comentadores, políticos disfarçados, já se vê, disfarçados de reformados, e de reactivados, todos eles armados em opinion makers, homens que sabem tudo e não dizem nada, às vezes mal, muito mal, do que não o merece e bem do que está muito mal. Que país é este, em que se defende a mentira e em que essa mentira, dita repetida, duas ou três vezes, passa a verdade insofismável? Povo desgraçado este, que tem que aturar esta gente! Ainda bem que temos um Tribunal Constitucional de gente séria e vertical, não de rapazes e gente menor. Ainda bem que, ainda temos uma Constituição, que se calhar, com o que vamos vendo por aí, só tinha emprego quem andasse num único partido (ganhador). Admira-me que o garante da Democracia (Democracia?), o Presidente, continue com uma atitude ambígua e tão soft perante tudo isto. E vejo falar de convergência de pensões. Não terá sido a grande desgraça dos reformados? Quais convergências? Essa gente que pertence à CGA, não tem nada a ver com essa dita e maliciosa convergência da Segurança Social. Descontaram tudo o que havia para descontar atempadamente. Tiveram as expectativas que lhe foram CRIADAS E atribuídas durante uma vida inteira. O outro regime, que nunca antes existiu, foi preciso vir um tal Marcelo Caetano, um fascista na opinião de alguns, para o implementer. Nada, repito, nada tem a ver, um regime, com o outro. Porque ele fazia parte de uma definição da Função Pública que existia e deve continuar, porque ganhando pouco, mas com uma segurança, que depois da chamada posse definitiva, ninguém lhe mexia, daí as opções. Só quem é burro, ignorante, não tem experiência, idade, ou outra falha de personalidade, é que assim fala. Quem não sabe isso é ignorante, tolo, ou quer fazer os outros passarem a ser iguais. Esta gente do governo, rectifico, das empresas, porque vão lá apenas para apanhar algum empurrãozito, ou uma reforma que não dá para os gastos (alfinetes) e depois voltar a elas (empresas), está a fazer o balastro a seu modo e a levar a água ao seu moinho. Uma choldra, como diria o Eça. Alvísseras é o que se pede. Estamos a saque... .