quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A REFORMA DO ESTADO

Cada vez mais as decisões políticas, têm o saudável condão de nos deixar boquiabertos, com a sua duvidosa finalidade. Por vezes, assemalham-se mesmo a hilariantes palhaçadas, em que os autores nem sabem do que falam e pior, do que os outros falam deles. Estamos perante um jogo, sem face, sem retorno e sem sentido. E desviam-se as atenções para outros terrenos, deixando à mercê do nada, o mais importante. Estou a lembrar-me que uma das primeiras medidas tomadas pela ministra da Agriculrura do actual governo, foi a "permissão" de os caçadfores poderem "usufruir" de uma colheita, em termos da caça, de quarenta melros por caçada, uma praga, segundo ela, a satisfazer a gula dos sequiosos caçadortes portugueses. E a resposta veio segura e rápida, do lado de que ninguém esperava, dos agricultores. Então disseram, os melros não, porque afinal eram os únicos companheiros das agruras do dia-a-dia. Logo os caçadores, perante tal desassombro, foram sussurrando: " então sendo eles os mais penalizados, não querendo, também eles não iriam contrariar essa idéia. Daí o veredicto final da ministra: "anula-se". Aí, apesar de tudo, pravaleceu o bom senso. Mas nem sempre é assim. Agora surge outra graça: cães e gatos são os destinatários da ministra. Não é autorizável mais do que x gatos ou x cães nas residências de cada cidadão.Ela não se preocupa com os maus tratos aos animais. Ao abandono. À flagelação a que são permanentemente sujeitos. E as palhaçadas repetem-se e são paradigmáticas, sobretudo neste governo. Por vezes não percebemos muito bem o substracto, mas entendemos as intenções. Privatizar, privatizar, privatizar. Menos Estado, menos Estado, menos Estado. A ideologia está bem patente, por vezes feita de forma sub repeticia. Reduzir, cortar, fechar, entregar ao privado. O Estado só é necessário, para cobrir e suprir as asneiras dos banqueiros, os erros dos dirigentes politicos, as falências fraudulentas ou ir lá de salto, apanhar algum... E depois, pouco ou nada funciona: se um desgraçado cidadão rouba um pão, vai "à prisa". Se dá um desfalque ou contribue para a ruina de uma grande empresa Estatal ou privada, devido a má gestão, nada lhe acontece, para além do foguetório tão peculiar da politica. Este é o circo em que vivemos. Um circo onde há feras e muitos palhaços à mistura... A finalidade de tudo isto, prende-se, não com a tão badalada reforma do Estado, mas com o seu desmembramento. Dinheiro, dinheiro, dinheiro, a qualquer preço...é a ordem estabelecida.

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