terça-feira, 12 de novembro de 2013

CONSTITUIÇÃO V/S ECONOMIA

Instalou-se a confusão. E já há quem dela se aproveite. Portugal, um país que chegou tarde à História, vive momentos de incerteza, e mais do que incerteza, momentos de desalento. Ninguém já não acredita em ninguém. É o vale tudo e o salve-se quem puder. Quando a ideologia ultrapassa a própria legalidade democrática ou seja, quando alguém faz da Constituição de um país soberano (ou que o dizem ser), uma mera papeleta de intenções capaz de se alterar a qualquer nuance ocasional, é o desmembar do próprio Estado de Direito e o fim da Democracia. Não me peçam mais uma vez para ser patriota, mas peçam-me para amar cada vez mais o meu país e quem nele vive. E para que o façam, arranjem gente capaz de o governar, de manter as suas instituições a funcionar, e de garantir o futuro das suas gentes, e mais: deixem de destruir, em nome de uma ideologia que surge de um individualismo gritante e selvagem, que se serve do Estado, quando convém, sem minimamente o respeitar. Quando se fala da Constituição, fala-se de algo sagrado, que serve para salvaguardar a vida e o futuro, não de um bloqueio com intenções previsíveis. Violá-la é crime, tal como não a fazer cumprir, isto num país onde até os sacrificios que se pedem, são desiguais. A função pública e como complemente, os pensionistas, que é a própria espinha dorsal do Estado, é a receptora de todos esses malifícios e de todas essas desigualdades , que a política e os seus agentes e derivados encontrou, para os seus erros e os seus insucessos. O impensável, está a acontecer. A confusão instalou-se. Pensa-se economia e logo depois Constituição. Não levará muito tempo, que o Estado seja uma imensa empresa. Assim desejam alguns, que se anteciparam, e já andam pelos Ministérios a (des)aprender na cartilha.

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