segunda-feira, 29 de abril de 2013

TENTAR SALVAR O QUE RESTA

Estamos a passar neste momento, por uma fase e uma crise sem precedentes. E sem querer dramatizar, entendo que duas ou trâs questões, devem ser levantadas e postas à consideração de todos: A primeira: é que a Troica, representando o FMI, o BCE e o seu irmão mais novo, conjuntamente com alguns governos de psíses europeus, o português incluído, enredaram-se numa teia e numa baía de mares tempestuosos e que, quer por inépcia, falta de cáculo ou de competência, não conseguem encontrar a saída. Se se corta no investimento e na despesa, gera-se o desemprego. Gerando-se o desemprego, diminue o consumo e logo a produção e a receita, gerando por sua vez mais desemprego. É um circulo e um circuito vicioso e ruinoso, sem fim à vista. O governo português faz o que lhe mandaram, e tenta fazer o que sabe, o que é pouco, dada a visão economicista que lhe é subjacente, e a única que conhece. E a conclusão. Está a instalar-se a confusão, corrobarando o velho ditado "de que em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão". A par de alguns "salvadores da Pátria", que vão surgindo por aqui e por ali, como Messias deja vue, de um PR que dá alguns conselhor partidários, mais ou menos simpáticos, urge fazer qualquer coisa mais. E essa qualquer coisa, uma vez que a agitação e a insatisfação é enorme e cada vez maior, essa "qualquer coisa" poderia ser um governo de consenso muito alargado, poder-se-á chamar de "salvação nacional" ou outra coisa qualquer, mas com gente que tivesse a noção de responsabilidade e sobretudo, não destruisse mais do que o que está a acontecer. Não será tarefa fácil, todos sabemos, mas penso que vale a pena tentar.

sábado, 27 de abril de 2013

A MENSAGEM DE ABRIL

Já lá vão 39 anos. Tinha eu trabalhado durante essa memorável noite, naquilo que era a Estação Telegráfica da Horta, uma "coisa" que desapareceu como tantas, até às 0800 horas e vinha de regresso a casa. Pelo caminho encontrei velho amigo, homem também de lides jornalisticas, de escritos e rebiscos, que me pôs ao corrernte da situação: "...ainda não se sabia lá muito bem, mas ocorrera qualquer coisa lá por fora". "Que vingasse", fora logo o nosso slogan e desejo. Haviam já ocorrido tantas outras tentativas em períodos anteriores, sem sucesso. Aquilo de salazarismo, era mesmo duro de roer ou de se lhe tirar o chapéu... "Vamos aguardar para ver..." E apartàmo-nos, cada qual para seu lado. À nossa maneira, éramos gente do contra. E ser do contra, era algo incómodo, até perigoso e mal entendido. Por vezes surgiam os contratempos os passarinhos, os bufos, os passarões, na paz silvana do pequeno burgo. Depois foi a alegria. Tínhamos conseguido a Liberdade, sim senhor! E a houve festança e um "vê-se-te-avias". E os partidos surgiram, cada qual exibindo na lapela a sua mais genuina ideologia ou a sui-generis. Encheu-se a boca da palavra Democracia - o poder do Povo. Falou-se em igualdade e em fraternidade. E houve até agitação nas ruas. E surgiram os sindicatos, uns melhores e mais activos apetrechados do que outros, reivindicando cada qual para seu lado. E houve outros e outras intentonas e pinochadas. E houve promoções e despromoções no MFA. E houve bons e maus da fita, de um e outro lado. E uns governaram-se mais do que outros. Com confusão e alguma desorientação pelo meio. Mas tínhámos conseguido a Democracia e a Liberdade e sobretudo acabado com aquela execranda guerra colonial que fez com que muita gente do meu tempo, ficasse semeada pelos ultramares e não mais voltasse. Mas como em tudo, o tempo foi amolecendo o ideário, que presidiu à revolução dos cravos e que era BOM, e que bem podia ser mais acadêmico do que político, e foi-se lentamente encaminhando para um 26, no esquecimento. Vieram novas gerações, que entraram para a política ou a maltrataram, e ao ideário do 25 de Abril, foi-se dizendo : Nada. Se calhar desconheciam-no, na intenção, no conteúdo ou na globalidade. Hoje (salva-se ou lamenta-se) o país está politizado, de cima para baixo. Não há instituição que se preze, de não ter uma pitada de política nas suas hostes. Tal como no futebol, a paixão virou normalidade. E entrámos de novo na desorientação e no desnorte. Desta vez, o desnorte é económico, com uma pitada de incompetência à mistura. A própria UE com o seu sonho, e o conceito de globalização, deram o empurrão, que se calhar, não era, nem é o aconselhável ou o desejável. Hoje, como alguém sabiamente disse, alguém que deu o salto, antes que a barca se afundasse, estamos de tanga. E o pior, é que ninguém sabe tirar a tanga, arregaçar a manga ou pôr o pé a fundo no acelerador) e dizer, basta ou vamos daqui ou por aqui. Sabem, sim senhor, e está mais que visto, é tirar o pão de quem o tem bem pouco, ou dar-lhe de pinça ou a conta-gotas, na expectativa (ou na certeza), de que até os sem abrigo, também vão sobrevivendo...

domingo, 21 de abril de 2013

TRABALHAR' PARA QUÊ?

Agostinho da Silva, defendia a tese, para muitos eclética, de que o homem não fora "criado para trabalhar". É uma teoria discutível e como outra qualquer, que tem o condão de ter muitos patrocinadores, eu próprio incluido, não fosse lá a "chatice" de ter de sobreviver, esta máxima vinda ao que parece, do nosso amigo Charles Darwin... Isto para dizer que, em minha opinião, e nas circunstâncias atuais, o que estará a acontecer, é uma espécie de Darwinismo ao contrário, misturado com uma pitada de "agostianismo", ou seja, uma espécie de evolução, não na continuidade de famigerada memória, nem uma luta pela sobrevivência "strugle for life", mas o ardil pela sobrevivência, ou seja, recorrendo ao trabalho minimo e ganhando o lucro o máximo, usando a artimanha do truque, da mentira, do subterfúgio, do poder a todo o preço e sobretudo da ganância, ao serviço do descanso e da mente preparada e evoluída nesse sentido. Dou um exemplo: em qualquer produto acabado, não é necessariamente quem dispendeu maior esforço, seja ele fisico ou intelectual, quem mais aufere. Muitas vezes, se não sempre, dá-se o contrário ou seja, são os intermediarios, os distribuidortes, os depositários, os representantees, os agentes, os editores, agentes de uma forma forma geral angariariadora de fundos/i>, toda ela uma espécie de súcia que faz pouco, e ganha muito, e que ao trabalho, aquele que é duro, disse pouco ou quase nada. Até naquilo que se chama "trabalho" intelectual, não é o criador, o autor, o n escrivente, ou escritor, que "perde" por vezes anos, a fazer uns rabiscos ou arquitectar qualquer coisa. É o vizinho do lado. São os outros...os marajás da finança... E vai daí, o nosso Presidente Aníbal, passeando pelas plagas longínquas colombianas, a encher a boca com essa gente que ganha pouco mais do que nada, e só é recordada em momenos de circunstância com algum cinismo. São do "melhor que temos", asseverou, referindo-se a eles, os ditos cujos escritores e autores... Ainda bem, porque por aqui, nos Açores, nem isso. Ninguém dá ou se importa com eles, numa região (sertá mesmo?) pouco cobiçada pelos investimentos e pelas coisas do dinheiro, já que o dinheiro faz parte dessa coisa ridícula para muitos, chamada cultura...mas tão badalada pelos políticos, quando interessa. Afinal a política e os políticos são mesmo assim: dizem por vezes, o que não pensam, ou fazem o que não querem ou nem sabem, se sabem...E não há forma de dar a volta. Ou haverá mesmo? E isto dito, mesmo que sejam lérias, há sempre gente para ouvir... E o pior: aplaudir...Por mim, prefiro sorrir...já que não tenho força para rir...à gargalhada...como tudo isto mertece.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Por mim só me apetece gritar: MERDE!

Este é o país que temos, se calhar não o que queriámos ou o que não queremos. Um país que alimenta e se alimenta da política e da politiquice. Do diz lá tu, e engana-me se puderes. Um país que vive mnais do blá-blá do que do trabalho útil e consciente. Cheio de cabeças pensantes, de licenciados, de mestrados, de canudos, de filósofos de autores e de escritores mil, de gente que pensa bem, mal ou nada; que pensa e diz muito ou não diz nada, onde milhões de dinheiros são dados pelas TV a troco de uva mijona, e por dá- cá- aquela- palha. Ficàmos ricos com essa coisa de UE. Compraram-se pó-pós e todo o terreno em vez de tractores. Arrajaram-se reformas, sem nada descontar para a segurança social ou trabalhando (??) muito pouco. Houve até gente que se reformou com oito anos de descanso. E veio a realidade e o reverso da medalha. A UE foi um logro? Ou boa jogada para alguns países? Ou um mau negócio para todos? Ou houve alguém que se safou? Aquilo de duas e três velocidades, era uma realidade ou não? Agora estamos de calças na mão ou melhor, a perder a tanga. E etapa seguinte. é fazer nudismo, juntamente com essa gente que anda pelos partidos, pelos governos, pelas empresas, pela comunicação, pelos futebóis, pela economia, pelos bancos, pelos ratings, por todo o lado e por tudo onde o homem se se veja ou reveja. É o non sense eo regabofe - A Conclusão: com tudo isto à solta, só me resta dizer "MERDE!" É em francês, mas bem podia ser em alemão. Mas é em português que tem maisforça e até soa melhor, embora sendo que o aroma por ser mais genuino, pode ser pior... Deus seja louvado, por tudo o que o homem sabe fazer...com tanta religiosidade, com tanta paixão, com tanta fé , tanta penúria, tanta fome, tanta injustiça, tanta falta de pudor, tanta falta de respeito, por si, pelos outros e por tudo o que o rodeia... Falando de novo em Conclusão: MERDE é um favor e é pouco...para exprimir o que sinto e mais de uns dez milhões, que só sabem ou podem, arreganhar a taxa...E os olhoscom tanta tolice... Bem hajam os que comcordarem comigo e, já agora, os que discordarem também...A democracia é assim, por isso andamos todos tão satisfeitos...porque somos democratas...