segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

UMA DESIGUALDADE QUE CONFRANGE

As forças dominantes da actualidade, são indiscutivelmente o dinheiro, as religiões, a politica, o desporto, as sociedades secretas, e provavelmente de todas a maior, a mais temida e a mais bem "apetrechada", é a Televisão . Os homens mais famosos, badalados e "respeitaveis, , deixaram de ser os sábios, artistas, poetas, escritores, cientistas, homens grandes do saber, da bondade e da compaixão, ou os humanistas, aqueles que dedicaram a vida a causas nobres, mas pelo contrário; hoje são aqueles que enveredaram pela habilidade, pela via do engenho, da política, os amantes de um certo empreendorismo, os homens dos negócios que arriscam e muito ganham. Os outros, provavelmente "menos dotados", intelectualmente, igualam-nos ou superam-nos em dinheiros e em prestigio, pela via do desporto, dito profissional, aqueles que arremessam com o pé um objecto oblongo, antigamente de cabedal, duro e lamacento, que punha a cabeça em água quando a dita raspava a "tola", agora, bem mais sofisticada, feita de materiais leves, para descrever trajectórias miraculosas antes de beijar as redes, de um rectângulo relvado, onde milhares de humanos gritam histericamente quando ela, entra", fazendo-lhes as delicias, traduzidas na emoção de uma palavra, anglo-saxónica, inconfundível e sem equivalência em outras línguas do globo: GOLO!!! É o mundo que temos e tentamos criar, um mundo eivado de brejeirices, denunciando e bem, os seu locatários, os seus propósitos e pior que isso: os seus fins. Quando a comunicação social leva a sério e se ocupa dias, com uma única personalidade, seja ela da área que for e que infelizmente desapareceu e nos deixou, mesmo por maior grandeza e respeito que por ela tenhamos, e até por essa comunicação social que a usa, essa que alienando-se de tudo o mais que lhe gira à volta, sejam crises, pessoas na penúria, morrendo de fome, ou sede, uma realidade qua acontece por este mundo de Deus a todo o momento e que é esquecida, tal como milhões de pessoas sem um tecto para se abrigar, uma manta para se cobrir, da chuva e do frio, vivendo ao relento, aguardando uma codea que não chega. Esses precisam muito mais de serem recordados nos pequenos écrans, para que as consciências e as solidariedades se movam...para melhorar isto que se chama vida. É caso mesmo para dizer ou até questionar: que tipo de gente somos nós? Ou não estaremos a caminho da insensatez e da loucura?

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