segunda-feira, 28 de julho de 2014

A FOBIA À FUNÇÃO PÚBLICA, NÃO É MAIS DO QUE FALTA DE VERGONHA

Cada vez mais me impressiona, a fobia que este governo tem demonstrado, pela chamada "função pública". Dir-se-á que este governo, deseja um Estado sem máquina de Estado ou um Estado em autogestão e sem máquina. Ou um Estado copiado do privado, uma espécie de hiper-empresa, voltada para compadres e amigos, melhor adaptado aos desejos dos politicos vigentes  e das politicas. Um individualismo e um neo-liberalismo, onde o que realmente conta, é  lucro.  E isto, porque eles nunca foram pertença  dos quadros, nem se calhar serão, da dita  função pública e do dito Estado.
No meu tempo e vão já muitos e muitos anos, ser funcionário público, não era "pera doce".
Primeiro, tinha de se possuir as habilitações exigidas, o que rareava, por muitas e tristes razões. Depois, havia que aguardar a abertura dos concursos. Depois havia que  fazer os exames. Depois sujeitar-se a estágios. Depois aguardar vagas., Depois aceitar essa vaga, fosse onde fosse. Depois aguardar às vezes anos, por uma chamada posse definitiva. Depois, ter de ir a concurso para promoção ao nível seguinte (obrigatoriamente), isso de três em três anos. Tinha apenas duas oportunidades. Se passasse, tinha de aceitar a primeira vaga que surgisse. Se não aceitasse, perdia o concurso e tinha mais uma única oportunidade na sua vida.
Durante a vida, tinha descontos obrigatórios, para a CGA, para o ;Montepio dos Servidores do Estado  8-0/0, 10-0/0, mais uns tantos op que rondava os vinte ou trinta,  etc., consoante o vencimento que auferia, e uma série de outros descontos, todos obrigatórios.  O contracto era outorgado por uma diploma, chamado  "Diploma de Funções Públicas", em muito semelhante aos "canudos" que agora abundam e pouca serventia, vão cada vez mais tendo.
A CGA (Caixa Geral de Aposentações), era o intermediário legal,  entre o Estado e o funcionário, portanto um contracto vitalicio, entre uma entidade e outra.
Quem se aposentava mais cedo, além da perda de direito a determinado tempo que lhe faltava (em dinheiro), indemnizava ainda  a Caixa Geral de Aposentações pela importância relativa a esse tempo em falta.
Tudo isto foi esquecido, adulterado, aldrabado. O governo (que nada tem a ver com  Estado, porque nunca lá trabalhou) fez e faz o que bem  lhe apetece, corta salários,  corta reformas, reduz quadros, despede, etc.) e se não fosse o Tribunal Constitucional, a única instituição séria que remanesce neste Portugal afonsino, nem se sabe o que seria...
No meu tempo, um  funcioário público, depois de ter posse definitiva, nem o Ministro da tutela o podia demitir, a não ser que fosse  por roubo ou quebra de sigilo profissional. Tinha de o ser feito,  no minimo,  por um Conselho de Ministros.
Hoje despede-se e põe-se na rua qualquer funcionário. E quem o põe, é alguém que nunca foi nada na função da máquina do Estado. Vai lá apanhar mais uma "boleia",  ajeitar-se, ou ajeitar  mais alguém ou alguma coisa.
E não esquecer: o Estado escolhia os melhores e não pagava bem. Pelo contrário.
Era assim a função Pública.
Mas havia uma coisa muito importante: havia estabilidade e segurança no emprego. Até mesmo no privado. Era a Lei. A legislação apontava para isso.
Com esta Democracia, com esta Comunidade que dizem ser europeia e é tão badalada, o que vejo sinceramente é falta de pudor, falta de consciência, falta de coração, falta de inteligência, falta de experiência, falta de ligação com aquilo que estava bem feito no passado, e mais do que isso: FALTA DE VERGONHA
falta de vergonha.








sexta-feira, 25 de julho de 2014

ATÉ QUE ENFIM! BRAVO! OBRIGADO

Foi hoje na casa da nossa Democracia, que muitas vezes, nem parece ser.
A partir de agora, mais concrtetamente, de  hoje, (uma data histórica), os chamados animais domésticos, 
passam a ter protecção legal ou seja, quem os maltratar pode e  deve ir parar à cadeia.
 Há quanto  se justificava esta lei. Não sou grande admirador da classe politica, mas não posso deixar de registar aqui o meu reconhecimento. OBRIGADO!
Afinal, embora tardiamente, entramos para o mundo dos países civilizados.
Ainda faltam os outros animais, os que divertem a gleba com a sua dor, e os que foram postos cá nesta planura, pela mesma Mão e que vivem a sobrevivência que lhes foi outorgada.
Aguardemos que as consciências se vão iluminando. Mas, isto já foi um passo... Um grande passo.


NEM SEQUER JARDIM MORRE DE AMORES POR ESTE GOVERNO

Estamos na era dos descobrimentos. Ontem foi o BPN. Agora surge-nos o BES, com todos pos seus contornos, muito mais vigorosos,  alargados e nocivos de que a memória alguma vez teve conhecimento. E  toda essa "tramóia", soube-se, através da estranja, embora alguns "abecerragens" da causa, tenham feito crer que foi o Banco de Portugal quem topou tudo. É a politica, "maldita" política, a meter-se em tudo e a mentir com quantos dentes tem na boca...
Fico a pensar nos maleficios de tudo isto que gira à nossa volta.
Agora fala-se de novo em mais cortes, parece que iludiindo o Tribunal Constitucional, a única coisa séria que nos resta.
Que mais nos irá acontecer?
E alguns figurões exibem-se fora portas, a justificar a crise e os cortes.
Até o Alberto João diz não morrer de amores por este Governo.
O governo, digo eu, não é mau de todo.
É um governo apologoista de "quem vier atrás que feche a porta"
E eu pergunto é: Qual
porta?

segunda-feira, 21 de julho de 2014

CRIOU O SAGRADO, SERVE-SE DO PROFANO E APELA A BELZEBU QUANDO LHE CONVÉM

Neste mundo de algumas certezas e muita  incerteza,   de inúmeras "coisas" dúbias e sem nexo, a raridade do bem,  é  algo considerado " muito normal". Não falo apenas de decisões políticas, aquelas que mais nos afectam  no dia-a-dia, e isto no trafegar de um sistema que o ser humano implementou-, o sistema do primado do homem sobre todas as coisas-, em que uns vivem como nababos, outros assim-assim, e ainda outros mal, muito mal.
Significa isto que, mesmo com o beneplácito e a agitação da bandeira  igualitária, há fome e há miséria. Isto para falar na sociedade humana. Um crime que se estende a outros seres vivos e ao próprio espaço que lhe foi oferecido e outorgado com carinho e que o circunda.
Pensou-se que o misterioso, o exotérico ou o santo, traduzindo-se em credos, religões, seitas, e até sociedades de pendor altruístico, denegassem a natural apetência ao  seu mal-querer ou ao seu mal-fazer.
Puro engano. E é de ver, que o Deus e os deuses, para determinadas "estirpes" de homo-sapiens, se confundem com belzebu: mata-se e esfola-se em nome dele e deles.
E isto leva-nos a pensar que o ser humano é de facto um animal, muito estranho.
Criou o sagrado, mas serve-se do profano e apela a Deus ou a belzebu, quando melhor lhe convém.
Falamos de um ser que pode muito considerar-se o grande predador do Universo.
Mesmo com a "promessa" do Apocalipso, não se assusta, nem se intimida.
Continua na sua in(feliz) caninhada e ferocidade à procura de uma eternidade prometida
...


sexta-feira, 18 de julho de 2014

O ESTADO SÓ SERVE QUANDO A "COISA" ESTÁ "PRETA"...

Cada vez mais me sinto lisonjeado por ouvir falar  de negócios. O actual ministro da Economia, só tem  olhos para os negócios. E não só ele: todos os seus  excelentes companheiros e comparsas, confrades das mesmas ideologias e da mesma visão reformista, mas do Estado. Pudera! São empresários ou gente próxima das empresas, todos eles com uma visão redutora do que é ou deve ser o Estado que é  para eles, um sorvedouro, gastador e inútil, que só  tem serventia,  quando a "coisa" lhes der para o torto, situação  em que o "nosso" é logo chamado a acudir a fogos e demoronamentos dos seus castelos de sonhos, mas  de cartas. E  os chavões imperam por "dá cá aquela palha". Fala-se na criação do emprego, e esconde-se os despedimentos, sobretudo na função pública. Fala-se dos negócios que já foram chorudos, quando a banca arrotava pescada e distribuia os seus benévolos spreads à tripa forra.Agora fala-se numa  banca, a mesma da "pescada", e da ganância, que está de fralda e falida.
Que raio de negócios são esses, que raio de sector privado é esse e em que essa gente se especializou, que vive da muleta do Estado, que, aí sim, sorve milhões, com total desrespeito pelos contribuintes e pelo equilibrio financeiro do país?
Ganância e irresponsabilidade é o que é.
No fim e como sempre, arranja-se um "bode expiatório", e pronto.
Tudo resolvido  à portuguesa.
Veja-se o caso  BPN e  BPP. Muitos mil milhões escamoteados...Onde anda esse dinheiro e essa gente que o sorveu?




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