Rebuscando na memória, posso, sem esforço, recordar momentos de orgulho e respeito, que senti, ao ler e reler, a "gesta" portuguesa, desde a sua fundação, a partir de um minúsculo rectânguo-, o Condado Portucalense-, insignificante pertença de "nuestros hermanos", passando pelos descobrimentos, e toda a sua gigantesca história, a sua singular cultura, não esquecendo a língua, considerando-a como a sua grande e maior obra,
Mas tantas vão sendo as arbitrariedades, as faltas de bom senso e de carácter, as incoerências e o desrespeito por essa própria história, que me atrevo. a dizer, que estou a sentir vergonha de ser português.
Com os anos que temos como nação soberana, (seguramente uma das mais velhas da Europa), não deveríamos copiar ninguém, mas antes servir de exemplo e exigirmos a nós próprios, ser esse exemplo.
Não vou advogar a tese do Quinto Império, nem sequer o sonho do Pe. António Vieira. Longe disso.
A mágoa que sinto, é que Portugal ou a sua gente, não consegue entender um regime - o democrático - que abraçou ou lhe deram à mão-beijada.
Vivemos entre meios e extremos. Ou vamos à caça. Ou somos os caçados.
Presentemente Portugal é um país politizado no seu sentido mais pejorativo. As grandes paixões repartem-se pela política, pela religião e pelo futebol. O fado, como forma de exorcizar a sorte ou a má sorte, foi perdendo terreno, para dar lugar à política.
Pode já não ser o país dos três FFF, mas a mentalidade contínua igual e a mesma:
tacanha e provinciana, volta-não-volta, com laivos de malvadez...E isto aplica-se mais, aos graudos os comummente ditos "de cima",
do que aos que "militam" mais cá por baixo"...
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