quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A MESMA MENTALIDADE RETRÓGADA

Rebuscando na memória, posso, sem  esforço, recordar  momentos de orgulho e   respeito, que senti, ao ler e  reler, a "gesta" portuguesa, desde a sua  fundação, a partir de um minúsculo rectânguo-,  o Condado Portucalense-, insignificante  pertença de "nuestros hermanos",  passando pelos   descobrimentos, e toda a sua gigantesca  história, a sua singular cultura,  não esquecendo a língua, considerando-a     como a sua grande e   maior obra,
Mas tantas vão sendo as arbitrariedades, as faltas de bom senso e de carácter,   as incoerências e o desrespeito por essa própria história, que me atrevo.  a dizer, que  estou a sentir  vergonha de ser português.
Com os anos que temos como nação soberana, (seguramente uma das  mais velhas da Europa), não deveríamos copiar ninguém, mas antes servir de exemplo e exigirmos a nós próprios, ser esse exemplo.
Não vou advogar a tese do Quinto Império, nem sequer  o sonho do Pe. António  Vieira.  Longe disso.
A mágoa que sinto, é que Portugal  ou a sua gente, não consegue  entender um  regime - o democrático - que abraçou ou lhe deram à mão-beijada.
Vivemos entre  meios e extremos. Ou vamos  à caça. Ou somos os  caçados.
Presentemente Portugal é um país politizado no seu  sentido mais pejorativo.  As grandes  paixões repartem-se pela política, pela religião e  pelo futebol. O fado, como forma de exorcizar a sorte ou a má sorte,  foi perdendo  terreno, para dar lugar à política.
Pode já não ser o país dos três FFF, mas a mentalidade contínua igual e a mesma:
tacanha e provinciana,  volta-não-volta, com laivos de malvadez...E isto aplica-se mais, aos graudos os comummente ditos  "de cima",
do que aos que "militam"  mais cá por baixo"...




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