Poder ver a sua própria figura, num andor, numa praça ou no cimo de uma escada e de um pedestal marmóreo, não é para todos. Poder fazê-lo em vida, só para alguns. E os futebolistas estão a ser uma excepção à regra, e mesmo esses, muito poucos conseguiram, apenas dois: Eusébio da Silva Ferreira, um deus para os fãs do "Glorioso"; e Ronaldo, outro deusinho, porque muito mais novinho, para os amantes do Bailinho.
Aí há uns anos atrás, as estátuas estavam "reservadas" aos estadistas, escritores, poetas, humanistas, artistas, gente que deixara obra, por toda uma vida dedicada a causas nobres, à cultura, à ciência, à arte, mas atenção: só depois de mortos...
Agora chegou a vez de as apascentar (as estátuas), ainda vivos os seus patronos; e são os futebolistas, os que têm a primazia, como lhes compete, (jogadores que são), de dar o pontapé de saída.
Admiro-me bastante não serem os políticos, muito embora sabendo-se que eles lá estarão por detrás dessas e de outras bizarrias...
É caso para dizer: ora bolas!
E já que de bolas estamos falando, temos que admitir, que assim vai o mundo.
Os conceitos e os valores vão-se alterando. E vão se alterar tanto, que o próprio merceeiro, também terá democraticamente direito à sua estátua
Porque não? Se ele até paga os seus impostos?.
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