quarta-feira, 15 de julho de 2015

EXPATRIADO OU REPATRIADO EM CASA PRÓPRIA

Velho amigo, que Deus já lá tem, jornalista atento e de  primeira água, que dirigiu o jornal "O Telégrafo" durante vários  anos, numa altura difícil, para um jornal centenário, com história e com   passado, sempre que na redação eu entrava de escrito na mão,   mais ou menos indignado, ele  me dizia com um ar da sua  graça, "gentleman" que era:"homem, não se amofine. Lembre-se de que está na "terra da coisa rara".
E é verdade.O Faial é, e continua  "A terra da coisa rara".
Não irei enumarar todas as "raridades" acontecidas nos últimos    anos.porque seria um nunca mais acabar. Direi apenas, uma ou duas ocorrências mais recentes, para ilustrar o "epitáfio" em causa.
Não faz muito, que um cachorro foi abatido à pistolada pela PSP , ali junto ao Hospital da Horta,e para ali se ficou à espera de uma mão, digo, de uma pá caridosa e amiga, já que a Câmara e com alguma  razão,disse não, e  nada ter  a ver com o caso.E ficou a bicheza para ali sanguinolenta, muitas horas a destilar ao sol.Isto foi feito, por via de uma denúncia, ao que parece telefónica, porque o animal latia, ladrava como se diz em gíria, e  no  entendimento do denunciante, mais do que o razoável.
Outra, da "terra da coisa rara", é o facto de haver presentemente um repatriado,ou expatriado,como queiram, em casa própria, caso inédito, ao que eu saiba.
Trata.se de um garoto, de 16 ou 17 anos,  rapazola ainda,que devido às suas  peripécias, foi banido de uma  freguesia periférica, melhor, foi repatriado,  melhor, expatriado para a área da cidade.
Dava problemas e pronto:, probiu-se categoricamente a   estada de tal persona, ao que parece, non grata e despejou-se em  casa do vizinho, para quiçá continuar as gracinhas, gracinhas que podem eventualmente avolumarem-se com a idade, o traquejo ou até a necessidade e tornarem-se então  graçonas.
Mas o pior, mais  lamentável e até preocupante, é que o rapaz tem problemas, se calhar   fome, e o que se vê como solução e aquilo que  ressalta   à vista, foi a via do facilistismo:  ou seja, sacudir a água do capote, escorraçando-se o mal para longe.
É assim? Onde  enquadraram uma situação destas os iluminados em causa? Não haja dúvida. O meu velho e nobre amig, tinha mesmo razão: estamos realmente na terra da
coisa rara, perdão, das pessoas raras...
Mas descasem, como estas e piores, há delas  às carradas...