Sem querer esconder uma pitada de humor "negro", já se vê, digo, que não foi a grande "gesta" dos descobrimentos, nem sequer a sua longa e multifacetada história, geradora de uma cultura apreciável e "sui generis" , a grande obra de Portugal e a que os portugueses criaram
A sua monumental obra, foi, de facto, a sua própria língua.
Nascida na base da errância, e no descobrir e dar, "novos mundos ao mundo", foi-se enriquecendo e valorizando, tornando-se num "alforge" grandioso e imenso, de ideias e sentimentos, como poucos.
E entre o imenso léxico, que a comporta, escolhi (por acaso), um vocábulo, pouco ou raramente utilizado, mas que neste século estará na eminência e na evidência de o ser, direi mesmo, diária e repetidamente.
E o vocábulo é : "a canalhice".
"Acanalhar", um verbo mal aconselhado por ser rude, mas muito forte e real, que significa usar todos os meios, manhas e fórmulas, para denegrir, apoucar, prejudicar, desferir golpes, "sentenciar", "assaltar" ou "tomar de assalto", até mesmo caluniar.
E é vê-lo galhardamente, a passear de braço dado com a política, o partidarismo e a partidarite, o futebol e os futebóis e outras "fulgurâncias", que a sociedade actual vai gerando e gerindo.
A necessidade ou a crueldade, de fazer rolar cabeças, sem razão que justifique, de dizer "não" quando se aconselhava dizer "sim", de apelar à consciência, quando ela, nem sequer existe, de vender mentiras ou meias verdades, a troco de ganhos injustos.
É altura pois de dizer : basta! Vamos ser sérios!
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