QUANDO AS LETRAS SÃO IMAGENS
segunda-feira, 28 de abril de 2014
A TRIAVILIDADE E A PALHAÇADA
Estamos a viver um período único da história, alguma vez alcançado pelo ser humano: o da chamada "globalização", que se transformou, no da falência das ideologias, das crenças, das referências, dos horizontes, da perda na busca de soluções, ou da alteração porque, durante largos anos, as sociedades se orientaram.
Ao falar-se em Democracia, fala-se também em demagogia, em algo permissível, sem barreiras, sem limites, abarcando simultaneamente, o bom, o mediocre, indo ao intolerável, e ao irresponável. Em nome da liberdade, forjam-se aberrações, desafiadoras do bom senso, da solidariedade, da humanidade. A política, a economia, aderiram à ganância, à intolerância, ao individualismo. A idéia do global, gerou a superficialidade, a trivialidade e mais do que isso, a solidão.
Vivemos rodeados de "amigos", mas em completa solidão, e sem rumo e sem futuro visível à vista.
E é sobretudo a política e a sua gente, com a economia de permeio e com o grande capital, aliado à ganância e à insensibilidade, que deixa à deriva todo o pensamento deste século, que cada vez mais se aproxima de um admirável mundo novo, ao contrário, sem horizontes, sem futuro, irrespirável e sem soluções para a Vida e para o espaço que habita.
Um mundo de palhaçada, exortando trivialidades incontáveis, criando mitos e estereotipos, ridicularizando o "sério e o honesto". Vive-se o tempo da alienação, da conspiração, do falhanço de tudo o que se acreditou até então.
A par de tudo isto, surge a informação e a desinformação, que campeiam pelo espaço circundante, à velocidade da luz.
A única faceta inalterável e marcante do passado, é ainda a "morte", a única "fórmula mágica", que sem sequer fazer reflectir, toca, aquando da sua chegada. E aí alteram-se conceitos, surgem as opiniões, endeusam-se os factos e até os indivíduos.
E os laudatórios, o compadrio, o cinismo, a hipocrisia, o cerimonial balofo, é atirado como se de uma expiação se tratasse ou talvez um rebate mais do que necessário, de consciência: humana: ele era o maior, era o melhor, era um grande humanista, um sábio, um escritor, um poeta, um artista, jogador, politico, médico, lutador, ghrande homem etc, etc Sempre grande, depois de morto...
Assim é o século que ora trilhamos: O da triavilidade e da palhaçada.
E o portuga não lhe foge à regra...até gosta e pior: copia...
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