domingo, 30 de dezembro de 2018

2018 - A CONFIRMAÇAO DO ANTERIOR E ANTERIORES

Aquilo a que já chamei de loucura, em diversos escritos, derramados por narrativas e livros, está mais e cada vez mais, a confirmar-se. Quando, por exemplo, à cabeça da governação, estão homens,  que recomendam à população, através da "pistolaça" e das armas, a forma e de cidadania, mesmo a partir da escola algo que se traduz em loucura porque não se trata de uma hipótese, de uma realidade.
Quando frente das nações mais poderosas, que até são votadas "democraticamente", se colocam ditadores e gente que recomenda a violência e a parcialidade, gente que demonstra falta de escrúpulos, e falta de bom senso,
Mais um "pedaço" de Tempo, que passou: o ano de 2018. Foi um ano de pequenas expectativas e muitas loucuras. As expectativas: melhoria de condicoes, preocupaçao ambiental a n´´iveel de deecisores politicos,

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

EM TEMPO DE CONTRADIÇÃO

Natal de 2018, tempo de reflexão; de avaliar o que porventura se passa à nossa volta.   Avaliar os progressos e os recuos. O que está bem ou o que está mal. Aquinhoar das perdas e dos ganhos. Dos que nos deixaram e daqueles que muito amávamos e partiram para sempre. E sobretudo, se vale ou valeu a pena viver.
O momento que passa, é momento de balanço, ao que foi e ao que queríamos que fosse. Ou ao que poderia eventualmente ter sido. Uma coisa, porém ressalta à vista: a insatisfação. Uma insatisfação, que gera agitação social. As causas, são imensas: umas geradas pela ambição de grupo. Outras pela degradação de expectativas, que podem ser eventualmente justas ou o contrário, admitindo como referencia o conjunto dos processos comparativos. Quem ganha e quem perde? Quem mais ganha e quem mais perde? E sem levar muito em conta as ciências filosóficas, a conclusão mais primária, é que todos querem trabalhar pouco, e ganhar muito, sem levar muito a sério, os que pior estão, vivendo a seu lado,  no mesmo palco que é a Terra e a vida.
Daí a perda de referências, de memórias, de conseguir destrinçar a barreira do bem e do mal, do perverso e do razoável,  do consciente e do utópico.
E surgem os exemplos, contrariando os princípios. E surge como única referência, o menor de todos os males: a Democracia. E a libertinagem confunde-se por vezes, com a aspiração máxima do ser humano - a Liberdade.
E a agitação social, vem ao de cima, funcionando mais  como arremesso, do que como necessidade evidente. E a luta continua. E a agitação continua. E a irracionalidade,  o equilibro, continuam.
Convém não esquecer, que não é com maus exemplos, que se conseguem bons resultados.
Note-se por exemplo, o turbilhão de conflitos que estão a surgir. Quer a Constituição, quer a Democracia os permite, mas serão todos justos, imprescindíveis, em relação aos demais?




segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A EXPO98

Não sou, nem um viciado, nem um seguidor incondicional da TV, reconhecendo-lhe embora, a  utilidade, e a hoje, quase   indispensabilidade, no quotidiano da vida  do  humano.
E foi assim, que ao ouvir no Telejornal de hoje, a noticia da passagem dos vinte anos  da EXPO 98,  me fez recuar vinte anos de vida vivida, e aceder `aquela indelével memoria", uma memoria que significou,  um período feliz da minha(e nossa) vida.
Estivemos, minha mulher Antonieta e eu, cerca de 3 (três) horas, aguardando pacientemente para entrar , (e não perdermos o lugar); fomos ate entrevistados por essa razão. E não nos arrependemos: foi um evento inolvidável, daqueles que raramente se repetem, em toda uma vida. Mas, não estou a recorda-lo apenas por ter sido um evento grandioso, chistoso, imenso de beleza e originalidade. Não. Estou a recorda-lo, pela razão simples, de que eramos vinte anos mais jovens, com ou aparentemente  saúde e vontade de viver. Eu e minha mulher, nas palavras e opinião do amigo de muitos anos e saudoso Antero Gonçalves, (íamos a todas). O ir a todas, significava que não se escapava a nenhuma festa, nenhum evento, nada que existisse por perto ou longe e trouxesse um acréscimo de alegria. Afinal, algo fazendo parte de um projecto de vida, concebido desde o seu inicio. E nem  eh por acaso, que minha mulher se reformou aos 49 anos de idade (dizia com frequência: tenho vergonha da idade com que me reformei), isto eh: enjeitando a reforma completa. Eu avancei pouco depois em idêntica situação, com os prejuízo dai advindos, afinal demasiado novos para uma função publica, que nunca deixou seus créditos, leia-se "interesses", por mãos alheias. O nosso projecto obedeceu ao facto e ao compromisso, de criar filhos (um), e depois viver a vida (uma). E assim foi. Outro grande e saudoso  amigo, que também já nos deixou, o Carlos Goulart, sugeriu-me certa vez, (...) que tinha feito a vida por computador. E eu disse-lhe: talvez sim, mesmo não possuindo (nem havendo, ainda),  computador.
 Essa efeméride da EXPO98, recorda-me sobretudo um tempo de felicidade, em que havia saúde, tudo era bem aceite, como natural e por bem. Só que a doença começou muito cedo  a rondar a porta, ameaçando e acabando, por destruir uma quimera, um sonho, e um projecto.
E falar de EXPO, eh falar  de um tempo, de um projecto, e
 de um sonho e também de uma SAUDADE,  que não irá desaparecer...nunca.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

A imprensa internacional, sempre ciosa da  critica e das suas "bocas",  "boas" maneiras e intenções, em relação aos países que "prevaricam", em seu entender,  mesmo que de forma ligeira, vem há já algum tempo, dando eco, de que "não entende muito bem, "o que se esta a passar" em relação a Portugal, já que  nunca, (desde o inicio da sua democracia), que esse pais mostra e demonstra,   sinais de  desejável e real  recuperação, como nos tempos que correm e que também, nunca houve uma tao estranha agitação social, como nessess tempos que correm. E mais: não entende também, a razão e o "porque" dessa mesma agitação e dessa  situação.
Também eu, um simples cidadão, mais ou menos atento ah vida que nos diz respeito, embora, e ah guisa de curiosidade, devo dizer que  fui mais de vinte anos dirigente sindical  e  acho que há exageros no "sector"..
Quando toda a gente e todos reclamam "que estão mal", entre eles, professores, enfermeiros magistrados,  juízos, bombeiros e o que mais por ai há em termos  profissionais, isto quer dizer ou aponta, para  que essas classes estejam mesmo mal de verdade?
Não se inclui nessa "gente, comoda ou deliberadamente", os reformados. Ou aqueles que nem tem o mínimo   nacional ? Ou esses não tem mesmo direito a nada, logo, aos aumentos, às reivindicações, e a todos os apêndices, que todos os outros, que reivindicam. Eh no mínimo uma bizarria e uma incoerência, mais uma, a aliar a tantas, nesta hora e nesta nossa democracia, que dá para tudo ou quase tudo.
Só tenho uma palavra para manifestar a minha estranheza, não direi repudio, por ser forte demais, embora  ressalvando as benesses de uma Democracia, que tudo aceita, até mesmo a incoerência. E ESSA PALAVRA VOU SILABA-LA lentamente e ah francesa  - MERDE!

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

MEMÓRIAS

As memórias, de minha santa mãe, Francisca e de minha venerada e amada companheira e esposa, Antonieta, ambas vivendo permanentemente no meu questionável e questionado,  quotidiano, fazem com que a vida vivida, toda ela, seja de quem for, do mais vivido e sábio servidor, ao mais "trivial" e menos "qualificado e ingénuo mortal", seja um paradigma de respeito, de análise, e porque não,   referência.
Tudo isto vem a respeito, da contundência, por vezes o desrespeito, com que hoje se encara a idade. A idade é Velhice, e está directamente ligada ao conceito de degenerescência,  falta de capacidade sobretudo  da mente. E isto é negar muitas vezes a verdade. Antigamente, isto é, há uns anos atrás


acontecia curiosa e exatamente o contrário há uns anos atrás.
Ser "velho", era ter experiência, ter ou preservar o sentido de justiça; ser conselheiro e moderador. Ser um elo de ligação privilegiado entre o  novo, e o  idoso: uma espécie de sábio, ao serviço da vida. Os anos, a exemplaridade, guindavam-no a um patamar a que  novos, ou os
mais novos, não tinham direito. Tal como nas forças armadas, a idade era um posto.



sábado, 8 de dezembro de 2018

OS DE "FÓRA" E OS DE "DENTRO"



O Faial, e a Horta em particular, nunca se libertou de um, certo "snobismo", que o acompanhou ao longo dos tempos. Um snobismo, eventualmente criado, a partir da sua vivência,  do seu  cosmopolitismo, e nalguns casos, das suas próprias origens ou raízes genéticas. Ao longo de todo este tempo, com muito e raras excepções, foram os "estranjas" e os "outsiders",  que acarrearam as rédeas das iniciativas, na defesa dos valores da terra, ao longo da sua história.
Daí que se convencionou proclamar aos quatro ventos, que os de "fora, é que eram os "eleitos", os "exaltados", os "bem aceites", sem que isso o merecessem. Pode até haver algum foro de verdade nesse mito ou nessa crença, mas o  facto, é que "aos de fora" se deve muito ou quase tudo. Não vou falar de governadores, nem de diretores, nem de engenheiros, homens do poder e outros que tais. Falo  de gente humilde, desde o trabalho, ao amanho da terra, das obras mais pesadas ou urgentemente requeridas, como os terramotos. Estou por exemplo a lembrar-me do porto artificial, da avenida marginal  e de muitos  outros empreendimentos. Por isso mesmo, há que respeitar e até admirar, quem por aqui se fixou, trabalhou para dar tudo do que tinha e às vezes, do que  não tinha. Como governadores, darei os exemplos mais recentes: O governador Vieira Santa Rita,  alguém que, quer como governador, quer como ser humano, legou ao Faial e à Horta, um alforge de bons procedimentos, que por cá não se viam. Mais recentemente,  o Dr. Freitas Pimentel, cidadão nascido nas Flores, mas que a esta terra se empenhou, conjuntamente com o Eng. Arantes de Oliveira, e que a dotou, numa altura difícil,   com duas das mais importantes infraestruturas básicas, direi mesmo, hoje indispensáveis: a Avenida Marginal e o Aeroporto da Horta.
Ambos não eram oriundos  desta terra. Portanto, o "snobismo" sempre  evidenciado, não tem qualquer razão,  real ou aparente de ser. Muito pelo contrário, é uma falácia e torna mais negativa, a opinião sobre algumas das suas gentes.
Para terminar, repito apenas as palavras de alguém, que na área da saúde se evidenciou pela forma generosa e complacente, com que conviveu com as populações, que, e quando se punha em causa o seu "amor" pelo Faial, sempre dizia:
"Tu nasceste. Eu optei.". E acrescentava de forma jocosa:..

voluntariamente. 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

A TERTÙLIA DOS "BLICAS FRIAS. PORQUE NÃO?

Ao Faial, e à Horta, em particular, falta-lhe, aquilo que o meu bom amigo Júlio da Rosa, caracterizava, e com alguma graça, uma "elite" intelectual, aquilo que melhor ou pior organizada e actuante,  em tempos existiu: alguém, que pensasse e discutisse o que pensava, e que apelasse ao bom senso e à criatividade.
riências, aconselhasse, usasse da comunicação em proveito dos interesses da sua própria   comunidade. Alguém que falasse de cultura e a divulgasse, sem estigmas,  preconceitos,  tabus ou receios
O que temos hoje, são jovens "encanudados", provavelmente mais bem  "apetrechados" em determinadas áreas,  mas  mais voltados para a repetição (cópia), do que já  foi  Alguém que se reunisse e trocasse ideias, permutasse expeescrito, investigado  ou elaborado. Dizia-me há uns anos um historiador da praça, que alguém lá fora (e era  amigo comum, que vivera por cá muitos anos), o que por aqui havia era uma espécie de "necessidade" historiográfica,  de "copiar", e o que era preciso  era escrever mais e copiar menos, principalmente escrever  o que ainda não havia sido escrito. Afinal, uma verdade incomoda, mas real.
Há mesmo um certo "pudor" direi, um certo "desvelo", para não aplicar outro adjectivo menos edificante, em valorizar o que (embora escasso e com muito sacrifício), se tem feito, e por aqui existe, direi mesmo, com muito  esforço e algum "estoicismo". Isto para dizer, em abono da verdade, que o que se passa, é contrariar o que já houve e  existiu,   em tempos bem  mais difíceis.
Ao falarmos em palavra "elite",  (que não gosto), seria como que falar de uma espinha dorsal cultural, que não temos, nem se vislumbra com o rumo que as  coisas levam.
O Faial  tem  a tradição, de terra de tertúlias, (nos barbeiros, nas farmácias, nas drogarias)  e porque não dos "pensadores" e dos "rabiscadores" que as compunham?
Uma delas tornou-se  ímpar pela sua  bizarra
  alcunha: a tertúlia  dos "blicas frias".
Então porque não voltar a  fazer uma das ditas, mas mais quentes?

sábado, 1 de dezembro de 2018

Depois de "algum"  tempo de vida, sentida e  vivida, estamos  a falar de  décadas, (algumas décadas, há a necessidade de fazer um balanço do que ela foi, deveria ter sido ou poderia ter sido. E fica-nos a ideia e o sabor, ora amargo, ora acre-doce, que nos leva a perguntar:  " valeu  a pena?" Valeu de facto a pena, viver?". E a resposta só pode ser esta: Valeu e vale sempre a pena.
Podemos especular e dizer, que poderia ter sido melhor, muito melhor. Por vezes, até  inverter os papéis à  pergunta. E logo, discutir o porquê da doença, da pobreza,  da morte, flagelos que o século XXI deveria tentar eliminar, porque,  é uma necessidade a ser encarada e discutida com mais profundidade, maior empenho e mais compreensão. Podemos mesmo,  velada e cautelosamente afirmar, que tudo isto ou quase tudo o que ela encerra,  admitindo mesmo  as suas infindáveis benesses, não vai muito para  além de um pequeno embuste, um breve  sonho ou  uma bem elaborada história ou até  mentira.
Por mim, direi que ela, a vida, de tudo o que sucintamente foi descrito,   detém  um pouco de tudo isto ou seja, um misto de magia, sonho, pesadelo, e inutilidade.
E é quando nos aproximamos mais do presente e daquilo  que se passa aos nossos olhos, das politicas incorrectas, das paixões exacerbadas, dos desvarios não contidos, das mentiras contínuas, das falsidades a troco de nada, dos avanços tecnológicos permitindo e favorecendo, desde o exuberante milagre, ao caos sem remédio, aí é que nos apercebemos de quanto vale, "o vale tudo" que  domina  a mente humana, transformando  o impensável,   no trivial e no comummente aceite, uma espécie de loucura, que se tornou normal e normalizada, isto quer nos actos, quer nas pessoas que os protagonizam e os engendram.Uma noticia falsa, uma calúnia grave,  circula e dá a volta ao mundo  em segundos. Nem a pessoa mais honesta, séria e imparcial, escapa ou  está imune e livre, de ser enredada na "cabala", no jogo sujo, na vil trapaça  vil. Resultado: Acreditar está a tornar-se cada vez mais,   numa tarefa impossível.
E surgem as greves selvagens; as revoltas de rua. As batalhas campais; E as democracias, surgem encabeçadas por pequenos ditadores, com o voto favorável do povo. O povo, a votar contra si próprio. As detenções; os feridos, os espoliados. As paixões desordenadas, também politicamente aproveitadas. Um vê-se-te-avias socialmente impune e desordenado acobertado e beneficiando muitas vezes, ideias e ideários, que não favorecem maiorias, nem ninguém

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Quando os dias, estão contados...

Deslizamos  pela vida quase inconscientemente, sem nos apercebermos de que ela - vida-, é uma concessão e uma consequência, limitada no espaço e no tempo,   algo  que  nos foi "oferecido" com complacência, uma espécie de privilégio a "termo certo",  que não é, nem eterno, sem sequer longo.
Mas quando a consciência, nos desperta para esse tempo passado, e que aponta para a eminência do fim ou de um fim, aí é que nos apercebemos da  complexidade, da grandiosidade, da dimensão, da dificuldade de entendimento, que envolve todo o processo de existência,  concomitantemente com o  da morte.
E é aí, que em catadupa,  surgem as interrogações: os porquês; os mistérios e o desenrolar de  memórias  e imagens, da vida; de toda a vida: melhor ou pior vivida.
O porquê da doença?
Do bem e do mal?
O desafio, ao mesmo tempo, imenso e  grandioso, daquilo que nos rodeia?
A incapacidade de ultrapassar, o que não deve ou não pode ser ultrapassável?
Aquilo a que se convencionou chamar  ciência, esbarrando em pequenas  trivialidades do dia a dia?
O morrer para quê?
 E o nascer, também para quê?
Se a continuidade das espécies, é um fim em si ou uma necessidade intrínseca e natural?
Se a continuidade da existência, está para além da vida ou convive com a morte?
O "porquê" da Vida, continuar sendo um acto  solitário, tal como o nascimento e  a morte?
E é nesse derradeiro espaço de vida, que nos apercebemos, que a "experiência" de uma única vida, não é suficiente, para que dela se usufrua   todas as benesses, que poderiam acelerar e melhorar quer, o seu conhecimento, quer o seu usufruto, quer ainda o aproveitamento em prol de toda uma comunidade  que é afinal todo o Universo.













sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Muda-se, simplesmente. Não se olha ao resto

Sem querer especular, (para o bem ou para o mal), o futebol é uma actividade lúdica, da qual eu gosto, uma espécie de (brincadeira ou alienação), muito semelhante a outras que abundam e proliferam na actividade humana por este mundo, que gera paixão e controvérsia, por vezes até ódio e malquerença, deixando boquiabertos alguns  dos seus próprios apoiantes, menos fanático e mais lúcidos.
E isto vem a respeito da mudança do treinador, José Peseiro, do clube Sporting Clube de Portugal, uma instituição com raízes profundas de bom serviço na área do desporto nacional.
Trata-se da mudança de treinador. Isto não teria, nem levaria a grandes e até inusitadas reflexões, não fosse o caso de o Sporting ter estado de rastos há uns escassos meses atrás, uma situação que ninguém acreditava, que ele Sporting viesse a ser novamente uma grande equipa a nível nacional, europeu e mundial. E aí está. De uma assentada, numa das situações, quiçá mais difíceis porque alguma instituição desportiva ou não, terá passado, despede-se o orientador da equipa, mais concretamente o seu treinador, alguém que assumiu o inassumível, ou seja, tornar o  Sporting Clube de Portugal, uma equipa capaz de ombrear nas disputas nacionais e internacionais a que estava votado e habituado, isto sem qualquer justificação pela situação e até pelos seus resultados..
Acho isto uma atitude altamente reprovável, desumana e até pouco digna, uma vez que ele, Peseiro, foi alguém que assumiu as quase impossíveis dificuldades advindas de uma anterior e desastrosa gestão, algo que muito poucos o fariam. É caso para dizer: e o prémio, foi pô-lo na rua e porta fora.
O Sporting na pessoa do seu Presidente, Varandas,  não andou bem. E é caso para acrescentar, que o Sporting assim, não adiantou nada, segue uma linha que fere as consciências...desumanizada e sem dar exemplo a ninguém....

terça-feira, 16 de outubro de 2018

MELHOR EXPLICAÇÃO PARA A VIDA

Sou, como alguém sugeriu, um amigo congénito da vida, de toda ela: do seu sonho,  da sua felicidade, do seu percurso, dos seus propósitos; da sua grandeza, da sua missão, do seu fim.  Mas é no sonho e na dor, sobretudo na dor, que mais me revejo. No primeiro caso,   quando ela   se inicia e se manifesta. No segundo, quando  há sinais de que o fim  se aproxima. E é nesse fim, onde tudo se concentra e  condensa, onde tudo se inicia (?) e acaba, nesse pedaço de vida, que quase deixa de o ser, em que a história se confunde com  tempo, é nesse rebobinar de  factos, ideias, erros, verdades e dúvidas, que  fico pensando que a própria Natureza, intocada e intocável, vai, também ela,  gerando os seus próprios desafios e acumulando  alguns dos seus  mistérios e erros, e que a perfeição total afinal,  não existe. E que o inviável e o inexplicável, andam de mãos dadas, espreitando a vida através da sorte, do injustificável, por vezes inexplicável. E que, quer a filosofia, quer a ciência, vão tentando, através da palavra,  da experimentação e do Tempo (outra vez  o Tempo), tentando explicar, o que não tem explicação. Falo mais concretamente do fim e da Morte. Do fim da vida, não da sua finalidade, que também  deve merecer melhor explicação. A resposta de que assim sempre foi...e que assim sempre será,
não me satisfaz, nem me convence. Acho que a vida, toda ela, merece melhor destino ou pelo menos melhor explicação...Melhor, muito melhor...

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

POLITIZADO ATE ÀS UNHAS...DOS PÉS

Ao longo da "nossa tremida democracia", que não me cansei e não me  canso de elogiar, ao longo de mais de quarente anos,  surgiram algumas diatribes, mesmo incoerências),  que me fizeram ir constatando, cada vez mais, que o país passou de "ingénuo", a politizado, altamente politizado. Hoje tudo ou quase tudo, tem a chancela  e a interferência da política, umas vezes de forma mais mascarada, outras, nem tanto. Os sindicatos estão em todas as frentes e em todas as áreas e zonas: no ensino, na saude, não escapando mesmo, as forças de defesa e armadas, justiça e outras, que o comum cidadão, não entende. Até os taxistas se reclamam dos partidos com assento na Assembleia. Um louvar a Deus. Ninguém se interroga da justiça ou da legalidade desse poder e dessa acção reivindicativa, quase sempre de grupo e pessoal: é a democracia, dizem. E na democracia, vale "o tudo" ou "quase tudo". Ou seja: vivemos numa democracia onde, o "vale tudo" ou o "quase tudo" prevalece. E as leis  não escasseiam ou faltam, para regular ou desregular tudo e o mais.
Durante mais de vinte anos como dirigente sindical que fui, sempre entendi e aprendi,  que as reivindicações devem obedecer  a critérios bem definidos de razoabilidade e independência, analisados à luz da própria globalidade. O que vemos, é que  os mais "fortes" em termo sobretudo  de número, vão impondo as suas vontades e leis, sempre pela mão dos "padrinhos" e do partido que os suporta
Até os "taxistas" e as chamadas "plataformas digitais", andam às "trelas",  com a politica.
Onde ou em que está a razoabilidade de tudo isto?
O principio é sempre o mesmo, afinal pouco democrático: primeiro eu e os meus...só depois....os outros.
Não haverá formas de olhar para estas "coisas das reivindicações",  com outros olhos: os da sensatez, do equilíbrio, e da  justiça? E
também, porque não, da globalidade?

domingo, 2 de setembro de 2018

INTERROGANDO? SEMPRE!

Quando olho em redor,  fico impressionado.  A vida surge e preenche todo o espaço circundante. Nem há léxico,  nem   palavras, nem outras formas e fórmulas de comunicação capazes, que  possam mostrar,  demonstrar, definir ou simplesmente entender,  a grandiosidade do que se passa  à nossa volta . Tudo se cria e se recria. Tudo se move, movimenta e orienta. Tudo se agita e reproduz.
Darwin e muitos outros " humanos como nós, afinal animais como os demais," com um certo desenvolvimento intelectual, é certo, que lhes garante  perceber que há inteligência e até sensibilidade, mas perante a complexidade do envolvimento, em tudo isto, que apelidaram de Espaço e Tempo, tornaram-se numa "partícula" tão reduzida, que matematicamente se poderá  aproximar do zero. O reduzido tempo de chegada da Vida e a vida, global e individual em geral,  e a  permanência  no planeta em particular, naquele  que melhor se conhece - a Terra - não lhes permitem ter afirmações categóricas sobre, a sua origem,  os seus desígnios,  mesmo o seu futuro: são os  "mistérios", que o léxico comum  define, como sendo  algo que ninguém sabe.
O que se Sabe e muito  bem, é  que se nasce, que  se vive e que se  morre.
Não se sabe, o que houve ou que o há "antes e depois"...E o "morre" continua  sendo o fim (não a finalidade) de todos e de tudo
Tempo virá que se calhar, se irá saber... Por enquanto, não se sabe nada , com todo o respeito pelo esforço daqueles, que, através daquilo  que se convencionou chamar de  ciência e cientistas , têm dado aos seus "companheiros" de jornada.
Tempo virá, que estas coisas se calhar serão ultrapassadas, esclarecidas e até (sabe-se lá), resolvidas.
Até lá, vai servindo como lenitivo, a extraordinária visão de um Ser histórico, ímpar na sociedade dos humanos, de nome Cristo, ao proferir - "Eu sou a Ressureição e a Vida, quem acredita em mim, não morrerá...jamais "
Por isso e até lá, vamos continuar a acreditar ou a interrogar toda a maravilha que nos rodeia,-  disfruta-la e acreditar que não há fim, se calhar, nem finalidade.
Por enquanto o que há é Vida e Morte. E a morte é a negação da Vida.



domingo, 26 de agosto de 2018

REBOBINAR O TEMPO

Precisamente  fazem hoje   84 anos e umas horas ( dia 26 de Agosto de 2018, e um domingo, tal e  como hoje) nascia no número 5 da rua da Praia dos Santos, freguesia de São Roque,  Ponta Delgada, um individuo do sexo masculino, a quem deram o nome de Humberto Victor, provavelmente em memória de um "malogrado" rei Italiano, pertencente à casa de Saboia, em evidencia no tempo (1934), na  insípida comunicação social.
Era uma criança irrequieta, que tinha a particularidade de ter "vindo substituir" um irmão mais velho  que morrera um ano antes, de nome Armando, criança linda ao que se dizia, enquanto ao que também se dizia, o que o viera substituir não  ser assim,  tão bem dotado,  pelo menos fisicamente.
E o tal Humberto Victor, passou a ser sempre diferente aos olhos da mãe, e  sem se saber ao certo,  se este "diferente" significava  melhor ou exatamente o contrário, e a dúvida ficou sem explicação à posteriori. Sabia-se apenas pela sua voz ou sensibilidade de mãe, que era diferente dos irmãos e até dos  da sua idade.
Uma história sem muito interesse e até  muita graça, não fosse a criança, que nascera franzina, uma referência mais tarde,  de energia, em tudo o que exigisse perseverança, sacrifício já que o seu treino favorito era carrejar calhaus para reconstruir as paredes do seu quintal, que anteriormente fora uma estufa de ananases, e que as invernias açorianas e o seu  mar " flagelador, por vezes brutal ", derrubava todos os invernos, e também, no campo atlético sobretudo, a evidencia em saltos e em ginástica, o que se transtornara   mais tarde, em homem dedicado à luta nos  jornais e na escrita, terminando em contador de histórias,  verdadeiro contador de histórias, na crónica, no  conto, na  novela e no romance, sem nunca descuidar uma propensão poética congénita muito enternecedora  nos verdes anos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

QUANDO A LOUCURA ANDA POR PERTO

A Democracia que temos; a que não temos; a que desejamos e que desejávamos e que se calhar, nunca vamos ter?
Louvável, a viragem ocorrida com o  25 de Abril de 1974.
Alguns dos ideólogos e protagonistas, são do meu tempo da chamada  "tropa". Tinham a ideia, (aquela  que eu tinha também  na altura), de que a democracia era a solução "para  tudo", quer em termos políticos, quer em termos sociais, quer como forma de vivência da própria comunidade humana. Por mim continuo pensando que tinham, que tínhamos razão. Só que a realidade não é bem assim, nem a mesmo coisa. A aspiração máxima em democracia, é alcançar a Liberdade, a liberdade de expressão, de opinião,  nas suas mais escorreitas e elementares formas. E isto se calhar foi conseguido. Só que os "escolhos" foram surgindo  e  são imensos, dada a complexidade do ser humano, e essa liberdade, tão ciosamente e até penosamente conquistada, está a ser "infiltrada", por loucuras e excessos de confiança e de toda a ordem.
E é verificar o que se passa.
A loucura  tomou a frente e a vanguarda, com dirigentes "democraticamente eleitos" e loucamente agarrados ao poder, porque foram eleitos por formas consideradas democráticas. E então surgiu o "vale tudo", à sombra do voto e do sufrágio directo e universal.
 O  país actualmente mais poderoso da Terra, por exemplo,  tem à sua frente a comandá-lo, alguém que perfila este tipo de "pensamento democrático".
E algumas instituições credíveis, da comunidade humana, vão-lhe seguindo o exemplo. Até a própria justiça, não sabe, ou não quer ser justiça ou no mínimo, ser justa. Tem indecisões. Tratamentos dúbios; demoras excessivas; vazios na sua actuação.
Estamos a trilhar um período "único" na história do mundo: um período de desconfiança: nas pessoas, nas instituições. Na própria concepção, entre o  certo e o errado; entre o bem e o mal, perto, muito perto, do "salve-se quem puder".
Em muito menor dimensão e de muito menores efeitos globalmente "danosos" de "loucos à solta", temos o exemplo do ex ou actual (?),
Presidente do Sporting Clube de Portugal. Estoirou o clube, fazendo crer, que "por amor",  o vale tudo justifica-se, até que seja destruir o que levou mais de cem anos,  a construir...
Fico com a impressão de que trilhamos ou iniciamos,  uma era, que se encaminha ou caminha,  para uma  espécie de princípio de fim,  a nível global, que transbordou para o regional e local. Perderam-se conceitos, referências, exemplos. E isto gerou e gera o desinteresse, a alienação, o "aproveita" que amanhã já não estou cá. É a vida ao milímetro, o principio do soluço, ou o findar do sonho, sem o iniciar.
E que para endireitar tudo "isto", quanto a mim, (tenho para mim, como dizia o meu saudoso amigo Júlio da Rosa) é preciso recuperar duas coisas muito simples: a seriedade e o respeito, que desapareceu ou desapareceram dos horizontes desta obra "magnificente", que se chama vida.
Cultura e Fé, podem ser achegas ou alternativas, nunca perdendo de vista a Morte, algo que deve ser combatido, investigado sempre , até...que ela se extinga ou diminua, e isto  até às últimas "consequências".





PS- Aconselho a leitura do meu derradeiro "livreco" "Sinais de Infinito" que anda pelas  500 paginas motivar" alguém a lê-lo, para seu e nosso bem. Não foi tarefa fácil, quase sete anos.
É  que o "dito cujo" pode motivar-te a encarares a vida de outra forma, se calhar ainda pouco ou mal conseguida.
Recordo que a leitura é um forma de combater a loucura, recorrendo à própria, que galopa neste pequenito astro  a velocidades supersónicas e estonteantes, e a que deram nome Terra e que vai desde o espaço sideral , aos campos de futebol, aos parlamentos dos países ditos mais  evoluídos, e recordo-te que é na morte que tudo acaba e que tudo pode recomeçar, principalmente no vivido e no sentido no teu próprio trajeto de VIDA.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

EM TEMPO DE FESTA, UMA REFLEXÃO NÃO FICARIA MAL

Em tempo de festa como agora, em que a "Semana do Mar" atinge o seu grande e maior grau de  fulgor(?),   é altura, em que se torna  obrigatório (e  permitido), fazer uma reflexão, mesmo que "cheire" a critica séria, sobre a nossa terra, a nossa história, o que acaso teremos de menos mau ou  menos bom, para dar, oferecer e vender. Torna-se mesmo quase obrigatório, uma reflexão, que mais não seja para fazermos um balanço sumário e para entendermos o que somos como gente, o que vamos ser ou até o que queremos ser. É costumo dizer-se que o futuro a Deus pertence,  o que me parece   exagero de confiança ou pior,   desinteresse mal assumido. Daí um olhar critico à nossa terra, ao Faial, (considero-a minha, embora não tenha por cá visto a primeira luz do dia), o que não me retira, nem me belisca  autoridade, para esta afirmação,  cito até a  de alguém, que a podia dissertar mais à vontade, dada a sua posição e era também um estranja como eu: fixei-me aqui, dizia,  por gostar desta terra: e fixei-me, voluntariamente. Vocês nasceram...Foram naturalmente   "obrigados", isto para não dizer "coagidos".
Costumo dizer, e já o faço há algumas dezenas de anos, que o Faial e a Horta em particular, é alguém mal amado pelos seus "inquilinos", isto para dizer, que pouca gente está sensibilizada para o seu valor, o que teve ou o que ainda  tem. Passou-se apressadamente um mata-borrão por cima de tudo isto: da memória, das pessoas,  dos factos,  das coisas, e continua-se adoptando este processo, ou melhor, invertendo-o  e que é  a realidade bem pior. Já o meu  amigo Rogério Gonçalves, um "aristocrata" da pena, dizia: A Horta é a terra da "coisa" rara. Isto  para dizer, que se faz um "escarcéu" e um barulho,  maioria das vezes, por nada e logo   de seguida se esquece o que é importante e está mal, à vista de todos..
Esta quanto a mim, é  a tal  teoria da "coisa rara".
Um exemplo prático: a Cultura, sempre bem esculpida nas lapelas dos políticos. Este é como sabemos,  um meio pequeno: pequeno demais  em quase tudo, mas culturalmente houve e há gente que, contra  tudo, vai  fazendo a sua caminhada e  alguma "coisa", muitas vezes com esforços redobrados, em dinheiro, em tempo, em dedicação. As ajudas não surgem de lado nenhum,  na divulgação, já que no trabalho, no tempo e no dinheiro, não ia ser fácil,  nenhum, nem dos municípios, nem das Direcções da Cultura, dos Governos regionais, Centrais, nem sequer das livrarias, que na maioria das vezes, nem se lembram da pagar aquilo que é a "mercadoria", feito a desoras e à consignação, usando do chamado "calote", à  vista desarmada. E parece que o uso tomou forma e não é só da casa.   É esta a realidade generalizada. Não há estímulo, não há interesse, nem sequer há a capacidade de escolher e saber o que está bom,  bem feito, e sobretudo o que é nosso, isto por parte de ninguém. Não se valoriza, nada! Não há apoios. Não há estímulos. Olho para as próprias montras. Não há lá nada ou o que há é muito pouco e não o mais representativo ou o melhor.
Paciência. Santa ignorância e  santa incapacidade.
Amigo que poderei considerar íntimo, que também rabiscava "umas coisas" de quem não vou dizer o nome e que cá já infelizmente já não anda,  quando se versavam  coisas destas sobre a terra, dizia-me logo: "já sei o que vais dizer: Que gostas muito do Faial, mas das pessoas... "
Tratava-se  apenas de  uma graça,  contendo  obviamente uma pitadinha de verdade e de mágoa. O que poderei dizer, é que poderíamos ser melhores, muito melhores, nesta matéria...
Sim. Sinto mágoa, mas penso que tenho feito o que posso. Levo já muitos anos disto. A Ilha é linda;  isto toda a gente   sabe e se não sabe, com os meios que existem, é porque não quer.
Até alguém, com bons  créditos e conhecido pelo seu bom senso, já  alvitrou, que ela, a Ilha, estava em divida para comigo. Eu afinal, sempre disse o contrário. Sempre fui altamente bem aceite e respeitado por isso, a divida era minha.Por isso, retribui-lhe com alguns livros.
  Não! Não está. E se está, não está pelo menos,  só para comigo. Se está, é em primeira mão,   para com  minha  querida mulher, e depois, para com muita mais gente que como  Ela adorava ou adora esta Terra. E eu apenas lhes  segui o exemplo.
Mas o  Amor vale tudo isto  e muito,   muito mais, embora, a mágoa por vezes, e volta-não-volta, teime em reviver, ou viver  em crescendo, mas nunca apagando esse amor...Bem pelo contrário.
Desculpem lá o desabafo. Mas às vezes tem de ser...O que deve ser dito, tem de ser dito.
Bem hajam os que perderam tempo a ler este pequeno desabafo.




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sexta-feira, 27 de julho de 2018

A FALTA

Hoje, era dia de anos nesta casa. A minha companheira, Maria Antonieta, fazia os seus anitos. Sempre acompanhados de uma festazinha. Singela e simples, mas com muito significado, porque levava mais de meio século de história.
Acabou a festa e quem a fazia, o ser humano que mais amei na vida.
E de certo modo, também a vida acabou e isto porque com a perda dela, perdi também tudo - o futuro e a vontade de continuar, vivo.



quinta-feira, 26 de julho de 2018

A REPORTAGEM da TVI

Pessoalmente nunca "morri de amores" por denuncias,venham elas  de onde vierem,   sobretudo quando  são despuduradamente anónimas.
Mas não deixo de entender, que denunciar o que está mal ou o que é criminoso, merece ou deve merecer  o nosso apoio e  respeito.  Isto surge a propósito da reportagem da TVI 24 sobre os serviços prestados pela Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada e também da de Angra.
É algo que impressiona, mas pela  negativa.  Falhas e carências de toda a ordem. Maus tratos. Pouca compaixão e muito desamor. Uma espécie de depósitos humanos a cumprir um destino. Até não faltava, uma sala  (vejam só), para morrer, antecipando e justificando aquele derradeiro e  tristíssimo acto. Uma reportagem que dá muito que pensar. No muito que se faz e vai fazendo por este mundo,  e que ninguém sabe, nem sonha.
Seres humanos tratados quase como lixo. E à revelia de algum sigilo, vamos sabendo e tomando conhecimento, de que ser velho, é uma fatalidade, um peso, um fardo,uma "chatice" e algo a descartar; depressa. E algumas das praticas lá evidenciadas, já as vi pessoalmente, até em hospitais  credenciados (?) da Região, como aquela de amarrar   os pulsos à cama, uma espécie de crucificação a olho nu e à vista de todos, mesmo da família. Algo que para além de desumano, é altamente condenado e condenável  e mais do que isso:  altamente proibido, mas continuam fazendo, arranjando  "justificações",como  o não cair da cama, o não retirar as seringas, as máscaras, etc. afinal uma justificação esfarrapada, que nada justifica, porque há soluções mesmo para esses  casos.
Aqueles serviços têm o "beneplácito" e o suporte da tutela da saúde, o que mais agrava a situação.
É uma reportagem que fica na memória, pela sua "frontalidade" e também oportunidade, e isto, porque acidentalmente feita, no dia consagrado aos avós.
Bem haja o jornalista que a fez. Os meus parabéns e agradecimentos.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Uma passagem de olhos por este inicio de século, leva-nos a constatar, que a  grande maioria dos valores porque nos pautávamos,  foi-se alterando e que o que era considerado razoável e de bom senso,  tornou-se se caduco e mau gosto. isto para dizer, entre outras coisas, por exemplo, que o que era bonito ontem, hoje eh tido  como ridículo. O que era normal,  hoje eh excentricidade. Ha claramente uma inversao de valores . Idade eh caduquice. Habilidade pode confundir-se com  inteligência.  A mentira eh algo constante e continua, e dita duas vezes, torna-se  verdade. Rouba-se e sonega-se das formas e maneiras mais sofisticadas: nos seguros; nos contractos, em tudo o que se presupoe responsabilidade e seriedade.
Os tribunais e a justiça, funcionam ao "relenti" ou a "meio gaz", dando por vezes explicaçoes "que a razao nao entende" ou que o "deja vue" eh a unica e melhor forma de soluçao e a conciliação possível.
A Democracia de que todos se socorrem eh quase como um Deus vivo, mesmo aqueles que a  conspurcam, aviltam e  desprezam,
vai aos poucos tornando-se numa  ditadura, com contornos de loucura.
Nem eh por acaso que sao eleitos  por  sufrágio  directo e universal,  personalidades que nao inspiram minimamente a garantia de que a liberdade nunca seja  posta em  causa. desde a naçao mais poderosa da Terra, ao dirigente insignificante do clube de futebol.
Estamos criando e alimentando, o espaço da loucura, apesar dos desafios  imensos que se poem ah mente humana. Estamos a perder a corrida aos saberes e ah felicidade.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Na Democracia ` portuguesa

Na Democracia portuguesa (ou ´a portuguesa), os políticos quando morrem, (se ´e que morrem e quando morrem), sao todos de  excelência: como políticos, como seres humanos, talvez e ate por isso, o caso do João Semedo,  se calhar, gostando-se ou nao, reveste-se de alguma diferença.
Num mundo louco, de egoísmos e corrupções varias e variadas, o Semedo foi um idealista, que entendia que o bem era preciso ser praticado. E eu, que me fui tornando avesso a certo tipo de políticos, acabei concordando com algumas (muitas) das suas teses.
A Morte execranda , de quem ele era em primeira mao adversário e inimigo, levou-o (era medico).
E muito embora nao comungando cabalmente da sua visao ou  cosmovisao  politica, (felizmente temos direito a diferença, mesma que ela nem seja assim tanta), aqui, e repito, fica o meu tributo e o meu profundo respeito pelo que pensou ou fez para
bem das pessoas.


domingo, 15 de julho de 2018

UMA HISTÓRIA POR CONTAR

Como mero contador de histórias, sou levado a pensar, que a vida é uma simples  história por contar. Ou uma  história simples, mal contada, sem lhe ser assegurada uma finalidade, e uma contribuição tácita para tal.
Entre magia, utopia, sonho e realidade, ela (a vida), é o tempo que passa e o que passou, o que há-de vir, e não veio, a realidade e o mito, recriados a partir do Nada.
É o amor que se viveu e que se perdeu. O que existiu e não vai existir mais. A saudade e a dor, que se  avolumam e crescem, sem parar e sem passar.
É o tudo e o nada, que o tempo  construiu e  destruiu. É o agora e o antes, o que virá e será, e o que não chegou e chegará nunca.
É a história nunca começada e nunca acabada. É o fim  e o principio, sem ter principio e sem ter fim. É a macabra morte a destruir, aquilo que nunca chegou a ser - a vida.




terça-feira, 3 de julho de 2018

Ó COSTA NÃO PROMETAS O QUE NÂO PODES DAR...

AS 35 HORAS SEMANAIS
De todos estes governos, que têm governado ultimamente Portugal, este, o  do António Costa, (mais um Costa, na grande gesta lusitana da politica), tem sido seguramente o menos mau, embora, volta-não-volta, vá dando sorrateiramente,  uma no cravo, outra na ferradura como convém, por vezes, até, duas no cravo e uma ou outra escorregadela momumental. E uma delas, é nitidamente as 35 horas de "trabalho" na função publica, medida naturalmente com  a intenção de a tornar comum a todas a outras áreas da atividade do país o que ainda não acontece e é o mal. Condenámos isto logo de inicio, porque entendemos que é e ainda a força do trabalho a única capaz de levar isto para a frente, no tipo de sociedade que, (feliz ou talvez infelizmente, adotamos), -  a de consumo). E mais do que isso - o país  não está ainda com capacidade e equilíbrio financeiro para suportar essa e até outras medidas meio populistas.
Discordamos logo de inicio. precisamos é de ganhar mais, trabalhando mais, porque não é possível trabalhar menos e ganhar mais. Em matéria económica não há milagres. Há produção e concorrência. Goste-se ou não, isto para os sindicatos entenderem.
E quem escreve estas linhas, foi mais de vinte anos dirigente sindical. Trabalhou sempre na sua atividade, no mínimo, 48 horas semanais, quando a função dita publica, já andava nas 35. E em laboração continua, 54 horas porque ao domingo se trabalhava. E isto nunca obstaculizou a que nas escassas horas de "folga", a que as "batatinhas redondinhas", lhe passassem pela unha  e a enxadinha da ordem de cabo curto, para que o dorso não o se esticasse muito, ao mesmo tempo borrando  jornais, livros e tudo o mais que o papel autorizasse, numa altura em que era proibido e dava securas na língua, e que uma vida cheia de entusiasmo e luta, quiçá perdido, era oferecida aos menos favorecidos.
Nunca fui homem de direita, no que se refere àquela que entende, que uns devem trabalhar duro e outros descansar. Que uns são os bons, o cérebro, a redenção e os outros a "maralhau". Mas quando se pensa em igualdade democrática, e se arranja trinta e cinco horas para uns e quarenta ou cinquenta para outros, sem sequer  se  deduzir do esforço, ou da incomodidade das próprias tarefas é no mínimo mau e ridículo, não direi antidemocrático porque a própria palavra tornou-se numa falacia..
Enquanto dirigente sindical representando-me e os trabalhadores, dizia muitas vezes: " rapazes: não vamos puxar muito pelas cordas, para não ficarmos sem emprego. É que patrão falido, não é dinheiro em caixa.
E o pior de tudo isto, é que vemos gente que nunca fez nada, a falar de trabalho.
Quando vejo, por exemplo, sindicatos permanentemente em greve, assusto-me. Primeiro, porque  não pensam nos outros, parentes mais pobres que comem da mesma mesa - que é o Estado. Depois, fazem todo este estradalhço, mesmo sendo dos mais bem pagos da Europa.
Caso para dizer : vão para o inferno.
Ó Costa abre o olho com essas alianças...e com essas crianças.






sábado, 23 de junho de 2018

JÁ FOI A MAIOR "PEQUENA", CIDADE DO MUNDO

Referimos-nos ao Faial, (e à Horta,  em particular), algo que vem, de há uns anos a esta parte, denunciando uma fragilidade e uma pequenez, no seio do espaço açoriano,  que confrange,  doe e até magoa. ´
É o assumir de algo, para que nunca foi  minimamente vocacionado, quer devido às suas gentes, quer devido às condições naturais que o bafejaram. Era mesmo, segundo o  poeta florentino, Pedro da Silveira,  séculos XVIII e XIX e princípios do XX, "...a maior,  mais desenvolvida pequena cidade do mundo".
De uma "florescente", porque não dizer, "auspiciosa e prometedora" Autonomia, quiçá nascida pela mão de Aristides Moreira da Motta, de Montalverne de Sequeira e de outros ilustres cidadãos ali da ilha de São Miguel, tornou-se numa autonomia "caprichosa , "  quiça capciosa", produto do  "uma no  cravo, outra na ferradura" como convém, numa região  eivada de bairrismos bacocos , antigos e serôdios,  bem longe daquilo que se esperava para algumas destas  desafortunadas ilhas.
Afinal e melhor pensando, o Faial é, neste momento, uma dessas ilhas. Mártir por natureza, Os sismos e os terramotos, nunca a deixaram em sossego, desde que em quinhentos a reencontraram ou re-acharam, colhendo  o nome assaz bizarro, de ilha da Ventura (leia-se Felicidade), final o que poderia ter sido  e nunca foi, que o diga  o primeiro donatário, um tal Josse Hurtere, flamengo ilustre,  que por aqui apareceu com outros fidalgotes desempregados e sem  "pés de meia", numa altura em que Flandres e toda a Europa, andava em ebulição, tal como o que agora vem acontecendo com  os povos do Médio Oriente, uma espécie de historia "a repetir-se" de forma diferente e também trágica.
Mas falar do Faial, é falar de uma ilha se calhar até pequena, mas e apenas, em dimensão espacial, mas de "alma muito grande".
Muito bela em paisagens. Muito produtiva e  solo muito fértil. A melhor de todo o arquipélago em acessos por mar, costas muito acessíveis, belas praias. Centro internacional de ligação com o mundo já que bafejada pela geografia,  foi e continua,  sendo um capricho autêntico dela própria, e algo que ninguém se atreve a negar.
Tornou-se cidade, não por "capricho" politico, mas por  mérito próprio, arrecadado atraves do seu  inquestionável apoio  ao desenvolvimento e ao conhecimento do mundo.
Em determinada altura, era mesmo a principal, mais  cosmopolita  e mais desenvolvida cidade do arquipélago. Não só em comercio, como em cultura. Era a "mais pequena, maior cidade do Mundo", assim o diz  o escritor e poeta florentino, Pedro da Silveira que por aqui andou. Assim o diz Nemésio enquanto também por aqui andou. Assim digo eu, enquanto por aqui andar.
Sede de Distrito durante dois séculos. Principal porto de apoio à navegação internacional durante os seus longos quinhentos anos. India e Brasil, estavam nas suas rotas, nas idas e nos retornos. Entidades consulares das mais conhecidos e desenvolvidas nações europeias e do mundo de então. O primeiro consulado americano nos Açores. Era vulgar ouvir-se falar  pelas ruas da cidade, o inglês,  o francês e o espanhol para o qual os autóctones não se furtavam. Um ilustre visitante de nome Franklin Roosevelt, um dos maiores presidentes que os Estados Unidos terão conhecido, Terá tido mesmo a intenção de criar na Horta, a sede das Nações Unidas, quando por aqui andou em 1919, então como  Secretario da Marinha.
Apenas um politico açoriano, alias um jovem obreiro e  continuador da autonomia, em boa hora viu, esse desiderato: Valorizar a história e o que fora anteriormente  conseguido.
É que e  à posteriori, tem sido um tal "esvaziar", um esvaziar  incontornável e incontrolável.
Como querem ou pensam que é possível pensar em desenvolvimento no Faial?
Como pensam que é possível a fixação das pessoas, na terra de onde são ou foram escorraçados, aquela  que afinal amam e desejariam ficar?
O Faial é um
cadinho de emigração sempre activo e sem fim à vista...
Muito havia para dizer...Mas ficamos por aqui,
terminando com o tal verso do Pedro da Silveira:




sexta-feira, 8 de junho de 2018

Irracionalidade? Ou a falta de percepção de uma missão?

A irracionalidade, cada vez mais se apropria  da mente humana. O homem, (um animal,  mamífero como os demais), tornou-se o centro da vida: o decisor, o orientador, o mandante, o grande "senhor" de tudo e de todos. Fez normas, leis; impõe   e impõe-se. Diz sim ou não, à morte, à guerra, ao genocídio. Desafia  a Natureza,  suas leis e mistérios. Mas afinal quem é e o que é o homem?

Para que serve? O que veio "cá" fazer?

sábado, 19 de maio de 2018

O QUE VIEMOS AQUI FAZER?

Enquanto não entendermos o que viemos aqui fazer, (uma espécie de missão que se desconhece  ou  carecida de uma base cientifica "plausível", que não a da continuidade e da evolução), não iremos entender nunca, o que somos, o que vamos ser no futuro  e tudo o que nos rodeia,  sobretudo esta grandiosa dimensão toda ela,  que é a Vida,   neste espaço de tempo que   se iniciou em 2000, e a que já humildemente "apelidei", de alegre "Século da Loucura",
 Mudanças radicais,  comportamentos aberrantes, falta de percepção de boas práticas e boas perspectivas,  vão ao encontro incondicional de uma percepção e de uma interrogação, que se generaliza, mais e cada vez mais, por onde nasce e vive gente. E a interrogação é esta: PORQUÊ E PARA QUÊ?
Ou seja: Se a Vida é uma preparação para "outras Vidas"? Ou se é apenas a sequência natural do Tempo,   do ser e do devir?
Ou se pelo contrário, é a fragilidade dessa "magia" -  Vida",  a limitação das suas virtuais e próprias capacidades-,  a "culpada" ? Uma espécie de ignorância, incapaz de se opor às suas consideradas e naturais barreiras, da qual a morte é algo repudiado e repudiável, mas faz parte e é comummente aceite?
E porque,  Tempo e  Vida, correm vertiginosamente  em paralelo, alimentando-se e destruindo-se mutuamente, deixando quiçá ou não, história na História,,. É caso pois para dizer: parar e reflectir onde estamos e para onde vamos?
E também  perguntar: Vencer a morte é possível?
Se calhar, outra loucura do século. Uma loucura, talvez até, a única que contraria as outras , mas que vale a pena tentar.

quinta-feira, 10 de maio de 2018

A GRANDE PRIORIDADE

A grande, a  maior  prioridade da VIDA,  é o combate à morte.
Tudo ou quase tudo, se encaixa, nessa incomensurável, maravilhosa, sublime  dimensão, que se chama Natureza e Vida. Um misto, de mistério,  de equilíbrio,  coordenação,  auto eficiência, e auto sustentabilidade  na  adaptação e na evolução, misto de magia e realidade,  que nos leva a  pensar a nós humanos, o que estará por detrás de tudo isto. Que forças, que Mão ou que Mente, que faz da preservação o seu grande e maior conteúdo e destino, algo que nos coloca numa situação de respeito, perante tudo o que nos rodeia e que se chama Universo e Vida.
Por isso mesmo, uma das espécies que porventura terá atingido algum "desenvolvimento" intelectual e mesmo "ousado" ou ter a "ousadia" de se permitir a alguns desafios a essa Natureza - o Homem,  terá, em nome dos desafios e da ciência - porventura, se entende que a vida é ou não susceptível e até digna de ser preservada o maior e mais alargado  tempo útil possível - a longevidade-, e isto para repensar a que vamos trilhando, de inutilidade, do combate a nós próprios, uma pela perda plena desse tempo útil, para podermos mais fazer, mais realizar, mais desvendar, mais compreender, o que somos, o que viemos aqui fazer, e sobretudo o que nos espera após  o fim, que é a morte, algo aceite comummente de forma  ligeira, natural e complacente.
E o Homem, com toda a sua e as suas capacidades (que são muito limitadas) entendeu que é mais fácil matar, do que salvar, ou contribuir para o desafio da sua própria preservação e de toda a vida que o rodeia.
E o desafio é este: sem "matar" a morte, contribuir para que ela morte , seja afastada, o espaço de tempo mais alongado possível: isto não quererá pressupor eternidade, mas é um principio e

É sobretudo um desafio como qualquer outro, que poderá confundir-se com loucura ou na melhor das hipóteses, utopia.

Convém recordar, que existem formas de vida, que são quase eternas.  sem falar apenas nos "espongiários".





quinta-feira, 26 de abril de 2018

QUARENTA E QUATRO ANOS DE ABRIL

Este ano, e pela primeira vez, o 25 de Abril suscitou-me como comemoração,  o silêncio.
Ao fim de 44 anos, de escrever e de O comentar até à exaustão, entendi que era momento de dar balanço, fazer uma breve pausa e reflectir. No que se ganhou (e  que foi muito), e no que se  perdeu,  (que também não foi pouco).
E o que se ganhou, foi sobretudo na área da Liberdade; liberdade de pensar, e de dizer o que se pensa. Nos direitos adquiridos e consignados numa Constituição: O direito ao ensino,  e à saúde, ambos tendencialmente gratuitos Ao salário mais justo, que se traduziu num mínimo nacional, algo que nem  existia, nem se vislumbrava a longo prazo.
Isto, por si só , dá para festejar e honrar o 25 de Abril, enquanto  "ele" por ai andar, mesmo que  acossado e mal compreendido e entendido.
Do outro lado,  vieram,  também em nome da liberdade, as maleitas que sempre acompanham as coisas boas, e o que se quer imaculado: a ganância, a mentira,  a falta de respeito,  a corrupção, a hipocrisia e a mentira.
Mas o positivo, continua lá a sobrepor-se ao negativo.
Resta é saber, por quanto tempo...




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domingo, 22 de abril de 2018

DIA DA NATUREZA

Quer q
ueiramos, quer naho,   somos  Natureza.
O dia 22 de Abril da cada ano-, e bem-, foi-lhe consagrado.
Natureza eh espaço e eh Vida.
Eh tudo o que nos rodeia; que faz parte do nosso viver do dia-a-dia. O ar que respiramos; o mar que nos rodeia; o vento, a chuva, o frio, que nos fustigam e acariciam. Os animais, nossos irmãos, nossos amigos, e nossos      companheiros de jornada. As árvores e os campos.
Uma simbiose de cores, sons  e aromas,  de afinidades e contrastes, que faz dela - a Natureza - a  mae incontestável  de tudo e de  todos e da magia incomensurável  do "milagre" de viver.
Um dia que deveria ser repetido e reflectido em cada dia que passa. E mais: agradecido e "agraciado" e honrado.
E eh a Vida, a maior riqueza que ela encerra. Curiosamente,  destruída diariamente por ironia do  destino, pela insensatez e pela ingratidão do ser humano.
Ao passar esta efeméride, curvo-me humildemente perante a força e todo o sentido da sua Criação,
fazendo votos para que a sua preservação seja uma das grandes prioridades no tempos mais próximos.








quarta-feira, 14 de março de 2018

QUESTIONAR E QUESTIONAR-SE

Morreu hoje aos 76 anos, o físico britânico Stephen Hawking,
Trata-se de alguém (um humano), que recusou aceitar, sem questionar, a vida e tudo o que a rodeia: as suas origens, os seus desígnios. Alguém que fez da interrogação, da consciência, e de todas as "ferramentas" que a mente humana, vai desvendando, no espaço e no tempo, a sua forma  de estar e a sua posição  na vida, alguém que reconhecendo embora a "pequenez", versus a grandiosidade do que  a suporta-
, aquilo que se supõe ser o  infinito, ele curiosamente invalidado para uma vida física activa, deixou-nos o sonho e a esperança de questionar e questionar sempre, o que somos e o que viemos aqui fazer.
E mais: desafiar os limites do cosmo e da Vida.
Bem hajas por isso.


quinta-feira, 8 de março de 2018

AS MULHERES DA MINHA VIDA


HOJE. DIA CONSAGRADO À MULHER, NÃO POSSO DE DEIXAR DE REFERIR, COMO JÁ O FIZ POR  DIVERSAS VEZES, AQUELAS A QUEM TUDO DEVO NA VIDA:
A MINHA COMPANHEIRA, ESPOSA AMADA, CONFIDENTE, LUZ DA MINHA VIDA, MARIA ANTONIETA.
FRANCISCA DE OLIVEIRA CABRAL, EXTREMOSA MÃE E AMIGA, A QUEM DEVO MUITO NO PERCURSO JÁ LONGO QUE VOU TRILHANDO.
PARA AMBAS, O MEU SAUDOSO BEIJO, ONDE QUER QUE ESTEJAM.




sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

ABRIR A ALMA E REPARTIR O CORAÇÃO

Deixem-me abrir a alma e repartir o coração.
Parar para poder pensar, acontece algumas vezes na  vida. São momentos raros, de imensa e intensa emoção, saudade,  e beleza. Momentos que nos transportam a outra vida ou vidas, enquadrada em outros tempos, a que demos nome de passado. E a idade é isso: tempo, memória, saudade, passado.
Pode também  ser "saber" e "saberes", experiência, sensatez. Pode  até ser  solidão,  tristeza e desilusão.
E mesmo  sem querer,  esse cínico transformador, do que vive e do que morre,  - o Tempo -, esse maganão, insensível e irredutível,  vai-nos enredando sem apelo nem agravo, no que fomos, no que somos, no que queremos, desejamos ou iremos ser, daqui a algum, a pouco  ou muito tempo.
E aí "entra" o jogo do perverso, daquilo que passa a atormentar-nos, um "óbice" que não deixa seus hábeis e mágicos créditos por mãos alheias.
E logo surge a interrogação e a dúvida. Nascer e viver, por quê a para quê? E morrer?
Neste momento, o tempo concedeu-me uma espécie de moratória, um pequeno espaço íntimo, para inquirir-me  sobre o que fui, o que sou e o que desejei ser. Como vejo o mundo: o meu  e o dos outros. E as interrogações continuam bastas, confusas: quem fez tudo isto que me rodeia: como, porquê e para quê?
As explicações tardam ou não chegam ou não convencem. A própria ciência falha. E o homem sagaz como é, inventa, recria, recorre ao isotérico, ao desconhecido, e chama-lhe MISTÉRIO.
E eu fico a pensar.

Afinal o que somos
? MUITO POUCO





domingo, 18 de fevereiro de 2018

O CAPITAL DE RISCO

A  bondade deste "pensamento" e desse sonho, tem muito que se lhe diga.
E a fórmula caseira, tem dado "água pela barba".
Vejam-se  os bancos e a banca, derretida e falida, aguardando o beneplácito do Estado (e do nosso, que está sempre a "arder"), para tentar reabilitar o que por si só, nunca deveria ter acontecido. E reclamam-se investimentos de seguida. Só os idiotas ou os loucos, podem fechar os olhos, principalmente aqueles que levaram uma vida inteira a pôr uns trocados, as chamadas poupanças, suados diga-se, para que a velhice ou alguma eventualidade na vida, e a saúde prioritariamente, lhes fosse amenizada por essa via.
Exemplo vivo, é o BES e a própria CGD, também ganhou apuros, de má gerência, sem que ninguém tenha conseguido saber ao certo,  para onde foi essa " pipa  de massa", o nome dos responsáveis e quem eram os protagonista, (sigilo profissional?),   afinal tratava-se de um super banco, gerido  com o beneplácito dos Partidos, sobretudo as gerências, mas com os dinheiros dos depositantes, dinheiros agora sujeitos a um escrutínio ridículo e pouco entendível, ou seja: emprestar dinheiro ao banco, e ele banco, governando-se (com a liquidez), acrescida da taxa bizarra de "manutenção de conta,  para ir obter lucros, quando devia ser o contrário.
Durante uma  vida, exaltaram essa fórmula de poupar investindo, sobretudo em acções, e era o considerado correto, o politicamente correto. Mas isto foi chão que deu uva. Agora se calhar o correto, é pô-lo debaixo do travesseiro (muito à americana) e tirar a carta de uso e porte de armas. Será?




sábado, 3 de fevereiro de 2018

Democratizar a própria Comunicação

Nunca e alguma  vez , a comunicação   social foi tão longe, em matéria de justiça, de opinião e até  de confusão.
Ao comum dos cidadãos, dará mesmo a impressão de que a justiça deste país, anda a "reboque"de alguma comunicação social mais ousada, agressiva, ou no mínimo, despudorada e sensacionalista.
Tornou-se num  poder controverso, e pouco credível,   influenciando outros de forma negativa, quiçá e por vezes, antidemocrática.
Nada lhe escapa; o país tornou-se o seu campo de batalha e a sua "baia". Deixou da haver ou existir "segredos", nomeadamente os de justiça e os outros, aqueles que consagrados  à própria  intimidade,  mesmo que não ou nunca provados, e que divulgados,  vão manchar  para sempre, a vida, às vezes a honra e para sempre, de muita gente.
É altura de reflectir e acabar com esse tipo de comportamento. Para além de gerar alguma confusão,  às vezes revolta, tem o condão de desacreditar, tudo aquilo em que queremos acreditar: a verdade.
A Democracia nem é a balda, nem o regabofe. É antes de mais, o respeito. Por tudo e por todos, mesmo até por aqueles que caiam na alçada da justiça, ou daquela
que não é e nunca a foi.




quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

PAGAR, PARA "EMPRESTAR" DINHEIRO?

Um dos grandes "embustes" da sociedade moderna, para além  do capitalismo e sem limites, ultrapassando mesmo, o bom senso e o razoável, é o pensamento e a filosofia que está a presidir ao sistema financeiro e mais concretamente, aos seus agentes, os bancos. Podemos mesmo dizer, que os bancos, são neste momento os grandes "vilões" da economia, o que deveriam ser exactamente o inverso.
Como os créditos mal parados começaram a acumular-se, como a fatal falta  de liquidez começou a acentuar-se, eles resolveram, quase como num dumping por unanimidade ou outra instituição de especulação, ou um "milagre" económico, decidirem em uníssono, criar o remédio, criar fórmulas ilegais e manhosas de obter dinheiros de quem precisa, tudo pela falta de competência irresponsabilidade, e depois recorrem ao Estado (que somos todos nós), para resolver os seus/nossos males e problemas quando a "coisa" dá para o torto..
Mas o mais gravoso, ridículo, ilegal e até indecoroso, é o cliente, ter de  pagar para lhes emprestar dinheiro. Sim, O cliente ao depositar  dinheiro, está emprestando para que ele banco tenha liquidez , para que não lhe falta, para negociar com quem dele precisa.
Só que os bancos, neste momento, nem sequer pagam juros pelas miseras poupanças dos cidadãos, levam  ouro e cabelo, a quem precisa desse dinheiro, e não se satisfazendo com "tão" pouco, vão à "continha" e todos os meses à hora aprazada "zás", toma lá que  já almoçaste. Quer isto dizer que vivem de quem precisa de dinheiro e  o vai buscar ao preço dos olhos da cara, mas  e  também, de quem lhes dá esse dinheiro, para o emprestarem, os depositantes. Mas o mais bizarro
 , é que estes, também levam a machada, dando lhes o nome ridículo e pomposo,  de "manutenção de conta".
A solução pode passar novamente pelos lençóis e pelo travesseiro, uma solução à moda antiga, que tem os seus inconvenientes, mas algumas benesses. Uma delas é fazer com que os bancos pensem,  olhem para o que fazem, os seus erros, as suas limitações, o seu futuro, e não caiam em tentações próximas do roubo.