sábado, 27 de junho de 2015

UM PONTO FRACO DA ZONA EURO, OU A SUA FRAQUEZA TOTAL

O caso da Grécia (o mais grave)  de um lote emergente   de outros países, incluindo Irlanda e Portugal, não se adivinhava quando, mas que tarde ou cedo iria acontecer o aviso do colapso, não suscitava dúvidas a ninguém, só mesmo aos "idealistas" que por uma ou outra razão, mais ou menos altruista, idealista ou económica, sonharam com a chamada Comunidade Europeia. Estamos a falar de  Países muito diferentes, economias muito diferentes, culturas muito diferentes. Um sonho que parecia BOM à partida, mas só sonho e pouco mais. Ao falar-se de uma Alemanha e mesmo de uma França, com tudo o que têm de bom, e também de menos bom, não poderemos esperar dádivas a tempo inteiro, nem de instituições de caridade e bem fazer a bem da humanidade. É que por trás de tudo isso, estão os investidores, homens abençoados, mas que, quando se fala em dinheiro, os sonhos tornam-se pesadelos, para quem deles necessita. E os negócios estão muito acima dos altruismos.
Por mim, embora gostando e até subscrevendo a ideia de Europa Unida,  sempre fui céptico em relação ao seu êxito.
 Fui e continuo. E o caso grego, para mim, é essa confirmação, de que afinal, foi mais um logro do que um sonho.
  

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Mais um 10 DE JUNHO

Mais um "10 de Junho". Um dia que já celebrou "o chamado  dia  da raça", que honra o grande bardo Camões, que  "virou"  da diáspora e das comunidades, mas um dia essencialmente dedicado às   medalhas e aos medalhões, à nafatlina e até de certo modo,  à palhaçada.
Camões...Coitado! Quão semelhante é teu fado "igual" ao meu...Mesmo dito ou escrito de forma assim bizarra, irónica ou despudorada,  não deixa lá  de ter alguma verdade e suscitar alguma reflexão.
Diz-se que, e tal como de Bocage,   que viveu  da "caridade", que terá até passado alguma "fomeca".
Morreu a orgulhar-se da grandiosidade do seu povo. Dos seus  heróis do mar; do nobre povo, da sua  nação valente...
Das armas e dos barões assinalados, que passaram para  além da Taprobana, deste ex-condado beirão, antecipando  o sonho do Vieira, o tal "Quinto Império", que não teve  nunca  pés para andar.
O orgulho, tal  como a  água benta, cada qual toma a que quer e não faz, nem nunca fez, mal a ninguém.
Agora que o povo é nobre, se calhar até é, embora seja necessário especificar melhor, que e qual, mesmo qiue esse povo não tenha "cheta", para viver decentemente. Só orgulho e medalhas é pouco...
Só que estas coisas, trazem dividendos, políticos, já se vê.
E a política é a arte da "palhaçada", não direi que é da mentira, por encarnar uma redundãncia, mais forte ou mais cruel.
Fico-me por aqui a pensar no Camões, nos Barões deste país e no Povo que tanta nobreza demonstra em aceitar ou tolerar tanta e tanta asneira que se vai fazendo. Mas vão-se distribuindo umas coleirinhas e umas medalhinhas, com bons nomes e bons propósitos e pronto.
Antigamente dizia-se em fim desta festa :"Viva Salazar". Felizmente que tudo  isto se alterou e bem. Só que ainda há quem dele se lembre...e até tenha vontade de o copiar... na íntegra.