sexta-feira, 3 de maio de 2019

Nove anos - 4 meses e 2 dias, nem mais...

Estamos a passar, (sem ultrapassar, como convém), por um período, em que  realidade e o sonho se confundem com  demagogia. Ou seja, o real pouco tem a ver com o reivindicado: salários, regalias, mínimos nacionais e regionais, carreiras profissionais, função pública e sua reestruturação, reformas, formas e fórmulas de alcançar o poder e sobretudo, muita e muita demagogia. E com a intenção (ou talvez não) de se melhorar  o que porventura, esteja menos bem, vai-se  alcandorando e misturando, a confusão à divisão.  Resultado: todos ralham e ninguém se entende tal como "casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão". E os Partidos que suportam estas reivindicações, tentam aliciar os eleitores, com promessas irrealistas para apanhar o voto, o manancial que lhes permite consolidar ou   catapultar-se para o poder. E os sindicatos, ao serviço dos Partidos, entram na liça, sequiosos de agradar ao seu eleitorado. E as ideologias, vão-se radicalizando, e  aumentando cada vez mais, a direita, cavalgando para a direita, a esquerda, para a esquerda.
No caso português, a origem reivindicativa, que vem de longe sobretudo, nalguns quadros da função pública; os professores são uma dessas vertentes. Cavaco Silva, quando Primeiro Ministro, remodelou a função Publica, dividindo-a, em bons e maus: os quadros especiais, que passaram a ser mesmo especiais, no concerne a progressões, avaliações, etc. E ainda dentro dos "bons" há os melhores e os menos bons.  Os professores por exemplo, têm um estatuo especial dentro da função pública, o que não acontecia no regime de Salazar, sendo afinal, ele também professor. Tal como agora a maioria dos políticos, não esquecendo o atual PR, são professores. Para além de numerosa, está equitativamente espalhada por todo o leque da ideologia politica, o que os torna "imbatíveis" na sua intransigência. Que eram mal pagos no tempo do salazarismo, é uma verdade. Mas que foram dos mais bem remunerados do espaço europeu, é outra verdade. No momento atual, quando todos estão num processo de estagnação real, não faz sentido que apenas e só eles, e alguns outros que os imitem, tenham direito à contagem de tempo, afinal comum a todos os servidores da função pública, sem se falar sequer nos reformados, que nem voz têm, algo inconcebível num regime que se diz democrático.
Nem mais: 9 anos - 4 meses - e 2 dias. Nem menos 1 hora e zero minutos. Os outros? Que vão gritando que pode ser que apanhem..
. uns minutos...