Momentos há na vida, que pela sua tristeza, pela sua memória, pelo que representam no percurso de um tempo, aquele que nos trouxe ao convívio do humano, e do não humano, da Natureza e da família, dos amigos e dos inimigos, de tudo o que representou ou representa o nosso percurso de vida, vivida e sentida, nos deixam numa espécie de imponderabilidade, numa flutuação, entre o bem e o mal, o real e o irreal, entre o antigo e o novo, entre o profundamente triste e o irreparável, o abismo e a salvação, que nos surpreende, por se tratar de uma situação nova, rara ou muito pouco sentida, uma espécie de abandono cósmico, de expulsão da vida e do sistema, com se fossemos apenas mais "nada", a acrescentar ao espaço e ao tempo.