segunda-feira, 24 de abril de 2023

...Dia do Trabalhador

Nos dias que vão correndo, vão, e cada vez mais surgindo, a entender como homenagens, no muito que deparamos no dia-a-dia e   há dias para tudo ou quase tudo. Mas o 1º de Maio, que é um dia histórico relevante, por vezes tem sido esquecido. Não vou fazer uma resenha histórica do que foi ou o que será, o 1º de Maio nos tempos futuros mais próximos.  
Tudo ou muito se conjuga para que cada vez mais, vá ficando envolvido em neblinas da memória.
A quem se der ao exíguo trabalho de ir ao meu «perfil», verá que nunca descuidei a informação, nem a opinião, e pode ler-se que, (o me atrevo repetir), sou ou fui, um «CONTADOR» de historias ou «estórias», como queiram.
E vou contar mais uma, e a grande personagem, bem ao contrario do que acontece nalguns dos meus escritos, em jornais, livros, revistas, etc. sou eu próprio.                                                           Trabalho no meus tempos de menino e moço, significava tudo o quase tudo. Desde o sustento da vida, ao alimentar alguma ou muita  realização pessoal ou coletiva. Era concretamente uma necessidade inerente à vida e à própria condição humana.                                                                                                                       Trabalhei de forma mais ou menos «intensa», pouco menos de QUATRO dezenas de anos
Foi nas Telecomunicacões,:ESTAÇÕES Telegraficas de Ponta Delgada e Horta) pertença dos antigos e saudosos CTT um sector indispensável, a todo o desenvolvimento global, mas que no caso das ilhas, era vital. Fi-lo de dia e de noite porque era um sector em permanência, de laboração contínua. Mas o mais curioso da história, e isto para poupar letras e tempo: , é que acumulava a chefia simultaneamente com a representação sindical, (era o dirigente sindical) este ultimo atributo, por sufrágio, voto, alguns feitos  pelas próprias vias telegráficas de outras Estações e   ilhas. Era um emprego do Estado, rigoroso, tal como as forças armadas ou equiparadas, com sanções »por dá cá aquela palha».

quarta-feira, 12 de abril de 2023

Caro amigo Humberto Desculpe o atraso desta resposta-avalição em referência ao seu romance “SISMO NA MADRUGADA”. Aqui vão as minhas impressões muito pessoais, sem intenção de fazer crítica literária em forma de recensão bibliográfica. A temática de fundo é sem dúvida de alcance arquetípo-universal: a busca do herói pela felicidade e o sentido de vida, partindo da pequena ilha para o universo e a ela regressando no final de vida. A “saga” de Quevedo impressiona, não só pela conquista individual mas também porque se projecta num amplo contexto global: o século XX e a sua conturbada história sócio-política ocidental. Como emigrante, na diáspora do espaço e do tempo, identifico-me perfeitamente com a obra que ressoa profundamente no meu projecto de vida cristã e humana. A viagem cósmica do herói-ilheu faz também lembrar “mutatis mutandis” ou por outras palavras, as andanças épicas da antiguidade e da modernidade. A trama ou enredo em geral, apesar de algumas falhas de verosimilhança aqui ou ali, arquitectados. As diferentes cenas narrativas fluem com muito agrado para o leitor devido ao interesse dramático pessoal, emocional, informativo, regional, e universal. A sequência de enredos desperta um interesse tal, que leva a voltar cada página com entusiasmo renovado. O narrador soube criar autentico “suspense”. A galeria das personagens também impressiona, pela quantidade e qualidade. Tanto a personagem central como alguns outros apresentam uma multiplicidade de facetas e cosmovisão que os tornam “ round characters” ou personagens que ressaltam da escrita como seres vivos e autênticos. Aqui vai um reparo negativo: não perece verosímil, pelo menos da minha experiência de imigrante, que uma personagem em tão pouco “tempo narrativo”, possa alcançar (tal fluência e tal linguística) capaz de publicar “best sellers” em línguas estrangeiras. Claro que há sempre excepções e génios e o narrador tem o direito de os conceber. A linguagem utilizada destaca-se também pela alta quantidade e sobretudo pela capacidade qualitativa de recriar ambientes exteriores e interiores, dramatização de cenas, vivências psicológicas e comunitárias de cenas, de suscitar emoções e ambientes de poesia, com a utilização de metáforas e alegorias. O vocabulário flui abundante, límpido, circunstancial e aliciante. Aqui vai mais um reparo. Todo o livro precisa uma revisão da pontuação. Imagino que uma edição de autor não beneficia de tal correcção. Como professor de línguas estrangeiras estas observações são me peculiares, porém, o livro, é como já lhe disse, uma obra digna de edição por uma casa editorial e não apenas uma simples edição de autor. Os meus sinceros parabéns por Deus lhe ter concedido talento, tempo disponível e perseverança pessoal para abalançar-se a uma empresa de tal fôlego e envergadura. Um grande abraço de amizade Seu admirador de longe Heraldo