terça-feira, 25 de novembro de 2014

IRRESPIRÁVEL

Esta foi a a palavra, como  qualificou o comentador Pacheco Pereira, ao referir-se à atmosfera que se vive em Portugal.
E dou-lhe inteiramente   razão: vivemos um  período irrespirável da história portuguesa. 
Tudo anda mal e às avessas, desafiando o bom senso e as leis da própria Democracia.
As opiniões contradizem-se. Fazem-se lavagens ao cérebro, Tudo é admissível, mesmo  o impensável.
Perdeu-se o bom senso, a prespectiva de futuro. Recorre-se ao subterfúgio, à mentira, ao justo- injusto, à falsidade, à persiguição, à desargumentação, à desigualdade de tratamento, à demagogia e até à força bruta "democrática".
A única "coisa" que se salva no meio  desta  estultícia, é a liberdade, embora esta sirva todos os desígnios e se sirva de todos os meios, mesmo dos mais ridículos, como é o caso da "nossa" comunicação social (não será apenas nossa), atendendo a esta "invenção" recente, toda ela chamada "globalização", algo que o Portugal afonsino, tão bem sabe  plagiar e exultar, com os requintes próprios, importados de tempos em que ele, Portugal, era rústico e analfabeto, o que leva a pensar que não crescemos nada, (nada, se calhar não, já que a falta do bom senso cresce a olhos vistos),  nem económica, nem mentalmente, embora, nunca tenha havido uma geração tão bem preparada, apetrechada e  brilhante, ao que se diz...
Mas, o que  realmente mais  me agrada, é o  show business das Televisões e dos jornais, mais as primeiras, do que as outras, e isto porque  é dinheiro em caixa, quando há um acontecimento ressurgido, surgido ou feito surgir, tal como esta de agora de  um Primeiro Mimistro, diga-se ex, o que tem de ser  realçado, metido em prisão preventiva e televisionado a preceito, até ao pormenor, desde a sua chegada ao aeroporto de Lisboa, às calandras da cadeia em Evora.
Belo serviço à democracia ou a quem a está a idealizar, democracia com letra pequena é claro,  porque não merece mais.
Por mim acho que o Sócrates com todos os seus erros, já que os teve, sim senhor, o último, se calhar o maior,  (se é que teve), já  nos habituámos e vê-lo sempre atascado nas  mais suavizadas dentadinhas, sempre com dentes afiados, mas também  dos outros, dos outros....
É o que somos, é o que temos, uma desigualdade até na justiça, já que isto que está a acontecer, nunca o vimos por cá, apesar de tudo, mas se alguma vez, ele Sócrates se candidatar a PM, pode contar com o meu voto. Alguém que tem sido tão malhado e tão mal entendido e tem sobrevivido, só pode concitar a minha complacência e mais do que isso, o meu apoio.
Acabo de ouvir numa  estação oficial ou  da concorrência, que o dito cujo, Ex PM, acaba de ser visitado pela mãe, na prisão de Évora.
Belo quadro com que nos brinda a nossa, que não sei a razão, porque não caiu  ainda nas malhas das privatizações e deixaria de ser nossa como tantas coisinhas, já que nem se salvou os CTT, uma institiuição centenária, de referência  e lucrativa, e já que quase tudo o foi. 
Alguém o  saberá...

PS: Com licença, bem sei  que ler está a ficar   doloroso,  mais  quando não nos agrada totalmente.
Perdão! É que ainda  temos  democracia. E a liberdade de imprensa? Até ver...
A propósito: O número 44 do estabelecimento prisional de Évora,  alguém que está preso e por acaso até foi Primeiro Ministro de Portugal,  anunciou que vai encetar leituras em francês, (ao que parece, de ficção narrativa).
Proponho-lhe para já a leitura e reflexão dos meus últimos romances; são açorianos, "Sismo na Madrugada" e "Sinais de Infinito - Realidades e Mitos do Nosso Tempo, (uma chatice condenada à nascença pelos intelectuais deste nobre país, que continua uma aldeial  rústica-global), são escritos no espaço  onde melhor se pronuncia  o português, a Horta na ilha do Faial, só comparável mesmo  ao que se usa na cidade banhada pelo Mondego e têm uma particularidade muito própria e especial:  trazem  francês à mistura, já que o seu autor é remotamente oriundo da ilha de S Miguel, afinal trata-se de uma semântica, com ou  sem legendas.em conformidade com algumas RTP da casa...E (pasme-se), que identifica na Metropole os Açores...todinhos....



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