segunda-feira, 10 de abril de 2017

Fragilidade e pequenez, tudo o que nós somos

O "ser humano", sem ter de  recorrer ao que, chamarei de  "simpático estratagema",  de engendrar heterónimos, (outras personalidades e vidas, que eventualmente poderão ser a sua própria, o caso mais elucidativo, o de Fernando Pessoa),  deveria antes, poder, sem  ter,  por trás, a magia da criação, viver na realidade mais  vidas, ou melhor,  mais Vida. Porque ela, a Vida, é demasiado curta em Tempo, mágica e bela, para ter o fim a que lhe destinam, porque  esvai-se tão depressa, sobretudo quando no trilhar dela própria, se atinge algum tempo e a mínima consciência do que somos, do que viemos aqui fazer, do que nos separa de outras vidas, sistemas, forças e grandezas. Esta mesma consciência que nos leva a pensar e a sentir, que somos afinal tão pequenos, inseguros, frágeis, limitados, para entender isso mesmo ou seja, o que somos e para onde vamos ou queremos ir realmente.
Esta vida, que não é obra de forças cegas ou de  acasos inseguros, que tudo justificam e de nada  nos elucidam;  Vida que consegue ela própria, recriar-se, multiplicar-se, entender e entender-se, mas sempre com a limitação permanente, de um fim  sempre presente e pouco entendível,

É caso até para "questionar", se toda esta magia  é ou não será, uma "falácia ou uma "mentira"?
Afinal, uma mentira, que mesmo repetida, nunca chega a ser verdade.


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