Quando aqui cheguei e já lá vão mais de cinco décadas, algumas coisas me encantaram a par de outras, que me impressionaram menos bem. A primeira foi indiscutivelmente uma certa finessse trazida quiçá de outros tempos, que tem tendência a desaparecer, sobretudo na cidade da Horta , que considero como a cidade mais bafejada em beleza no arquipélago.
A perda progressiva de algumas infraestruturas e até de poder político (Os Ex-Distritos), trouxeram de novo à ribalta, velhos fantasmas e conceitos de grandeza e pequenez, vindos de perto ou de bem mais longe, que dificilmente têm sido ultrapassados, apesar de ter havido o bom senso, quando se elaborou a arquitectura autonómica, de se ter respeitado o que foi a história destas ilhas.
E, isto porque essa pequenez nunca existiu, para quem entende que a mais valia de uma terra, assenta , não em pressupostos económicos, demográficos ou geográficos, mas em pressupostos culturais.
Esta uma questão que os próprios faialenses não perceberam. E não perceberam, que deviam gostar mais de si e do que por aqui se faz, se fez ou se vai fazendo. Resumindo: deviam gostar mais da sua terra.
Porque gostar da terra é também gostar de si. A isto chama-se auto-estima. E não só os faialenses: todos os que por aqui vivem ou têm a sorte ou obrigação de viver, deviam, seguir esse exemplo.
Cuidado, em não confundir com o bairrismo exacerbado...Porque esse é uma doença...Um virus HN (qualquer coisa), que mora em muito lado aqui pelos Açores...
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