sábado, 1 de junho de 2013

O mundo das letras, está  mais pobre, o mundo das letras em geral, e o das  açorianas, em particular. O Daniel de Sá, partiu, deixando entre nós,  para além de consternação pelo seu desaparecimento, o valor da sua indiosincrasia e da sua obra, revelada em inúmeros escritos e narrativas,  num  estilo muito pessoal e  próprio, em que ficção e realidade se misturaram , numa  amálgama de deliciosa simbiose , recheada de personagens, espargindo gritos e silêncios, gente anónima  de terra e mar, lançada com a  simples missão de viver, e  viver de sonhos,  por vezes até sem eles, amordaçada ou escorraçada, nas ânsias de um dia a dia mistificado e  penoso, ou de um  dia a dia  que chega e que morre sem perdão.

Neste universo, difícil e tortuoso (o das letras), em que até ler se tornou  exercício árido  e  raro , Daniel de Sá, foi  um homem de fé e de principios, que  nunca se afastou dos seus desígnios, das suas verdades, que  nunca abdicou da sua visão humanistica e da  universalidade  da vida e fê-lo criteriosamente. O render da sua guarda é um exemplo, para todos os que queiram enveredar pela penosa e difícil missão de ser contador de histórias. E ele era um contador de histórias. algo já raro entre nós e pelo mundo maqauiavélico que trilhamos...

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