quarta-feira, 15 de outubro de 2014

GERIR OS DESTINOS DOS OUTROS...

Alguém que  trilha a Vida e  carrega no dorso o Tempo   que vive, e todo este espaço que   lhe foi tão magnanimamente  outorgado,  que  afinal nem sequer  lhe pertence, sabe e bem, quão e quem é o grande conspurcador dessa mesma Vida.
E  esse "conspurcar" é  muito mais radical e abrangente do que se pensa e  não se confina apenas ao  material ou ao físico. É bem mais do que isso. É o aniquilamento das próprias estruturas que levaram milénios a  construir, muitas vezes com o sacrificio de gerações, uma memória que esta gente que governa ou se governa, seja Estados, seja empresas, seja lá o que for, onde hajam homens e dinheiros, não avalia, nem sabe o que é, e isto  na construção daquilo que se designou chamar sociedade. Refiro-me mais concretamente aos homens que detêm o poder, dos que  governam ou têm essa "missão" (e o que é isso de missão?), de gerir os destinos de outros homens ou de outros  viventes, uma missão  " supra deística" que deveria honrar, mas faz é envergonhar.
Comecemos pelos espaços mais escassos e circundantes do poder : as autarquias.
É um "louvar" a Deus quem a elas se candidata, por lá anda e as decisões que tomam.
Depois damos um salto aos governos, aos ministros, aos ministérios, a toda essa estrutura de poder e a toda a sua filosofia.  Servem-se da Rex Publica, da Democracia, de mil e uma frases feitas, de comunicação social sedenta de audiências  por vezes demagógicas, para impôr  o seu pensamento, a sua filosofia, o que lhes salta à cabeça, às vezes mesmo à boca, vazia quase sempre.
Gente sem experiência,  sem  valimento, que não seja a da ambição cega, da ganância hipóctita e às vezes a falta de verdade e até de escrúpulos.Gente menor, como dizia Hermano de Saraiva.

Valha-me me Deus e os anjos. E este tipo de democracia serve a esta gente, e serve esta gente,  porque aceita o bom, o mau e o péssimo, com  a mesma "naturalidade" com que fala  de igualdade, de fraternidade,  e de outros chavões, eivados  de mentira e  hipocrisia
Resta-nos, como se costuma dizer, e para nosso consolo, que quem vier atrás que cerre a porta.
 Qual porta?
A dos Hospitais? Das escolas? Das organizações  que foram privatizadas, algumas centenárias que davam lucro, como os CTT, e que acabaram nas mãos dos chineses, brasileiros, franceses, alemães e um sem número de oportunistas e usurários, que campeiam por este mundo de contradições,  corrupção, aproveitamento,  e desumanização?
Quem vier atrás...Irá fazer o quê?
Acabar com o que resta? Mas afinal já  não resta nada...E ainda faltam fazer reformas...
  
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