domingo, 21 de agosto de 2016

O livro não precisa de festas. Precisa, isto sim, de ser incentivado, apoiado, divulgado e sobretudo lido e relido. Mas atenção: há livros e há papel borrado de tinta...






Dizer "coisas"  que pouca gente se atreve, pode ser um "defeito",  melhor, era  um defeito, raro e perigoso, hoje, talvez nao, mesmo com esta Democracia incipiente, sem gosto e sem graça.
Fala-se de ah uns anos a esta parte, (em Semana do Mar, uma semana truculenta que ocorre na cidade (zinha) da Horta, onde ha lugar para quase toda a especie de festas, ateh para a festa do livro. e o livro, coitado, tao mal amado e  tratado, nao precisa de festas, precisa, isto sim,  (quando bom ou pelo menos "razoavel "), ser divulgado, acarinhado,  lido e ahs vezes ateh   relido) ,
Afinal esta eh uma festa dos e  para os livreiros, que se veem livres de uma "catrefada" de opusculos e "calhamarços", "demodee e sem graça", encalhados, a ocupar espaço lah para os fundos, para que passam a ser vendidos ao preço da "uva mijona".
Mas centrando-me na "Festa do Livro", (o Fernando Melo, a quem devia a sua longa amizade, havia mais de 50 anos), e que nos deixou,  e fez-nos falta, e  ah comunidade em que se inseriu, jah que nao ha muita dessa gente e o meio eh pobre em quase tudo) me dizia:"eh pah! Os livros de autores açorianos (deixo a palavra "escritor"ao sabor dos mais ou menos entendidos ou ousados na materia), repito, os livros,  nao aparecem, ou estao "escondidos" quase envergonhados, o que deveria ser o contrario. Eh preciso fazer força e qualquer coisa, para regressar ao que jah foi feito, em que e apesar de tudo, tinham alguma visibilidade (os livros),  nisto que agora apelidaram de "festa".
 Os poderes politicos   em materia de cultura, que pela regiao e nao soh, funcionam muito mal sob a "egide de uma "elite" que nem eh, e atraves de um "clique", arranjaram uma editora ali para os lados do Norte do pais, que passou a "encarregar-se" da  tematica "Festa do Livro na "Semana do Mar", semana esta que tem vindo a ser contestada, por varias e variadas razoes, um "enchimento de espaço e tempo", que deixa muito  a desejar, precisamente, porque e tambem,  as ilhas e ilhotas, teem os  seus autores, porque nao escritores (?), que nao teem a seu lado ou ah sua conta, ou nao acreditam no negocio do livro (porque eh disto que se trata:de um negocio) e as entidades da Cultura ou a ela ligadas,  (ah cultura dizem nada), e  nada fazem para que haja gente que se empenhe e dedique o seu tempo (Ahs vezes a sua vida ) tambem  a essas coisas.
Estamos em presença da "burrice" institucionalizada, do desinteresse, do deixa correr o marfim, ou deixa lah isso aos privados ". Eh assim que isto de cultura no que respeita ao livro, funciona. Apoia-se quase tudo, menos quem escreve, quem tem poder criativo e nao tem por aqui um minimo de condiçoes para e tambem, dar o seu contributo, a sua valia, a sua vida, ah Terra, aos seus, ah sua historia, ao seu passado. Eh isto em resumo.
E bem vistas as coisas, ha livros e ha papeis borrados de tinta. Ha livros feitos em horas, em dias em semanas ou em meses. Mas ha os que levam muitos anos: cinco, seis, sete,  ateh mais.
Não se pedem dinheiros para isto. Apenas vontade, (também ela (politica), para servir a terra que eh nossa, eh de todos, eh para isso  que foram eleitos, servir a cultura, incentivar  outras vertentes que não sejam as que com todo o mundo se extasia...e que o escrutinio universal e secreto, contempla de forma ahs vezes bizarra e despudurada...




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