Homem da Liberdade, da Democracia, e da política. Assim foi Mário Soares, um laico, republicano, (por vezes até se mostrou controverso nessa matéria), um adversário ferrenho do regime Salazarista, um regime que metia e meteu medo, principalmente a quem discordava dos ditames desse mesmo regime.
Mário Soares encarnou porventura uma maioria silenciosa, que desejava dar corpo ao seu pensamento e à sua palavra. Poder fazer valer da sua condição de cidadão, para votar livremente, e não apenas elogiar a (obra), mas criticar também. Ter direito à participação, à reunião, ao pensamento individual e colectivo.
Mário também sentiu esse medo, mas combateu-o, e lutou para eliminar e conseguiu-o.
Homenagear Mário Soares, é fazê-lo em nome de todos os cidadãos que arriscaram para que essa liberdade fosse uma realidade, através sobretudo da escrita, toda ela controlada pela censura do regime, que dissecava, períodos e páginas, procurando, fosse o que fosse, mesmo que esse fosse, fosse
a "agulha no palheiro".
É esse o grande mérito de Soares. Dar voz aos muitos que morreram e que porventura não alcançaram essa sorte ou esse consolo. E esse consolo e essa sorte, tem um nome: L I B E R D A D E e ter ou possuir a alegria de a ter perto e usufruir dela, de forma positiva e respeitosa.
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