sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Mata, mata, mata!

O Tempo foi fugindo, passando, perpassando, foi mesmo ultrapassando, tudo e todos, até a si próprio. As telecomunicações, foram-lhe puxando as rédeas, às vezes as orelhas, foram-lhe "adoçando o bico"; foram-lhe dando, o de que ele não tinha conhecimento, pelo que estava fazendo, em toda a parte, em qualquer parte, em qualquer hora e em qualquer lugar. A mensagem, transmitida à letra e à palavra, por um aparelho frugal aparelho que lhe chamavam "chave Morse", passamos, à imagem, à fotografia, ao video, tudo isso com requintes de malvadez, a um "dejas vue", que não impressiona, nem ajuda ninguém, que se quedou por isso mesmo, como se nada mais houvesse para descobrir ou adicionar. E eis que um malfadado e pequeno virus, o cod19, insignificante, surge e quase imoral, vai matando por este espaço a que deram nome Terra, vai matando, velhos, idosos, novos, e até jovens e crianças. E aparecem os descobridores das Americas, em busca de vacinas, de dinheiro, de fama, mas o Tempo, o tal que tudo faz e tudo desfaz, vai-se rindo a bandeiras despregadas: nada. E vem aí uma segunda vaga, dizem os sábios.... Mata, mata, mata, diria um treinador de futebol em fim de época ou de Liga. Mas a única realidade: é que ainda não há vacinas. E o Tal virus, mata, mata, mata...

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