Precisamente fazem hoje 84 anos e umas horas ( dia 26 de
Agosto de 2018, e um domingo, tal e como hoje) nascia no número 5 da rua
da Praia dos Santos, freguesia de São Roque, Ponta Delgada, um individuo
do sexo masculino, a quem deram o nome de Humberto Victor, provavelmente em
memória de um "malogrado" rei Italiano, pertencente à casa de Saboia, em
evidencia no tempo (1934), na insípida comunicação social.
Era uma criança irrequieta, que tinha a particularidade de ter "vindo
substituir" um irmão mais velho que morrera um ano antes, de nome Armando,
criança linda ao que se dizia, enquanto ao que também se dizia, o que o viera
substituir não ser assim, tão bem dotado, pelo menos
fisicamente.
E o tal Humberto Victor, passou a ser sempre diferente aos olhos da mãe, e
sem se saber ao certo, se este "diferente" significava melhor ou
exatamente o contrário, e a dúvida ficou sem explicação à posteriori.
Sabia-se apenas pela sua voz ou sensibilidade de mãe, que era diferente dos
irmãos e até dos da sua idade.
Uma história sem muito interesse e até muita graça, não fosse a
criança, que nascera franzina, uma referência mais tarde, de energia, em
tudo o que exigisse perseverança, sacrifício já que o seu treino favorito
era carrejar calhaus para reconstruir as paredes do seu quintal, que
anteriormente fora uma estufa de ananases, e que as invernias açorianas e o
seu mar " flagelador, por vezes brutal ", derrubava todos os invernos, e
também, no campo atlético sobretudo, a evidencia em saltos e
em ginástica, o que se transtornara mais tarde, em homem
dedicado à luta nos jornais e na escrita, terminando em contador de
histórias, verdadeiro contador de histórias, na crónica, no
conto, na novela e no romance, sem nunca descuidar uma
propensão poética congénita muito enternecedora nos verdes anos.
CAPA DO LIVRO (ROMANCE), "SINAIS DE INFINITO" ED. 2011 HORTA FAIAL AÇORES
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