sexta-feira, 17 de agosto de 2018

QUANDO A LOUCURA ANDA POR PERTO

A Democracia que temos; a que não temos; a que desejamos e que desejávamos e que se calhar, nunca vamos ter?
Louvável, a viragem ocorrida com o  25 de Abril de 1974.
Alguns dos ideólogos e protagonistas, são do meu tempo da chamada  "tropa". Tinham a ideia, (aquela  que eu tinha também  na altura), de que a democracia era a solução "para  tudo", quer em termos políticos, quer em termos sociais, quer como forma de vivência da própria comunidade humana. Por mim continuo pensando que tinham, que tínhamos razão. Só que a realidade não é bem assim, nem a mesmo coisa. A aspiração máxima em democracia, é alcançar a Liberdade, a liberdade de expressão, de opinião,  nas suas mais escorreitas e elementares formas. E isto se calhar foi conseguido. Só que os "escolhos" foram surgindo  e  são imensos, dada a complexidade do ser humano, e essa liberdade, tão ciosamente e até penosamente conquistada, está a ser "infiltrada", por loucuras e excessos de confiança e de toda a ordem.
E é verificar o que se passa.
A loucura  tomou a frente e a vanguarda, com dirigentes "democraticamente eleitos" e loucamente agarrados ao poder, porque foram eleitos por formas consideradas democráticas. E então surgiu o "vale tudo", à sombra do voto e do sufrágio directo e universal.
 O  país actualmente mais poderoso da Terra, por exemplo,  tem à sua frente a comandá-lo, alguém que perfila este tipo de "pensamento democrático".
E algumas instituições credíveis, da comunidade humana, vão-lhe seguindo o exemplo. Até a própria justiça, não sabe, ou não quer ser justiça ou no mínimo, ser justa. Tem indecisões. Tratamentos dúbios; demoras excessivas; vazios na sua actuação.
Estamos a trilhar um período "único" na história do mundo: um período de desconfiança: nas pessoas, nas instituições. Na própria concepção, entre o  certo e o errado; entre o bem e o mal, perto, muito perto, do "salve-se quem puder".
Em muito menor dimensão e de muito menores efeitos globalmente "danosos" de "loucos à solta", temos o exemplo do ex ou actual (?),
Presidente do Sporting Clube de Portugal. Estoirou o clube, fazendo crer, que "por amor",  o vale tudo justifica-se, até que seja destruir o que levou mais de cem anos,  a construir...
Fico com a impressão de que trilhamos ou iniciamos,  uma era, que se encaminha ou caminha,  para uma  espécie de princípio de fim,  a nível global, que transbordou para o regional e local. Perderam-se conceitos, referências, exemplos. E isto gerou e gera o desinteresse, a alienação, o "aproveita" que amanhã já não estou cá. É a vida ao milímetro, o principio do soluço, ou o findar do sonho, sem o iniciar.
E que para endireitar tudo "isto", quanto a mim, (tenho para mim, como dizia o meu saudoso amigo Júlio da Rosa) é preciso recuperar duas coisas muito simples: a seriedade e o respeito, que desapareceu ou desapareceram dos horizontes desta obra "magnificente", que se chama vida.
Cultura e Fé, podem ser achegas ou alternativas, nunca perdendo de vista a Morte, algo que deve ser combatido, investigado sempre , até...que ela se extinga ou diminua, e isto  até às últimas "consequências".





PS- Aconselho a leitura do meu derradeiro "livreco" "Sinais de Infinito" que anda pelas  500 paginas motivar" alguém a lê-lo, para seu e nosso bem. Não foi tarefa fácil, quase sete anos.
É  que o "dito cujo" pode motivar-te a encarares a vida de outra forma, se calhar ainda pouco ou mal conseguida.
Recordo que a leitura é um forma de combater a loucura, recorrendo à própria, que galopa neste pequenito astro  a velocidades supersónicas e estonteantes, e a que deram nome Terra e que vai desde o espaço sideral , aos campos de futebol, aos parlamentos dos países ditos mais  evoluídos, e recordo-te que é na morte que tudo acaba e que tudo pode recomeçar, principalmente no vivido e no sentido no teu próprio trajeto de VIDA.

1 comentário:

  1. Esqueci-me de dizer o titulo do livro, se calhar nem é relevante, porque sei que não irás tirar uma folga aos teus preciosos tempos livres para o ler. O nome é "Sinais de Infinito - Realidades e Mitos do Nosso Tempo"

    ResponderEliminar