domingo, 15 de janeiro de 2012

CADA VEZ MENOS E PIOR ESTADO

Quando eu era pequeno, e já vão uns anos, dizia-se à boca cheia: "Quem manda?" E a súcia repetia submissa: Salazar! Salazar era tudo. E Portugal era governado por uma "Troica" feita muito à portuguesa, onde quem mandava era um chanceler-, de nome Salazar-, um aldeão que geria um pobre país, de dez milhões de habitantes, cinco dos quais analfabetos... Ainda assim, que não venha a pior...É que, pelo andar do "carroussel", se calhar vai vir...
Hoje no auge daquilo que pomposamente apelidámos de Democracia, coisas há que continuam espantando e preocupando. Não queremos, nem podemos, dirrimir o "valor acrescentado" que trouxe a Portugal a Revolução de Abril, mas francamente...Estou a sentir-me incomodado com tanta tolice e até de pertencer à raça lusitana, se calhar, mesmo à humana.
Isto vem a propósito do título desta reduzida nota.
Naquele tempo, com todas as incongruências, demasiadamente badaladas e conhecidas, e altamente reprováveis, havia coisas que se poderiam ter eviitado e se perderam, desde o respeito, que imposto ou não, existia. O mesmo se poderá dizer à segurança, e à responsabilidade. A paz podia até ser podre, mas havia. E havia algo que hoje não há: havia Estado. O Estado, tal como a ortografia, está irreconhecível: falido. Foi tomado de assalto por gente que tem ganância, mas que não tem, nem experiência, nem noção do que é ser ou pertencer ao Estado.
E ao quererem emagracer aquilo que engordaram e criaram durante anos, e continuam, engordando para agradar às clientelas; ao desprestigiarem o que suporta o próprio Estado- , a Função Pública-, deram-lhe a machadada. Há uns anos a esta parte, que se assiste ao assédio à máquina do Estado e à sua gente. É a gente da política, que virou carreirista, e "tomou de assalto", ou anda de salto, de um lado para o outro, entrando, não por baixo, mas por cima, bem por cima, por vezes sem respeito por quem por lá anda aguentando, Deus sabe como... Vêm de empresas, de bancos, de tudo o que cheire ou tenha uma pitada de política partidária...
Não! Isto não é emagrecer Estado! NÃo! Isto é estragar Estado!

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