Ao longo da "nossa tremida democracia", que não me cansei e não me canso de elogiar, ao longo de mais de quarente anos, surgiram algumas diatribes, mesmo incoerências), que me fizeram ir constatando, cada vez mais, que o país passou de "ingénuo", a politizado, altamente politizado. Hoje tudo ou quase tudo, tem a chancela e a interferência da política, umas vezes de forma mais mascarada, outras, nem tanto. Os sindicatos estão em todas as frentes e em todas as áreas e zonas: no ensino, na saude, não escapando mesmo, as forças de defesa e armadas, justiça e outras, que o comum cidadão, não entende. Até os taxistas se reclamam dos partidos com assento na Assembleia. Um louvar a Deus. Ninguém se interroga da justiça ou da legalidade desse poder e dessa acção reivindicativa, quase sempre de grupo e pessoal: é a democracia, dizem. E na democracia, vale "o tudo" ou "quase tudo". Ou seja: vivemos numa democracia onde, o "vale tudo" ou o "quase tudo" prevalece. E as leis não escasseiam ou faltam, para regular ou desregular tudo e o mais.
Durante mais de vinte anos como dirigente sindical que fui, sempre entendi e aprendi, que as reivindicações devem obedecer a critérios bem definidos de razoabilidade e independência, analisados à luz da própria globalidade. O que vemos, é que os mais "fortes" em termo sobretudo de número, vão impondo as suas vontades e leis, sempre pela mão dos "padrinhos" e do partido que os suporta
Até os "taxistas" e as chamadas "plataformas digitais", andam às "trelas", com a politica.
Onde ou em que está a razoabilidade de tudo isto?
O principio é sempre o mesmo, afinal pouco democrático: primeiro eu e os meus...só depois....os outros.
Não haverá formas de olhar para estas "coisas das reivindicações", com outros olhos: os da sensatez, do equilíbrio, e da justiça? E
também, porque não, da globalidade?
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