terça-feira, 16 de outubro de 2018

MELHOR EXPLICAÇÃO PARA A VIDA

Sou, como alguém sugeriu, um amigo congénito da vida, de toda ela: do seu sonho,  da sua felicidade, do seu percurso, dos seus propósitos; da sua grandeza, da sua missão, do seu fim.  Mas é no sonho e na dor, sobretudo na dor, que mais me revejo. No primeiro caso,   quando ela   se inicia e se manifesta. No segundo, quando  há sinais de que o fim  se aproxima. E é nesse fim, onde tudo se concentra e  condensa, onde tudo se inicia (?) e acaba, nesse pedaço de vida, que quase deixa de o ser, em que a história se confunde com  tempo, é nesse rebobinar de  factos, ideias, erros, verdades e dúvidas, que  fico pensando que a própria Natureza, intocada e intocável, vai, também ela,  gerando os seus próprios desafios e acumulando  alguns dos seus  mistérios e erros, e que a perfeição total afinal,  não existe. E que o inviável e o inexplicável, andam de mãos dadas, espreitando a vida através da sorte, do injustificável, por vezes inexplicável. E que, quer a filosofia, quer a ciência, vão tentando, através da palavra,  da experimentação e do Tempo (outra vez  o Tempo), tentando explicar, o que não tem explicação. Falo mais concretamente do fim e da Morte. Do fim da vida, não da sua finalidade, que também  deve merecer melhor explicação. A resposta de que assim sempre foi...e que assim sempre será,
não me satisfaz, nem me convence. Acho que a vida, toda ela, merece melhor destino ou pelo menos melhor explicação...Melhor, muito melhor...

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