segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A CULTURA ?

O Primeiro Ministro há uns dias indigitado, perdão,"indicado" segundo,  algumas más línguas deste rincão florido, à beira mar plantado, fez gala, na sua campanha eleitoral (e  bem), de eleger como paixão, a cultura, isto se alcançasse o poder, o que habilmente conseguiu, algo que partilho e subscrevo inteiramente.
Oxalá  não se distraia e se esqueça, como vem sendo hábito com outros "bons" governos e políticos da praça portuguesa.
É que um país, uma região, um arquipélago, uma comunidade, sem cultura,  não é mais do que  uma parreira  sêca, sem folhas e  sem uvas.
A cultura por parte da  maioria dos governos de direita (e os  de esquerda também alinham), tem sido deixada ao   sabor do vento e à gula dos mercados, crescendo, quanto mais esse substracto se adensa,  se desvia ou se  deriva para   as "bandas" da direita.
Falo na escrita, por exemplo - Quem ganha e quem perde? O "criador?  O  vendedor? O vendilhão?
Falo de uma cultura, que nos governos mais recentes, anda   mais na "mochila" do que na "pasta", já que Pasta de Ministério de  Culura, não  tenho dela conhecimento há uns bons e imemoráveis anos, sendo que, e mesmo assim, há e houve Ministérios e Ministros sem Pasta, e pior, Pastas sem Ministros, ao que parece,  porque não fizeram  ou não fazem lá falta.
 Quero com este"figurativo"dizer,  que a "Mochila" é  mais fácil de alijar do que a "Pasta".
Aqui pelos Açores, refiro-me  concretamente à ilha do Faial, uma ilha de uma região onde  nem damos pela intervenção do seu  Governo, o  Regional (se é que é),  nessa matéria.Tal como "o  ex-  lá de fora",  é todo virado para as questões "muito económicas e muito (ou pouco) financeiras".
Permitam-me  mais  um  ténue  desabafo.  Não sei como há ainda quem escreva e "diga coisas". Por vezes até penso, que estamos nos "antigamentos", tal o abandono a que vejo toda  essa "execranda" temática. Mas é a verdade. Não há quem divulgue, não há quem acarinhe, não há quem diga: é pá, há gente que quer fazer "qualquer coisa" pela cultura, isto claro está, a não ser , que  o (dito  ou ditos ) se abeirem ou comam  à mesa  do "santuário" , uma "inofensiva prostituiçãozinha", que não faz o meu jeito e que me desagrada de baixo a cima e profundamente.
Pobre gente, toda ela-.
Afinal e melhor pensando, falta-lhes apenas um pequeno"apêndice" que é a      cultura...embora se sirvam dela quando melhor  convém...
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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

SALPICOS EM MARÉ CHEIA

 Salpicos que nos levam a  fugir ao remanso da lágea  tépida por onde  nos  instalámos,  olhando o mar, que cioso da   missão que lhe foi confiada,  vai lambendo as   "margens"  salinas  da  memória,  num olhar nostálgico   de saudade, ao que   éramos,  ao que fomos, ao que somos ou ao que queremos realmente  ser,   por vezes tempos nostálgicos,  em que   a vida era claramente outra, mas  era a vida que  tínhamos e a  que existia no tempo.
É que  a vida afinal é mesmo assim,   toda ela feita e arquitetada para ser vivida,  recriada e recordada,    porque  recordar    é, e será sempre, viver para reviver:


 Princípio da década de 60 do século passado

A Horta, mal  acordara  de um  truculanto e longo  sonho de Inverno, vindo  de uma enorme e demorada crise sísmica, que se iniciara pouco mais de dois anos antes, mais concretamente no ano de 1957 e que deixara marcas no sarro da amargura, com  que as catástrrofes costumam inadvertidamente   brindar os seus  "locatários".
O   "Terra Alta",  um "barquelho" semi-cabinado, parcela   heróica  de infindáveis e imemoráveis  sagas marítimas, que conjuntamente com o "Ribeirense" e o "Santo Amaro", constituiam os chamados "Barcos do Pico", não se cansava de "acarrear", gente que perdera  tudo ou quase, menos talvez o sonho e a esperança,- os sinistrados- , a caminho das terras do sonho e da utopia, -  do Tio Sam, das Américas, da  terra ´"das dolares".
Tempo que deu para   tudo, porque a felicidade parecia mais  forte do que a lágrima: Iam para  terras, em que até os sacos de roupa,  cheiravam...
Abençoada fé. Abençoada gente.
Foi a primeira imagem com  que me brindou o Faial.
Eles foram e foram muito bem, embora com a alma esfrangalhada e a saudade no dorso.
Os que ficaram, foram-se "ajustando". E o ajustar, significava, não haver carpinteiros, pedreiros,
artifices de toda a ordem..
Terra mártir o Faial. Fábrica de emigrantes, de gente "escorraçada" por aquilo que ama e sempre amou.
Agora assiste-se a uma espécie de centralização, em uma ou duas ilhas, uma política inexplicável e inexplicada.
Vale a pena tentar perceber esta experiência autonómica.
Se vale ou valeu a pena.
A verdade, é que a vida continua. O resto ficará para a história...






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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

RÉPLICA DE UM "GRISALHO"

Não faz muito tempo, que um "garoto", movendo-se por um sensacionalismo doentio, terá dito que os "grisalhos" estariam "a mais" ou "fora de tempo". Esse garoto, reflecte, a mentalidade de uma certa  juventude ( felizmente muito pouca), que ora vai grassando, por este mundo cão,  de Deus e do Diabo.
Apetece-me dizer:-lhe: os grisalhos, (aqueles que por cá ainda se arrastam) meu sac..., foram aqueles que te ofereceram  este mundo que  tens e onde de reclinas, que te deram  as valências que possues,  quer profissionais, quer  universitárias, com o seu trabalho, com os seus sacrificios, com os seus impostos,   com o seu  dinheiro,  muito suado e  "mal amado". Esses grisalhos, foram os teus pais, avós, alguns que passaram aquilo que nunca conheces-te e oxalá que nunca  venhas a conhecer. Que te aliviaram de todas as agruras, canseiras, que por vezes de tudo se despojaram,  para não teres de passar por aquilo que eles passaram.
Quando, como agora vejo, essa garotada desrespeitando tudo,  com sede e arrogância de poder, só lhes desejo que tivessem tido um Salazar, para lhes adoçar o bico, que e melhor pensando, era  mais sensato que muitos deles que andam  por aí.
Esta palhaçada a que agora estamos a assistir, é bem elucidativa do que digo. Afinal  o país agora é que está mesmo  de tanga,emboradigam que oscofres estão cheio, só sede me.... Tudo foi  privatizado, vendido em leilão, numa sede de dinheiro que nunca se viu e que assusta.
É caso para dizer: moderação e sensatez precisam-se. E acrescentar: aquilo que se designa por esquerda e por  direita, faz-nos reflectir. Mas esta rapaziada, sobretudo aquela que anda bem pela   direita, uma nova direita que  assusta,  e usa de um revanchismo que náo senti  a Salazar, o que pretende?.
Alguns são mesmo "potenciais" salazarinhos e salazarentos, sem nunca o terem conhecido como eu, que apanhei todo o seu consulado, pelo menos desde 1934.
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Valha-nos Deus. Ao que isto chegou...

sábado, 17 de outubro de 2015

Um par de botas Ou as botas ao contrário?

Não deixa de suscitar alguma  reflexão e apreensão, o que ultimamente tem surgido, um "tanto à revelia" das cabeças mais pensantes,  conservadoras ou "coroadas" deste país", que se materializa,  num hipotético acordo da esquerda
Esta última experiência de coligação de direita, em minha opinião, foi desastrosa, muito embora tenha defensores e candidatos a uma política idêntica. E a conclusão é: que
o país está dividido e que a direita (mais ou menos democrática), continua com alguma (direi mesmo), muita pujança.
Uma direita feita e urdida sobretudo por jovens, de que Oliveira Salazar não teria muitas razões para se  envergonhar. E aí, tenho de dizer, que o António, e em determinados aspectos, tinha uma visão mais equilibrada e menos "derrotista", à falta de melhor termo, do que as políticas que ora vejo implementadas, começando pela estabilidade no emprego, honrando a função pública e o Estado, não vendendo ou cedendo ao estrangeiro, estruturas económicas, ao desbarato.
Mas, o "despeciendo" e  intrigante, é que,  ao fim de quarenta anos Democracia, não se conceba que possa haver um governo de, ou mais à esquerda.
E não se trata de gostar ou não, mas da sua exequibilidade.
Admira-me  até  que se pense em catástrofe se acaso isto acontecer. Dá para rir, quando saído da boca, de gente que se diz ser democrática.
Ora isto é no mínimo ridículo.
Ou se aceita as regras da democracia ou deixa-se a democracia "espraiecer" e regressa-se a novas fórmulas, quiçá desejadas por alguns abencerragens da coisa política...esta traduzida em benesses próprias, para si e para os mais próximos....
Mas o que se vê na verdade,  é sede de poder e muita  ganância política.
Este governo que por lá  andou, cometeu muitas gafes, direi até que o país lhe deve a História ao contrário, tantas e tão boas  idealizou.
Por mim, como rabiscador avulso há cerca de seis décadas, e tal como no futebol, que ganhe o melhor, não vou dizer para  Portugal  ou para o  "Portugal à Frente", mas para o povo, e para as pessoas,
mais concretamente. Ideal seria, a integração de uma maioria estável na Assembléia, representativa do voto popular, mais alargada quanto possível.  Mas se não houver, que siga o funeral. O Zé já se habituou a tanta arbitrariedade...democrática...

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O DESCALÇAR DA BOTA

Uma situação "bizarra", esta que nos lega o resultado destas eleições. Poderia dizer-se "caricata", o que não  é, porque em Democracia é assim mesmo: pode eventualmente haver uma maioria de direita (esta coligação  que governou os últimos quatro anos assim o foi) e poderá surgir também  uma de esquerda e/ou outras alternativas em que haja acordos ou consensos. Nada mais natural em Democracia. Afinal, nem a Democracia,  nem a governação, são  "património"   de quem quer que seja.
Não se entende os "medos" surgidos  agora,  quando afinal, nunca tivemos "tantos sobressaltos" nestes últimos quatro  anos.
Agora que há por parte do Presidente da República  uma bota  para  descalçar, disso ninguém tem dúvida.
É esperar para ver.
E muito pior do que tem acontecido, não é suposto acontecetr, mas vamos aguardar para ver...

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terça-feira, 29 de setembro de 2015

A Política e a Cultura

Intoxicados?  Não! Desiludidos...
Esta campanha eleitoral (2015), faz-nos  rir, sorrir,  às vezes    a "bandeiras despregadas" e  (pasme-se) - iludir-se e iludir-nos.
Ora vejam por exemplo, um interessante e sugestivo "slogan" de campanha: " Portugal à Frente".
 Se ainda tivessem colocado em seu lugar um  "slogan" como (Privatizações à Frente",  "Falácias e Mentiras à Frente" ou " Abaixo Estado  e Empresas à Frente", até se acharia  alguma  graça, já que de graças estamos falando. Assim não!  Tal como uma truculenta personagem,  (o Quental), quiçá controversa (e um pouco ao sabor do autor), de um livro de um "conhecido" nosso, de nome  "SISMO NA MADRUGADA", que a páginas tantas, vocifera indignado com uns velhos anigos empregados de um café lisboeta de outros tempos, o Palladium:
-(...): Parem-me com essa porr...de me chamarem Dr... Não se lembram  daquele miserável que  pedia "beatas"  a vocês?
Mas Democracia é democracia, vale o que vale, pesa o que pesa, tem as benesses e os defeitos que tem..
E  por falar de livros e em livros, para amenizar um pouco, e desintoxicar, esta  festa das eleições, falaremos deles ( dos livros), já que também a cultura está agora no centro  de um dos partidos, sem ser o do "Portugal à Frente", "Portugal Atrás" ou o "Portugal dos Pequeninos e Pobrezinhos".
Falar de cultura e fazer cultura ( são coisas diferentes), mas ganhar com a cultura, viver dela, ou morrer à fome por ela,  ainda mais.
Refiro-me  concretamente, a quem escreve  por estes lados,  Faial- Açores, , uma ilha afinal "periférica". Falar  sua existência, sobrevivência,  continuidade,  necessidade (será que ela, necessidade, existe?).
Toda a minha vida escrevi, bem ou mal, mas tenho-o feito. Se tivesse de viver à sua custa, morreria certamente de fome na primeira semana, provavelmente do jejum, talvez assim (sabe-se lá) ganhasse o céu...ou algo mais aquecido.
E já o faço  há cerca de sessenta anos... e estou vivinho da Silva. Estarei mesmo?
Então quem ganha? Quem vai ganhando e quem vai perdendo com essa  burrice, que afinal não é só minha:  se calhar até de muitos.
Penso que seguramente,  muita pouca gente, mas quem menos ganha ou mesmo  quem nada ganha, é quem escreve,  o chamado criador, sem ser óbviamente  com letra  maíuscula.
A par dos calotes, dos esquecimentos, dos enganos (deliberados ou não) e de mil e um subterfúgios, desde editoras a livreiros, livraias  e quejandos, o negócio do livro é um mau negócio para a maioria dos rabiscadores e se foram oriundos destas ilhotas,  a dose redobra.
Já dizia o Norberto Ávila, digno açoriano, cultivador de letras e afectos, ao lhe perguntarem porque se havia fixado lá fora, em Lisboa, respondeu  pronta e serenamente:"Muito naturalmente, para poder  ter alguma  visibilidade".  E se não fosse essa a  razão,- continuou -  nem a Natália Correia, nem o próprio Antero de Quental teriam tido essa visibilidade, algo que eu subscrevo muito  natural e cabalmente.
Quer isto dizer, que   ir  apregoando cultura, deixando-a ao "sabor" do lucro e dos negócios,  das empresas e do comércio em geral, é "chão  que deu uva ou que nunca irá dar "
Por mim, sem me querer alongar, julgo só haver uma solução, que não dá para a ser minima  ou seja,  se o autor não quiser prostituir-se e mendigar uns "favores ou uns tostõesitos", é seguir as pisadas do Miguel Torga, um senhor em todas as vertentes, (até no seu nariz ao que parece), que sempre se regeu por edições de autor, tal como o humilde rabiscador "destas malfadadas linhas" que,. nunca confiou  em editores. Tal como eu, em tempos diferentes, ele lá sabia as linhas com que se cozia...e tinha as suas  razões.
O problema é que, essa situação, para além de ter de se cingir ao estatuto de  trabalhar por amor á causa, que é pagar e não receber", e pagar  ao fim de  anos de suor, significa não ir muito para  além dos parâmetros  " da rua principal ou da rua da igreja da "aldeia" em que vivemos"...Isto é entregue às empresas do ramo,um moisto de cultura vs negócio, o que combina mal, muito mal.
A carolice tem destas bizarrias. O que mais me impressiona é
que  não haja quem veja essa incongruência, mesmo em tempo de eleições e falando galhardamente  de
cultura... Cultura afinal, para quem e para quê?


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sábado, 19 de setembro de 2015

O QUE FAZ CORRER OS " MANELZINHOS"


Mais, e cada vez mais, me impressiona, a forma cínica, hipócrita, até cruel,  como o ser humano vai gerindo a sua caminhada neste iniciar de século e de milénio, neste mundo que dizem ser de Deus. E nada escapa à fúria e  loucura desse ser feito à sua  semelhança (dizem) - o homem...As próprias religiões, criaram um Deus ex-machina, mau, vingativo, destruidor, sempre com alguém pronto a mandar pelos ares, crianças, jovens e velhos, em nome de uma purificação religiosa sem limites.
É a loucura instalada, o "non sense", a "limpeza" dos que  não perfilam os nossos (deles) ideais.
E mesmo nas ditas democracias que advogam o poder do povo,  as arbitrariedades vão-se acumulando, multiplicando e são enormes.
Na própria trivialidade, o ser humano mostra a magia dos seus dentes. E os dentes, são, não raras vezes, as pilastras do seu "sucesso".
Mesmo nos regimes ditos moderados, onde o voto é permitido, os consensos são entendidos,  a dignidade levada menos a sério, os "delizos", as "bocas" e as mentiras, fazem parte do quotidinao e da vida activa da  política.E o lema é:
Abaixo a seriedade. Vamos tentar enganar, para conseguir.
É a isto que assistimos.
Tu é que "desgraças-te" o país.Não!  Foste tu, meu malandreco!
Não se lembram é de quem é que ficou ou fica "desgraçado". E porque é que ficou, como  e quando.
Empurram uns para os outros as culpas de algo que nem se sabe muito bem como, onde e quando começou.O saber, sabe-se, não convém é espiolhar muito, porque se calhar as culpas têm de ser muito repartidas e vêm de longe de gente bem instalada. Enquanto que para uns, o remédio é cortar, cortar, cortar (afinal, o mais fácil, um truque que  um merceeiro de bairro  faz tão bem como uma ou um primeiro ministro). Para outros, dar, só dar de todo o coração.
Por detrás de tudo isso, não haverá um pacote recheado de  mentiras, alguma hipocrisia, e muita incensibilidade?
De qualquer forma, nem é preciso  abrir os olhos para escolher. Por mim, prefiro o primeiro, que promete  dar, só dar de todo o coração, ao cortar, cortar, sem coração e se forem reformados e pensionstas, maior a gula e maior a faca...

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quarta-feira, 15 de julho de 2015

EXPATRIADO OU REPATRIADO EM CASA PRÓPRIA

Velho amigo, que Deus já lá tem, jornalista atento e de  primeira água, que dirigiu o jornal "O Telégrafo" durante vários  anos, numa altura difícil, para um jornal centenário, com história e com   passado, sempre que na redação eu entrava de escrito na mão,   mais ou menos indignado, ele  me dizia com um ar da sua  graça, "gentleman" que era:"homem, não se amofine. Lembre-se de que está na "terra da coisa rara".
E é verdade.O Faial é, e continua  "A terra da coisa rara".
Não irei enumarar todas as "raridades" acontecidas nos últimos    anos.porque seria um nunca mais acabar. Direi apenas, uma ou duas ocorrências mais recentes, para ilustrar o "epitáfio" em causa.
Não faz muito, que um cachorro foi abatido à pistolada pela PSP , ali junto ao Hospital da Horta,e para ali se ficou à espera de uma mão, digo, de uma pá caridosa e amiga, já que a Câmara e com alguma  razão,disse não, e  nada ter  a ver com o caso.E ficou a bicheza para ali sanguinolenta, muitas horas a destilar ao sol.Isto foi feito, por via de uma denúncia, ao que parece telefónica, porque o animal latia, ladrava como se diz em gíria, e  no  entendimento do denunciante, mais do que o razoável.
Outra, da "terra da coisa rara", é o facto de haver presentemente um repatriado,ou expatriado,como queiram, em casa própria, caso inédito, ao que eu saiba.
Trata.se de um garoto, de 16 ou 17 anos,  rapazola ainda,que devido às suas  peripécias, foi banido de uma  freguesia periférica, melhor, foi repatriado,  melhor, expatriado para a área da cidade.
Dava problemas e pronto:, probiu-se categoricamente a   estada de tal persona, ao que parece, non grata e despejou-se em  casa do vizinho, para quiçá continuar as gracinhas, gracinhas que podem eventualmente avolumarem-se com a idade, o traquejo ou até a necessidade e tornarem-se então  graçonas.
Mas o pior, mais  lamentável e até preocupante, é que o rapaz tem problemas, se calhar   fome, e o que se vê como solução e aquilo que  ressalta   à vista, foi a via do facilistismo:  ou seja, sacudir a água do capote, escorraçando-se o mal para longe.
É assim? Onde  enquadraram uma situação destas os iluminados em causa? Não haja dúvida. O meu velho e nobre amig, tinha mesmo razão: estamos realmente na terra da
coisa rara, perdão, das pessoas raras...
Mas descasem, como estas e piores, há delas  às carradas...






sábado, 27 de junho de 2015

UM PONTO FRACO DA ZONA EURO, OU A SUA FRAQUEZA TOTAL

O caso da Grécia (o mais grave)  de um lote emergente   de outros países, incluindo Irlanda e Portugal, não se adivinhava quando, mas que tarde ou cedo iria acontecer o aviso do colapso, não suscitava dúvidas a ninguém, só mesmo aos "idealistas" que por uma ou outra razão, mais ou menos altruista, idealista ou económica, sonharam com a chamada Comunidade Europeia. Estamos a falar de  Países muito diferentes, economias muito diferentes, culturas muito diferentes. Um sonho que parecia BOM à partida, mas só sonho e pouco mais. Ao falar-se de uma Alemanha e mesmo de uma França, com tudo o que têm de bom, e também de menos bom, não poderemos esperar dádivas a tempo inteiro, nem de instituições de caridade e bem fazer a bem da humanidade. É que por trás de tudo isso, estão os investidores, homens abençoados, mas que, quando se fala em dinheiro, os sonhos tornam-se pesadelos, para quem deles necessita. E os negócios estão muito acima dos altruismos.
Por mim, embora gostando e até subscrevendo a ideia de Europa Unida,  sempre fui céptico em relação ao seu êxito.
 Fui e continuo. E o caso grego, para mim, é essa confirmação, de que afinal, foi mais um logro do que um sonho.
  

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Mais um 10 DE JUNHO

Mais um "10 de Junho". Um dia que já celebrou "o chamado  dia  da raça", que honra o grande bardo Camões, que  "virou"  da diáspora e das comunidades, mas um dia essencialmente dedicado às   medalhas e aos medalhões, à nafatlina e até de certo modo,  à palhaçada.
Camões...Coitado! Quão semelhante é teu fado "igual" ao meu...Mesmo dito ou escrito de forma assim bizarra, irónica ou despudorada,  não deixa lá  de ter alguma verdade e suscitar alguma reflexão.
Diz-se que, e tal como de Bocage,   que viveu  da "caridade", que terá até passado alguma "fomeca".
Morreu a orgulhar-se da grandiosidade do seu povo. Dos seus  heróis do mar; do nobre povo, da sua  nação valente...
Das armas e dos barões assinalados, que passaram para  além da Taprobana, deste ex-condado beirão, antecipando  o sonho do Vieira, o tal "Quinto Império", que não teve  nunca  pés para andar.
O orgulho, tal  como a  água benta, cada qual toma a que quer e não faz, nem nunca fez, mal a ninguém.
Agora que o povo é nobre, se calhar até é, embora seja necessário especificar melhor, que e qual, mesmo qiue esse povo não tenha "cheta", para viver decentemente. Só orgulho e medalhas é pouco...
Só que estas coisas, trazem dividendos, políticos, já se vê.
E a política é a arte da "palhaçada", não direi que é da mentira, por encarnar uma redundãncia, mais forte ou mais cruel.
Fico-me por aqui a pensar no Camões, nos Barões deste país e no Povo que tanta nobreza demonstra em aceitar ou tolerar tanta e tanta asneira que se vai fazendo. Mas vão-se distribuindo umas coleirinhas e umas medalhinhas, com bons nomes e bons propósitos e pronto.
Antigamente dizia-se em fim desta festa :"Viva Salazar". Felizmente que tudo  isto se alterou e bem. Só que ainda há quem dele se lembre...e até tenha vontade de o copiar... na íntegra.

terça-feira, 21 de abril de 2015

PARA INGLÊS VER E PORTUGA SOFRER

Cada vez mais, me preocupa a forma displicente, como vem sendo governado este país e esta região. Gente nova, sem muito  brilho, sem  experiência, sedenta de protagonismo e com ânsia de carreirismo, vem nos brindando com as mais exóticas diatribes e as mais incríveis cambalhotas, de que há memória. E a comunicação social, vai dando a sua "ajudazinha", em nome da pseudo liberdade, da democracia, da transparência, dos direitos humanos e de   antena e de mil e uma graças, que já ninguém pode e  quer ouvir. E tudo anda baralhado,  falhado,  a cinco velocidades, mas  para trás. E surgem os falantes  fatalistas, os arautos da desgraça, os opinadores do desassombro, e do desassossego, tentando  "salvar"   a honra ao convento: temos de pagar; pagar até ao último tosto,  áqueles cândidos,   beneméritos  investidores, que nos emprestaram dinheiros a preços "tão irrisórios",  (que o digam as   famosas agências de notação, as chamadas  rating),  e os  comentadores de meia tigela, políticos, já se vê,  a puxar sempre pelos galões ou  a brasa à sua  sardinha (deles).
Por aqui, por estas ilhas de bruma, há  visivelmnte umas muito  mais  envolvidas  (na bruma) do que outras.
E o Faial é uma dessas, que ficou envolvida   e cada vez mais nela se atola, fazendo jus a esta democracia, a esta autonomia, a esta região, que nunca a logrou  ser. Vão-lhe retirando palmo a palmo o que levou tantos anos a conseguir, conquistar,   preservar. Não vou enumerar, porque seria fastidioso e um nunca mais acabar, que puxem pela cabeça (ou pelas orelhas), os visados ou  culpados. Depois  tudo se há-de resolver: "dá-se-lhes um rebuçado e pronto". E os correligionários dizem em uníssono: AMEN! Assim seja! Só falta dizer mesmo  : OBRIGADO EXCELÊNCIAS? POR QUEM SÓIS? Dá até para  perguntar: quem anda tramando o FAIAL?
Pobre gente. Pobre terra. Pobre ilha. Mártir e mal compreendida. Que lhe digam os vulcões e os sismos que até servem de chamariz turistico, quando, na  minha humilde opinião, nem precisa,  tem beleza  de sobra, já que é uma das ilhas e cidades mais belas,  priviligiadas e bafejadas pela Natureza. . Mas lá vem a  história,  o velhoditado ou o tal aforism /eufemismo: cada país, ou melhor, cada povo,   (e logo cada região),  tem o governo que merece.
Por mim acho até que tudo isto está a ficar  detestável e porque não, vergonhoso. É retirar a pouco e pouco,  o pouco  que por  cá havia ( a Escola do Magistério, a Rádio Naval,  o Banco de Portugal,  a BIDC1,  Secretarias Regionais e suas dependências, valências hospitalares, até a rota  da  famigerada TAP)  e ir colocando à sucapa ou  à vista  bem desarmada, ali por  S Miguel e um pouquinho pela  Terceira. Afinal, isto nem é novidade. Século XIX: um senhor deputado eleito  ali pela vizinha ilha, entendia que a Horta não merecia ter (ou ser),  Distrito. Angra acumulava as funções e bastava,  com o peso das  que lhe ficavam na ilharga, claro,  e ficava tudo bem resolvido
Este bairrismo bacoco  e esta falta de vergonha, vindo quiçá dos antigamentos, continua na ordem do dia e na mesa dos nosso politicos .E há outra faceta desabrida, dos próprios autóctones desta terra. Os que talvez possam ou puderam fazer qualquer coisa, nunca se mexeram,  para não agitar as águas e fazer   ondas. Faltou-lhes aquilo que se chama na giria de, (eles) no sitio, o que se traduz no minimo,  em desassombro. Tinham e têm medo do corte...tal como nós outros nas pensões
Agora, nem me  venham cá   falar de Autonomia, de Região,  de Democracia ou de palavrões bonitos cheirando a Liberdade e igualdade. Tudo isto é um logro, tal comoo de CEE,  UE e outras siglas impingidas. Afinal tudo para inglês ver, embora  "inglês não entre nesses esquemas e "escrever" sempre,  o "Eu" (I), com letra GRANDE...
Afinal e melhor pensando, nada disto existe (democracia, autonomia, região), direi até  que  é algo entre o sono e o sonho, mera  fantasia para alimentar   archotes políticos, que dão emprego a alguns ( quiçá até menos brilhantes). mas sobejamente    compensados por aquilo que na giria  se convencionou  chamar,   de ambição.
 Caso é  para meditar e dizer  entre dentes ou  à boca cheia: Bendita  terra que tais filhos teve ....

O QUE É O TEMPO?

É o maior desafio à Vida.
Porque o Tempo é a sua origem, o seu fim,  a sua finalidade, enquanto seu passatempo, seu joguete, seu entretenimento.
Vencê-lo não é  possívelainda, talvez até que um dia...
Contrariá-lo, é penoso, difícil, árduo,  apenas conseguido através da palavra.

terça-feira, 7 de abril de 2015

O RETORNO DES(COMPTBILIZADO) NÃO DESCULPABILIZADO

Afinal, e melhor pensando, os cortes do governo Passos Coelho & Cª, principalmente os dirigidos aos "seniores" da famigerada função pública, são lucrativos, actuais, factuais, interessantes, e, sobretudo, " muito exempleres", (mesmo que "arriscadamente inconstitucionais), já que, há mil e uma empresas,  a anteciparem-se-lhe-lhe no exemplo ou seja, o fabrico dos"seniores", à volta e à "saga", dos "dito cujos", andam girandolas de slot mahcines, prontas a trabalhar...Se melhor repararmos, é assombroso o que anda à volta dos velhos e da velhice, em termos de lhes caçar uns níqieis, níqueis não: Nota!Mas da grada.
Especializados e especializadas,  fabricantes e manufacturers, disto e daquilo,   uma arte emergente e nova  a premiar a  gerontocracia,  arte que alivia e desculpabiliza o Estado (mas ainda há isso?. é que ele está tão magro que nem por ele   se dá,só  alguns... quando é preciso um empregozito, quando de um empurrãozito para um amigalhaço, ou um saltinho para uma empresazita, a preceito) que se obtém pela via política.
Solução: aumentar a longevidade com os custos e riscos  que isso comporta.
Mas para evitar gastar tempo, já que, tempo, é ele também dinheiro,e o papel está a desaparecer (um benifício ecológico) isto de seniores, velhos, xéxés, caducos,coroas, só há uma solução, não vou falar da que se usava(ou usa? por cá, (a injeçãozinha), aos cães e gatos, mas ocontrário,ou seja, fazêlos durar mais, isto porque muitos afinal merecem, trabalharam tanto, padecram alguma coisa, para amealhar uns tostões, miseráveis poupanças, algumas que foram parar aos  BPP, BPN, BES,   comparsas e quejandos..
Mundo belo este em que viemos.
Pensando bem, Afinal não há cortes nem sequer,à raíz do pensamento. O que há, isto sim, é retorno des(comptabilizado) e o que interessa mesmo é dinheiro em caixa  e mais nada...


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

OLHAR A VIDA E VER O MUNDO

Tudo o que alguma vez sonhei  para a vida, (que  não vai curta, nem é assim tão desconhecida),  foi tentar acrescentar, (sem somar),  alguns pontos, à por vezes, insípida,  mal entendida e ténue passagem do "homo sapiens",  por este Ínfímo recanto do Universo, a quem chamaram Terra. 
E fi-lo de  coração aberto,  inicialmente sob o signo do "medo", depois com aquele humilde desassombro que caracteriza  quem não tem muito a perder e menos ainda a ganhar (refiro-me a dinheiros e aos seus mais diretos e aliciantes    apêndices); fi-lo em narrativas  nos  jornais,  em  crónicas,  contos, novelas,  livros,  até versos. E fi-lo com a firmeza e a   intenção de querer  um mundo melhor (utopia?),  não só para os humanos, mas para todos os  viventes,   todos ELES  fazendo parte desta    incomensurável panóplia,  que se chama     Vida.
E não me arrependo, mesmo  sem  ter conseguido mais do que Nada,  honrariras, prêmios, laudatórios,  subsidios,  elogios,  louvores,  até   compreensão, já que me quedei,  muito mais pelo criticar, do que pelo elogiar, e isto afinal,  porque penso que  o homem,  se converteu, no grande e maior desordeiro,  no maior desrespeitador,  quiçá  maior predador do Universo, perdendo mesmo  a obrigação de agradecer, a quem O deve.    Mais do que isso: zelar pela continuidade deste espaço que lhe foi tão carinhosamemtee   outorgado.
E tal como na minha humildérrima vida profissional, penso  ter dado o contributo que me foi tão magnânimamnte exigido, pelo simples facto de nascer (do qual  não fui tido, nem achado) e depois, do sacrifício e da delícia desta "coisa" que se chama   viver
Lutar, foi e continua sendo o meu lema e o meu mais direto objectivo, lutar   por um mundo melhor, com a única arma que esteve e  está (?),  ao meu alcance,  trivial, barata,  acessível a qualquer mortal -, a escrita-, lutar por um MUNDO MELHOR,  claro e obviamente, sem ser o de Haldous Huxley,  um mundo onde todos se possam  acomodar - todos- , sem olhar à cor, ao credo, à ganância, sem fanatismos, sem crueldade. 
Um mundo capaz de ir criando " céus" na Terra ou antecipando aquele  que nos é tão graciosa e gloriosamnte prometido, bem mais longe ou se calhar,  muito mais   perto do Infinito...



quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Que nos resta? Ou quem nos acode?

Que me perdoem  todos os viventes deste país, que venham a discordar do que aqui vou dizer, em jeito de balancete de 2014
Portugal, na minha opinião, com uma significativa  ajudazinha do actual governo, bateu no fundo.
Tudo, ou quase tudo, que com tantos anos de sacrificio, foi conseguido, foi por água abaixo.
As privatizações, foram o principio do fim. Embora algumas devessem ser feitas, mas o que foi feito, excedeu em muito o sensato e o razoável.
Criou-se um novo tipo de sociedade,   mercantilista, ultra-liberal, enganadora e traiçoeira, em que o dinheiro vale tudo e quem o não tem, vale POUCO ou nada.
A segurança desapareceu a começar pelo. O Estado para além de mau pagador, é mau empreendedor, e péssimo patrão, serve para desenrascar a má prestação da banca, resolve os falhanços dos banqueiro, de algumas mega-empresas, serve para  se lá  ir apanhar  boleia um saltinho para outros novos  voos, tudo com os dinheiros dos contribuientes.
As privatizações têm sido um desastre. Veja-se a Telecom. Quem nela investiu milhares, tem hoje centavos. Mas atenção: é preciso pagar aos investidores. Gente muito séria estes nossos políticos e esses nossos investidores é ve^-lor- Alguns até despareceram da circulação com honras de silêncio da comunicaçãpo social, tão exuberante em bocas e boquilhos.. Paga-se aos investidores estrangeiros, e deixam-se os de cá, os da casa, (os pequenos), de calças na mão.
Desapareceu o bom senso. O arranjismo e a mentira, campeiam por todo o lado, ao lado da arrogância, da incompetência, da falta de visão para o futuro.
Uma troika, mal preparada, arrogante, baseada em permissas erradas, vai mandando em alguns países de governos frouxos e lambe-botas, como é o nosso.
É caso para se perguntar se esta democracia tem futuro. Qual? Com quem?  Como?
Está já tudo na mão da estranja. Nem sequer os aeroportos, os  CTT e um nunca mais acabar de coisinhas que até davam lucro.
São chineses, americanos, alemães, brasileiros, que nos deitam a mão, fazendo jus à  sua (deles) benevolência.
Que nos resta? E quem nos acode?