Cada vez menos me orgulho do que fomos e do que somos.
Como obra, para além da língua e talvez dos descobrimentos, pouco mais nos resta para nos orgulharmos, a não ser um certo desenrascanso, aprendido e apreendido com a dificuldade e uma misceginação vindo do norte de África e de outras bandas remotas, que nos trouxeram um certo espírito fatalista e um modo saudosista de viver...O fado e outras quinquilharias vêm daí...
Há quem consiga pintar melhor essa história que apesar de tudo admiro, mas reconheço que não trouxe muito ao presente, nem à nossa mentalidade e forma de encarar a vida...
Patriotismo?! Talvez...
Mas os Açores têm a sua própria história recheada de muitas incongruências e continuam à margem de muita coisa...Por parte da mãe ou da madrasta...a mil e seiscentos quilómetros de distância.
Valerá a pena falar-se em ser português? Sim! Mas dos Açores...
Apenas, e que eu saiba, um homem da política deu por isso. E ele chama-se Sócrates.
Apesar de não ter concordado com tudo o que ele fez, presto-lhe aqui a minha sincera e pública homenagem.
Foi o único que viu os Açores como um arquipéllago com nove ilhas, e não com duas, como a Madeira. Que retirou aos politicos algumas das regalias que ninguém ousava mexer. E muitas outras coisas... Estou a lembrar-me de que apenas oito anos apens davam direito ao descanso, às vezes também eles de descanso...Medidas dessas não agradam a toda a gente...
Daí o ódio do leque partidário, desde a direita revanchista, a uma esquerda incoerente e inadequeda.
Mas o portuga é assim mesmo: incoerente. Agride e trata mal quem não deve e paparica quem não merece... E às vezes é até ingrato...
Bem haja quem ajudou a fazer tal justiça...
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