segunda-feira, 4 de março de 2013

Um êrro histórico

Uma, porventura das mais gravosas medidas saídas da já pretérita revolução de Abril, foi indiscutivelmente a amputação do então chamado Ensino Técnico Profissional. Isto porque, para além de acabar com algo que era credível, bem estruturado, e bem feito,(coisa rara no ensino em Portugal), não houve o mínimo pudor em o substituir capazmente, bastando para isso aproveirar a estrutura que existia, um enorme suporte pedagógico, na áerea da formação, da pedagogia, do trabalho e do emprego. Em nome, um tanto demagógico, da noção de Democracia e de igualdade, e de que os alunos do Ensino Técnico Profissional eram seres "empurrados" para um espécie de "gueto" educacional, um ensino de segunda, para pobretanas, sem prespectivas de continuidade, o que não é verdade, pois até o atual Presidente Cavaco Silva, foi aluno do Ensino Técnico Profissional por onde começou na área de contabilidade e gestão, e até chumbou um ano, e que, lá por isso, nunca deixou de ser um economista de relevo e um professor altamente respeitado, e de reconhecido mérito, aquém e além fronteiras. Não sabemos até que cargas de água e em nome de quê ou de quem, se tomou essa decisão. Hoje a quatro décadas distância essa é uma decisão, triste e sem história, e mais do que isso: uma decisão que dá para reflectir. Não faltam os doutores e os licenciados, que muito prezo, estimo e respeito, a geração, ao que se diz, mais bem formada e apetrechada dos últimos anos. Agora gente de manga arregaçada para trabalhar a sério e sabendo do seu ofício, estamos a falar de electricistas, mecânicos, serralheiros, carpinteiros, torneiros, etc etc., isto na área industrial. E de bons técnicos de contas, contabilistas, gente da aérea comercial, das empresas e dos serviços. Valha-nos Deus. Tanto falta de experiência dessa gente que nos tem governado e tanta incoerência anda mostrando.... E o pior: paga-se (nós pagamos) bem caro por isso... Não gostava de ver Mestres e Doutores de lixadeira em punho, lixando-se mas lixando mal...

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