Já, e por diversas vezes, abordei esta questão. A de que o Hospital da Horta, era, se não o melhor, um dos melhores Hospitais dos Açores, e até, no seu conjunto, do país, quer pela forma como os utentes são ali atendidos, quer pela capacidade técnica do seu pessoal. Apenas, e a isso também fiz refrência, faltavam-lhe algumas valências, como neurologia e outras, em que certas patologias merecem um acompanhamento mais atento ou permenente.
Agora, e esta não é a primeira tentativa, tenta-se de uma colhertada, sonegar algumas, valências em vez de suprir as que faltam, três de uma assentada, duas sobretudo, que eram exemplares: urologia e oncologia, embora sabendo-se que a última, era feita por um internista, que a executa de forma muito dedicada e brilhante.
Por diversas vezes consultei pessoalmente o serviço de urologia, um serviço com uma afluência por vezes desmedida, em que o seu mentor, um urologista credenciado, fundador do serviço de urologia, de um Hospital também ele credenciado, que faz parte da rede dos Hospitais Civis de Lisboa, o "Pulido Valente", por vezes, nem almoçava enquanto não se esgotava a "avalanche" de utentes, o que acontecia por vezes depois dos 16 ou 17 horas.
Não sei se alguém viu isso. É porque só se vê, aquilo que não agrada ou não convém. Gente dessa não há muita por aí, mas o Hospital da Horta, tem alguma. Por mim., que já passei por alguns Hospitais dos Açores e do Continente, não conheço, aliás como já disse, humanamente melhor. Costumam até dizer em gíria, que "aquilo" é uma "clinica", tal o tratamento que as pessoas ali recebem. Faltam algumas especialidades é certo, o que é o seu ponto mais fraco. Mas as que tem, são boas a qualquer nível e em qualquer parte. Retirar as que existem ou alguma das que existem, não só é um erro técnico ou estratégico, mas é sobretudo um êrro social grave, e até político que pode levar à própria indignação.O Hospital da Horta, devido à sua situação geográfica, hoje em dia, pode perfeitamente agregar clinicamente três lhas, já que diariamente, mesmo de Inverno, tem ligações directas Faial-Pico-S.Jorge , o que permite ida e regresso diariamente entre essas ilhas. E as cifras aplicadas aos grandes aglomerados populacionais, nada, repito nada, têm a ver com os Açores. E é por isso mesmo, que à conta da insularidade e da distância , se criou um regime de excepção, chamado " Autonomia".
Será que quem elabora esses projectos, não viu, ou não percebe o que isso significa? Será que a contenção, é para agravar ainda mais a insularidade?
Vamos consultar as consciências e ter mais juízo.
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