Se me fosse possível alcançar o poder, embora não o desejando, de qualquer forma ou a qualquer preço, ou até aquele que é conseguido nas urnas e pelo voto (sufrágio), mas o outorgado pela expressão universal do Divino, eu, neste momento, obviamente o que fazia, era demitir o Governo da República, e logo de seguida, o seu congênero açoriano, embora sabendo-o de família diferente.
Razões . O primeiro, porque olhando mais a fins (os seus), do que a meios, vai a cada dia, destruindo a estrutura do país, empobrecendo-o e levando à miséria os seus autóctones e as suas instituições, e aí sim, sem olhar a meios.
É um governo mercantilista, sem experiência e sem noção do que é ou significa o Estado, subalternizando-o ou servindo-se dele quando os interesses vão surgindo. É um governo que se intitula de social-democrata, mas nem sequer aos seus militantes, transmite essa idéia. É um governo pré-mandado (pau-mandado) e pré-datado, que não concita, nem a admiração, nem a confiança de ninguém, a não ser da Troika, uma organização cada vez mais desacreditada, falhada de intenções e idéias.
O açoriano, um governinho bicéfalo, São Miguel-Terceira, que aligeirando-se das outras sete, repetimos sete ilhas, e alicerçando-se na quantidade e na aritmética, vai, em nome dos números, e curiosa etalvez por inépsia, hegemonizando apenas duas ilhas, esquecendo o desenvolvimento, as apetências ou as próprias condicionantes históricas (memória), que presidiu ao próprio contexzto geo-político reformulado através da experiência e da história. Isto para dizer que, e por exemplo, da necessidade de fixação das pessoas, nas ilhas mais pequenas ou despovoadas, já que cada vez mais se agudiza essa situação, porque os centros de decisão, de poder, e de oferta de trabalho, sobretudo público, vão sendo sonegados, esmagados ou absorvidos. Assistimos incrédulos por exemplo, à Escola de Magistério da Horta, hoje com nome mais pomposo, transladada para outra ilha e que formava professores de reconhecida competência, que deram provas por todo este mundo português. Ao Banco de Portugal. À Guarnição Militar (BIDC1), restando apenas um quartel em ruinas.À Rádio Naval da Horta., que durante quase um século tão proficuamente assistiu a navegação que por aqui demandava ou ao largo passava E a tantas outras instituições, que sem respeitar a geografia ou a Autonomia, vão indo, desistindo, em nome de alegações ridículas ou interesses mesquinhos ou bairristicos.
E muitas outras instituições, que a troco do ordinário cliché do tempo da outra senhora "não se justifica", são extintas por aqui (Horta), mas que vão engrossar as outras duas, ou apenas uma ilha...Tudo isto e curiosamente, quando mais do que nunca, os transportes são mais eficientes, embora a concepção arquipelágica, mereça sempre actualização nessa matéria. Isto por exemplo, nas ilhas do chamado Triângulo, Faial-Pico-.S.Jorge em que existem ligações, rápidas e diárias.
Agora surgem novidades, desta vez com a "nossa jóia ", o Hospital da Horta. De novo e outra vez, lá vem a história da aritméca: para isto ou para aquilo, são precisos cinquenta mil, cem mil, cento cinquenta mil utentes. Outra vez lá vem o Não se justifica...vindo de alguém, que defende de punho cerrado uma Autonomia para os Açores, e isto porque são diferentes do contexto continental, porque têm mar e céu pelo meio, porque há invernos de meter medo, etc etc., e que por vezes os próprios aviões são cancelados, dá exemplos desses?...A própria Autonomia, que já tem muitos anos, e que remonta a períodos pretéritos e até conturbados do século XIX, assim o achava, muito antes destes autonimistas levezinhos andarem a impingir-nos estas e outras, mas também num século em que (um sr. deputado pela Terceira) achava que não eram necessários três Distritos, dois davam e sobravam; Angra e Ponta Delgada, pudera...
O que agora acontece, não é quererem retirar-nos o título ou galardão de Distrito, porque este já foi, tal como diz o Mendes, da RTP.
O que nos querem tirar ou retirar em nome dos tais números aplicáveis ao Continente, ou à UE, (que em breve será de triste memória), o que nos querem retirar, diziamos, é mesmo valências, especialidades, serviços importantes, ao Hospital e a todos nós que dele benificiam, estamos a falar em pelo menos cinco ilhas do arquipélago - Pico - Faial - S. Jorge - Flores e Corvo, em vez de os darem mais algumas de carência absoluta..
O Hospital da Horta, quer pela sua situação geográfica, quer pela sua referência histórica, tem e sempre teve, uma vocação para a centralidade, embora contrariando essa insofismável realidade, hajam vozes vindas do mar, ou do tempo dos capitães generais, gritando o contrário.Tudo isto, pensamos, anda a merecer uma vassourada. E esta gente menor, tal como dizia o Hermano Saraiva, o que pensa que é? Ou o que está fazendo?. Apanharam a Democracia de mão beijada, com o esforço dos outros, eu humildemente incluido, que fomos dando e levando, em nome de tudo isto, para ser e ficar melhor do que era.... Afinal em que ficamos? Quem é o "especialista" político se calhar especialista "não médico" que andará por detrás de tamanha façanha...Saberá o que são ilhas, insularidade, o mar, e a terra que estará a orientar ou a "des(orientar)"?
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