sexta-feira, 11 de novembro de 2016

UM POETA QUE ERA MUSICO OU UM MUSICO QUE ERA POETA

Cohen deixou-nos. Tinha 82 anos.
Foi mais uma perda para o mundo.
 Outros virao, certamente tambem talentosos, mas preencher o seu lugar, nao serah  facil.  O lugar de Cohen jamais sera preenchido porque Cohen era  
 alguem diferente. Algumas das suas melodias e das suas poesias, eivadas de amor e melancolia, abordando temas como o amor, a vida e a morte, ecoarao ainda por muitos e  longos anos,  a desafiar a sensibilidade e a saudade para muitas geraçoes.
Que viva eternamente.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Nao vamos acreditar que seja o tal "principio do fim", que hah tanto se vem anunciando

mas, a ajuizar por tudo o que foi dito e feito, nesta campanha eleitoral para a Presidencia dos Estados Unidos, ha uma tenue indicaçao de que poderah eventualmente ser isso mesmo ou seja, o principio de qualquer coisa menos boa para as pessoas e para o mundo em geral.
Tudo falhou nas expectativas e nas previsoes. A propria comunicaçao do pais mais avançado do mundo, foi um desastre e uma vergonha. Daqui para a frente, nao ha mais previsoes e mais vergonha.
A politica estah cada vez mais desacreditada, a America cada vez mais dividida, o mundo atonito, confuso, tentando "lamber" uma ferida: a instabilidade e a desorientaçao.
Democracia? Por andas? O que es? Para que serves? A quem serves? Por onde moras?


sábado, 5 de novembro de 2016

Assustador, é o que estará a acontecer nestas eleições, para a Presidência da mais poderosa nação da Terra. Dir-se-á  até que algumas das  profecias renascidas das cinzas do passado, surgem agora   numa altura em que o mundo tenta reabilitar-se de crises e guerras sucessivas, de violência de toda a ordem e espécie, gerando morte constante e contínua, de instabilidade regional intensa em diversas partes do globo.
O discurso de um dos candidatos, é de tal modo assustador e incoerente,  que a ser concretizado o seu acesso à Presidência, põe ou pode pôr em causa, todos ou quase todos os ideais e pressupostos consagrados nas Constituições dos  sistemas ditos democráticos, que ao longo dos anos, com tanto esforço e sacrifício  tantas gerações têm sabido fazer e honrar.
A América precisa de Presidentes, não como Trump, mas como Lincoln, Jefferson, e mais recentemente Roosvelt ou Truman.
Votar "bem" nesse caso, deixou de ser uma responsabilidade regional, nem só  para a América em particular, mas para o bem do mundo, de todo o mundo em geral.

ASSUSTADOR

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Numa altura em que um português, o eng, António  Guterres, assume o mais alto cargo de uma das mais relevantes e prestigiadas instituições internacionais, que é o de ser Secretário-Geral das Nações Unidas,   pensamento criado por um dos grandes vultos da política norte-americana e internacional, Franklin Delano Roosvelt,  que foi o seu grande mentor e do também  chamado "New Deal", algo que trouxe os Estados Unidos para a ribalta do mundo das nações  civilizadas, para além de nos congratularmo-nos pelo facto,  algo que muito nos prestigia, deixamos, a troco de alguma curiosidade, talvez mal divulgada, porque não concretizada no tempo, o facto de Roosvelt ter a intenção de criar  a sede, daquilo que idealizara e que viria ser as Nações Unidas (ONU), curiosamente em Portugal, mais concretamente numa cidade de uma ilha dos Açores - na cidade da  HORTA, ilha do Faial.

Assim o manifestou, aquando da sua passagem  em 1919 pela Horta (o que aconteceu há quase cem anos), tal a impressão que lhe causou a pequena cidade açoriana, a sua bela e imensa baía, o feixe internacional de comunicações por cabo, que ali existia (um dos maiores do mundo, na altura),  a sua beleza e um certo distanciamento das pressões internacionais, dos lobys e de outras formas de "persuasão" e poder menos licitas ou mais estranhas.
 Foi apenas um sonho que não se concretizou, que se acaso  acontecesse, os Açores em geral, e a Horta muito em particular, teriam tido certamente outro futuro.
A sua morte prematura, terá  negado esse "sonho", dele e talvez nosso.
E foi pena.    


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Grande confusão e alguma "bagunça" é o que tem sido o trabalho da  "repavimentação" da Rua Príncipe Alberto de Mónaco, ex-canada de Porto Pim, (a Horta era uma cidadzinha de canadas e canadinhas  e ainda existe uma com este topónimo ), a dos Arrendamentos, a  de Beliago, que ostentava entre  outros, os topónimos, o   de Gonçalves, um ilustre desconhecido,   das Companhias, dos Ingleses, havia  outras com nomes mais sonantes, bizarros,  engraçados ou hilariantes, como o das Cabras, (agora Tenente Simas), do Moinho, e mais,  e até melhor pensando, a Horta continua  uma "cidadezinha de canadas" com uma topomínia que dá  vontade de sorrir ou mesmo rir às gargalhadas, nalguns casos, e diga-se em abono da verdade, com pouca vontade de crescer. Esta é   a realidade. Fizeram-se umas ruas (em boa hora  no "reinado" de um autarca com alguma visão, diga-se, raridade nessa classe sub-desenvolvida), mas sem seguimento, ali para os lados de cima,  a meia-encosta, mas  foi "chão-que-deu-uva".  Nem a "famigerada" envolvente, um pequeno sonho que tem dado que falar, nem nada que se lhe cheire ou pareça. Continua como há  duzentos anos atrás. A culpa? Das pessoas com certeza, sobretudo, das que tem integrado o leque de poder local,  regional e até nacional.
Ora vejam: da Rua agora chamada Consul Dabney, ( um "benemérito" diz-se, norte-americano, que fez  vida por aí com familia e tudo,  enquanto o negócio foi dando. e não teve  concorrência de outros forasteiros, como os Bensaude), forasteiros,  que aqui se fixam,  não pelos olhos bonitos dos açorianos, mas pelos negócios, quanto mais chorudos, melhor, continua, como antanho, com uma única alternativa viária para sul, a dita dos Arrendamentos.  Quando a rua Príncipe Alberto de Mónaco se entope -, essa canada,  é a única  alternativa para sul-, canada essa que continua mesmo canada boa e digna de todo o terreno bem espartanos, (algo que não faz sentido, socorrendo-se para retorno (norte),  de uma artéria, afinal citadina e de certa relevância, (?) mas com pouco mais de três metros de largura,  que é a rua Conselheiro Terra Pinheiro, nome de outro ilustre desconhecido da nossa toponímia. É  mais ou menos assim.
Daí a confusão, e logo de  seguida, a bagunça. Já disse ou melhor já  escrevi, que eram necessárias mais ruas, mais vias, porque viriam tempos, em que os automóveis iam ser mais  do que muitos. Parece que este tempo chegou, mesmo com a crise económoca,  de bancos, não sei se de banqueiros. Mas hellas! Vislumbrou-se uma pálida solução ou um "luzeirinho" no final do túnel, quando se pensou que a Horta ia também ter a sua "envolvente", qualquer "coisa", grande ou curta, mas  que permitisse passar "por cima ou por baixo da cidade, facilitando-lhe assim, a saída e/ou a entrada de veículos, já que essa
não o possui e é, tão mediocremente gerida na sua expansão e   espaços, para as  necessidades quotidianas, aquelas que permitam  afirmar-se ou crescer ou pelo menos sonhar com isso.
Mas qual envolvente, para o lado norte? Nasceu a ideia, logo à partida, da polémica; mais por baixo, mais para cima, mais para o centro, toca no meu, toca no teu. E  toca a mexer cordelinhos, influências, passa não passa  e ficou tudo na mesma e em águas de bacalhau, e  por aí continua.  O poder local envolveu-se em discussões,  rivalidades e revanchismos, e perdeu a oportunidade. Houve até , manifestações partidárias convocadas e aproveitamentos de vária ordem. E se calhar birras, tais como esta: " vocês não quiserem na altura, agora que se amanhem: ora  passa, ora  não passa...Foi assim... Resultado: o poder regional aproveitou-se, a oportunidade local perdeu-se, e hoje temos zero e temos bagunça viária. Diria o meu velho amigo Rogério  : " Ó homem! Não se amofine: a Horta é assim mesmo: a terra da coisa rara".
 E é..."

Grande confusão e alguma "bagunça" é o que tem sido a "repavimentação" da Rua Príncipe Alberto de Mónaco, ex- Canada de Porto Pim, (a Horta era uma cidade de "canadas e canadinhas" quando aqui cheguei, (ainda existe uma com esse topónimo), a dos Arrendamentos, a dita de Beliago, que ostentava ainda outros topónimos, como o de Gonçalves, das Companhias, dos Ingleses, havia ainda outras com nomes mais bizarros e até engraçados, como a das Cabras, agora Tenente Simas), mas, e melhor pensando, a Horta continua sendo uma "cidadezinha da canadas" com uma topominia que dá até vontade para rir nalguns casos e com pouca vontade de crescer, esta é que é a realidade. Fizeram-se umas ruas (em boa hora), sem seguimento ali para a meia-encosta, mas isto foi "chão-que-deu-uva".  Nem envolvente, nem nada que se lhe cheire. Continua com há cem ou duzentos anos . Culpa? Das pessoas, sobretudo das que tem integrado o poder local, algumas do regional e até nacional.
Ora vejam: da Rua agora chamada Consul Dabney, um "benemérito", americano que fez  vida por cá enquanto o negócio foi dando e não teve grande concorrência de outros forasteiros Já que aui se fixam não pelos olhos bonitos das gentes, foi-se, como todos os que tem passado por estes "famigerados" Açores, continua, como antanho, com uma única alternativa, a Canada dos Arrendamentos, quando a Príncipe Alberto de Mónaco,  por qualquer razão se interrompe, algo que não faz sentido, socorrendo-se como triste remédio  de uma artéria, afinal citadina e da maior relevância (?) com pouco mais de três metros da largura, a Conselheiro Terra Pinheiro. É isso.
Daí a confusão, e logo de seguida, da bagunça. Já disse ou melhor escrevi, quando muito pouca gente o fazia ou se atrevia, que eram precisas mais ruas, porque ia chegar tempo, em que os automóveis iam ser mais do que muitos. Parece que este tempo chegou, Vislumbrou-se uma pálida solução quando se pensou numa envolvente. Mas qual envolvente. Começou, mais por baixo, mais para cima, mais para o meio, e ficou tudo por aí e continua.  O poder local envolveu-se em discussões, perdeu a oportunidade. Houve até , manifestações: passa, não passa. Resultado o poder regional aproveitou-se, a oportunidade perdeu-se, e hoje temos zero e temos bagunça viária. Diria o meu amigo Rogério: homem não se amofine: a Horta é a terra da coisa rara. E é...

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Não se justifica, não senhor

"Não se justifica..."
Esta a fatídica e pequena frase, com três palavras apenas,  que sempre muito me impressionou e  continua impressionando, negativamente, claro.
Era mesmo, o "chavão" marcante do anterior regime que alcunhavam de fascista.
Se se pedia qualquer coisa, do mais insignificante, ao mais  útil e necessário, vinha logo a "sentença", maioria das vezes sem sequer ser avaliada,  repensada ou estudada, fosse a ampliação de uma pista para aeronaves, um porto, uma estrada, ou um simples e por vezes mísero e irrisório aumento de verba para expediente, (selos ou qualquer outra ninharia), que "eles" entendiam "que não se justificava".
Hoje, com outro regime,  com outra gente, que dizem ser democrático e democrática, as "coisas" funcionam mais ou menos, da mesma forma. E o "não se justifica", serve para   quase tudo até para os desígnios das políticas vigentes,  desde que quem o solicite,  seja pequeno, falho de poder, ofereça poucos votos e  logo, menos poder reivindicativo.
Serve isto para mascarar intenções,  ao sector público e, (pasme-se) também ao privado.
O "não se justifica" serve para fugir às responsabilidades, ilude os princípios mais  básicos da Democracia , ofende as consciências e fez duvidar e crer no bom senso de quem, à sombra do poder, nos vai governando.
Fala-se por exemplo, numa valência para um Hospital, como  no caso o  da Horta, "não se justifica",  determinada valência (especialidade), mesmo que diariamente haja gente a sofrer e  necessidade de acompanhamento permanente, neurologia por exemplo. Alguém  disse, talvez o oráculo de Delfos, "que não se justificava", quando toda a gente com bom senso, vê exactamente  o contrário. Depois há as birras, as oposições e as opiniões, o gasta-se e o não se gasta," o chega-te para lá que eu faria muito melhor se estivesse no teu lugar.
Todo esse "arrazoado" é feito   à sombra do nosso dinheiro, porque afinal e melhor pensando,  é do "nosso" que estamos falando e não do deles...
Então manda-se um médico de páraquedas, que põe um pé na ilha, o outro, na sua terra, (dele) ou no estribo do avião, e está tudo resolvido. Ninguém se preocupa com o resto.
E então e  Porquê? Porque não se justifica! Tem pouca gente (população), como se estas "coisas" fossem resolvidas apenas com quantidade, e com números.
E esse "chavão" eminentemente  salazarista, acompanha o percurso democrático e a vida das pessoas,  quando vivem numa terra  pequena, que é logo desprezada à nascença ( e a Horta está  nessa triste condição, com ou sem autonomia,  com e sem democracia), esta última ainda não a enxergamos...) Alguém a tem visto ultimamente?
No sector privado é ainda muito pior. Cobra-se o dinheirinho adiantado, e em tratando-se de terra pequena como a nossa, não se faz nada, nem se ouve  ninguém. Tenho uma "coisa" dessas, que dá pelo nome de Médis ou Médicis, que diz  fornecer ´médico e enfermeiro ao domicílio, com sobretaxa e tudo do nosso bolso, e nem sequer tem um médico de clínica geral para passar uma  receita. Tudo isso anda impune e às claras, como se no reino da Andaluzia o céu fosse a Terra.
É nisto que apostou o governo "exemplar" liderado por Sexa  Passos Coelho e  Portas: privatizar tudo e em força, foi o lema.
E o resto é o que se está vendo.
Conclusão: o pequeno que morra, porque não faz falta. E pior: dá despesa ao Estado...
E que as terras pequenas não recebem solidariedade, mas contribuem para ela...E de que maneira...



"Não se justifica..."
Esta a fatídica e pequena frase, com três palavras apenas,  que sempre muito me impressionou e, que me continua impressionando, negativamente, claro.
Era mesmo, o "chavão" marcante do anterior regime que alcunhavam de fascista.
Se se pedia qualquer coisa, do mais insignificante, ao mais  útil e necessário, vinha logo a "sentença", maioria das vezes sem sequer ser avaliada,  repensada ou estudada, fosse a ampliação de uma pista para aeronaves, um porto, uma estrada, ou um simples e por vezes mísero e irrisório aumento de verba para expediente, selos ou qualquer outra ninharia, que "eles" entendiam "que não se justificava".
Hoje, com outro regime,  com outra gente, que dizem ser democrático e democrática, as "coisas" funcionam mais ou menos, da mesma maneira. E o "não se justifica", serve para   quase tudo até para os para desígnios das políticas vigentes,  desde que quem o solicite,  seja pequeno, falho de poder, ofereça poucos votos e  logo, poder reivindicativo.
Serve isto para mascarar intenções,  ao público e, (pasme-se) também ao privado.
O "não se justifica" serve para fugir às responsabilidades, ilude os princípios mais  básicos da Democracia , ofende as consciências e fez duvidar e crer no bom senso de quem, à sombra do poder, nos vai governando.
Fala-se por exemplo, numa valência para um Hospital, como  no caso  da Horta, "não se justifica" uma certa ou determinada valência (especialidade), mesmo que diariamente haja gente a sofrer e haja necessidade de acompanhamento permanente. Alguém (?) disse, talvez o oráculo de Delfos, que não se justificava, quando toda a gente vê exactamente  o contrário. Depois há as birras, as oposições, o gasta-se e não se gasta," o chega-te para lá que eu fazia melhor se estivesse no teu lugar.
Todo esse arrazoado é feito e desfeito  com o nosso dinheiro, porque afinal e melhor pensando,  é do nosso que estamos falando e não deles...
Então manda-se um médico de páraquedas, que põe um pé na ilha, o outro, na sua terra, (dele) ou no estribo do avião, e está tudo resolvido. Ninguém se preocupa com todo o resto.
Então e  Porquê? Porque não se justifica! Tem pouca gente, como se essas coisas fossem resolvidas apenas com quantidade, e com números.
E esse"chavão eminentemente  salazarista" acompanha o percurso democrático e a vida das pessoas,  quando vivem numa terra  pequena que é logo desprezada à nascença ( e a Horta está  nessa triste condição, com ou sem autonomia,  com e sem democracia, esta última ainda não a enxergamos...) Alguém a tem visto ultimamente?
O privado é ainda muito pior. Cobra o dinheirinho, e em tratando-se de terra pequena, não faz nada e não ouve ninguém. Tenho uma "coisa" dessas que dá pelo nome de Médis ou Médicis, que diz  fornecer ´médico e enfermeiro ao domicílio, com sobretaxa e tudo do nosso bolso, e nem sequer tem um médico de clínica geral para passar uma simples receita.
É nisto que apostou o governo "exemplar" do Passos Coelho e do Portas: privatizar tudo, foi o lema.
E o resto é o que se está vendo.
Conclusão: o pequeno que morra, porque não faz falta. E pior: dá despesa...
E que as terras pequenas não recebem solidariedade, mas contribuem para ela...E de que maneira...



Não se justifica, não senhor

"Não se justifica..."
Esta a fatídica e pequena frase, com três palavras apenas,  que sempre muito me impressionou e, que me continua impressionando, negativamente, claro.
Era mesmo, o "chavão" marcante do anterior regime que alcunhavam de fascista.
Se se pedia qualquer coisa, do mais insignificante, ao mais  útil e necessário, vinha logo a "sentença", maioria das vezes sem sequer ser avaliada,  repensada ou estudada, fosse a ampliação de uma pista para aeronaves, um porto, uma estrada, ou um simples e por vezes mísero e irrisório aumento de verba para expediente, selos ou qualquer outra ninharia, que "eles" entendiam "que não se justificava".
Hoje, com outro regime,  com outra gente, que dizem ser democrático e democrática, as "coisas" funcionam mais ou menos, da mesma maneira. E o "não se justifica", serve para   quase tudo até para os para desígnios das políticas vigentes,  desde que quem o solicite,  seja pequeno, falho de poder, ofereça poucos votos e  logo, poder reivindicativo.
Serve isto para mascarar intenções,  ao público e, (pasme-se) também ao privado.
O "não se justifica" serve para fugir às responsabilidades, ilude os princípios mais  básicos da Democracia , ofende as consciências e fez duvidar e crer no bom senso de quem, à sombra do poder, nos vai governando.
Fala-se por exemplo, numa valência para um Hospital, como  no caso  da Horta, "não se justifica" uma certa ou determinada valência (especialidade), mesmo que diariamente haja gente a sofrer e haja necessidade de acompanhamento permanente. Alguém (?) disse, talvez o oráculo de Delfos, que não se justificava, quando toda a gente vê exactamente  o contrário. Depois há as birras, as oposições, o gasta-se e não se gasta," o chega-te para lá que eu fazia melhor se estivesse no teu lugar.
Todo esse arrazoado é feito e desfeito  com o nosso dinheiro, porque afinal e melhor pensando,  é do nosso que estamos falando e não deles...
Então manda-se um médico de páraquedas, que põe um pé na ilha, o outro, na sua terra, (dele) ou no estribo do avião, e está tudo resolvido. Ninguém se preocupa com todo o resto.
Então e  Porquê? Porque não se justifica! Tem pouca gente, como se essas coisas fossem resolvidas apenas com quantidade, e com números.
E esse"chavão eminentemente  salazarista" acompanha o percurso democrático e a vida das pessoas,  quando vivem numa terra  pequena que é logo desprezada à nascença ( e a Horta está  nessa triste condição, com ou sem autonomia,  com e sem democracia, esta última ainda não a enxergamos...) Alguém a tem visto ultimamente?
O privado é ainda muito pior. Cobra o dinheirinho, e em tratando-se de terra pequena, não faz nada e não ouve ninguém. Tenho uma "coisa" dessas que dá pelo nome de Médis ou Médicis, que diz  fornecer ´médico e enfermeiro ao domicílio, com sobretaxa e tudo do nosso bolso, e nem sequer tem um médico de clínica geral para passar uma simples receita.
É nisto que apostou o governo "exemplar" do Passos Coelho e do Portas: privatizar tudo, foi o lema.
E o resto é o que se está vendo.
Conclusão: o pequeno que morra, porque não faz falta. E pior: dá despesa...
E que as terras pequenas não recebem solidariedade, mas contribuem para ela...E de que maneira...



domingo, 21 de agosto de 2016

O livro não precisa de festas. Precisa, isto sim, de ser incentivado, apoiado, divulgado e sobretudo lido e relido. Mas atenção: há livros e há papel borrado de tinta...






Dizer "coisas"  que pouca gente se atreve, pode ser um "defeito",  melhor, era  um defeito, raro e perigoso, hoje, talvez nao, mesmo com esta Democracia incipiente, sem gosto e sem graça.
Fala-se de ah uns anos a esta parte, (em Semana do Mar, uma semana truculenta que ocorre na cidade (zinha) da Horta, onde ha lugar para quase toda a especie de festas, ateh para a festa do livro. e o livro, coitado, tao mal amado e  tratado, nao precisa de festas, precisa, isto sim,  (quando bom ou pelo menos "razoavel "), ser divulgado, acarinhado,  lido e ahs vezes ateh   relido) ,
Afinal esta eh uma festa dos e  para os livreiros, que se veem livres de uma "catrefada" de opusculos e "calhamarços", "demodee e sem graça", encalhados, a ocupar espaço lah para os fundos, para que passam a ser vendidos ao preço da "uva mijona".
Mas centrando-me na "Festa do Livro", (o Fernando Melo, a quem devia a sua longa amizade, havia mais de 50 anos), e que nos deixou,  e fez-nos falta, e  ah comunidade em que se inseriu, jah que nao ha muita dessa gente e o meio eh pobre em quase tudo) me dizia:"eh pah! Os livros de autores açorianos (deixo a palavra "escritor"ao sabor dos mais ou menos entendidos ou ousados na materia), repito, os livros,  nao aparecem, ou estao "escondidos" quase envergonhados, o que deveria ser o contrario. Eh preciso fazer força e qualquer coisa, para regressar ao que jah foi feito, em que e apesar de tudo, tinham alguma visibilidade (os livros),  nisto que agora apelidaram de "festa".
 Os poderes politicos   em materia de cultura, que pela regiao e nao soh, funcionam muito mal sob a "egide de uma "elite" que nem eh, e atraves de um "clique", arranjaram uma editora ali para os lados do Norte do pais, que passou a "encarregar-se" da  tematica "Festa do Livro na "Semana do Mar", semana esta que tem vindo a ser contestada, por varias e variadas razoes, um "enchimento de espaço e tempo", que deixa muito  a desejar, precisamente, porque e tambem,  as ilhas e ilhotas, teem os  seus autores, porque nao escritores (?), que nao teem a seu lado ou ah sua conta, ou nao acreditam no negocio do livro (porque eh disto que se trata:de um negocio) e as entidades da Cultura ou a ela ligadas,  (ah cultura dizem nada), e  nada fazem para que haja gente que se empenhe e dedique o seu tempo (Ahs vezes a sua vida ) tambem  a essas coisas.
Estamos em presença da "burrice" institucionalizada, do desinteresse, do deixa correr o marfim, ou deixa lah isso aos privados ". Eh assim que isto de cultura no que respeita ao livro, funciona. Apoia-se quase tudo, menos quem escreve, quem tem poder criativo e nao tem por aqui um minimo de condiçoes para e tambem, dar o seu contributo, a sua valia, a sua vida, ah Terra, aos seus, ah sua historia, ao seu passado. Eh isto em resumo.
E bem vistas as coisas, ha livros e ha papeis borrados de tinta. Ha livros feitos em horas, em dias em semanas ou em meses. Mas ha os que levam muitos anos: cinco, seis, sete,  ateh mais.
Não se pedem dinheiros para isto. Apenas vontade, (também ela (politica), para servir a terra que eh nossa, eh de todos, eh para isso  que foram eleitos, servir a cultura, incentivar  outras vertentes que não sejam as que com todo o mundo se extasia...e que o escrutinio universal e secreto, contempla de forma ahs vezes bizarra e despudurada...




segunda-feira, 23 de maio de 2016

A grande "maestrina" da actualidade, chama-se hipocrisia.
Ser-se hipócrita, é possuir-se  "meio caminho andado"  para  o sucesso, para o bem-estar,  para a popularidade, para o "dolce-far-niente".
O século XXI cultiva a hipocrisia com o maior cuidado  e o mais despudorado carinho;  em cada esquina, em cada rua, em cada instituição. Sobe à comunicação social ; desce ao desporto. Viaja  de avião,  autocarro,   sedan escarlate; de  muletas. Até se "introduziu"  naquilo a que chamam justiça-, " a feita de homens para homens e outros viventes, mais descalços e doridos.
Come e regorgita "verdades" a toda a hora,  tempo e velocidade.  E quando não as tem, repete-as, e passam a ser.
A rectidão,  a honestidade, e outras "obscenidades" que nos ensinaram quando "pechinchinhos", são mera diversão para os mais incautos, quiçá mais tolos.
Trilhamos impavidamente o século da loucura.
Aquilo a que chamávamos  consciência,  honestidade, integridade, desapareceu. Em seu lugar, nasceu um "bateman", vazio de alma e coração, que só pensa em dinheiro, seja a que preço for.
Até onde  essa feroz, aná
rquica,  inconsciente e inconsequente corrida?




quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Em demcracia a indignação é precisa

Cada vez mais me convenço, de que o exibicioismo e o "show off,"  são talvez  as grandes e maiores  "armas" da actualidade política.  E os Açores. "ilhotas no meio do Atlântico, são o expoente desse tipo de pensamento,quer dos homens ligados ao capital, quer dos ditos ligado à política. Isto para dizer que  desenvolvimento, apenas para quem tem já "algum" ou alguns sinais de desenvolvimento. Os outros,  que fiquem na fila de espera ou  que aguardem   por um novo 25 de Abril, ou  qualquer outra nuance que traga outras formas (ou fórmulas) de mentalidade que não comprometam mais  o desenvolvimento.  E vive-se esse ramerrame.à espera que algo se modifique,  que aconteça, um espécie de milagre sem intervenientes divinos, tudo isso  para melhor ou para melhorar.Enquanto, e por exemplo, os  transportes aéreos para o exterior, beniificiam algumas ilhas (São  Miguel e Terceira qqqque já viram os benificios ) outras  há, que as asas de um avião high ou low cost, mal lhes toca. Passam por cima e ao lado, dedilhando melopeias de  invejas e outros  impropérios de quem os vê, de baixo para cima
È os Açores que temos no seu melhor, os habitantes que somos, o país que nos deu ( ?) origem, todo um mundo de dinheiro gerado, e da gente que o faz girar, que o procura ardentemente, e que às populações diz: "nada"
E não me falem em governações  à direita ou  à esquerda, porque a velha e já agora execranda  frase do salazarismo de que "não se justifica" que brota muito nuralmente quando não há vontade ou não interessa, continua tão actual hoje, como ontem. E olha-se para uma região retalhada, prenha de bairrismos bacocos, velhas quesilias de outros tempos, rivalidads tolas, saudosismos estúpidos.
Tudo isso dá-me para rir. A democracia, a autonomia,  são palavras para encher peitos feitos e cabeças balofas.
Falo particularmente do Faial e de outras ilhas que continuam tão perifericas como há dois séculos atrás, com a agravante, no caso do Faial, de nem ser sede de  Distrito,  algo que tanto custou a conseguir e feito por mérito próprio  respeitando a história e a própria geografia, a maior marca das ilhas.Os Distritos por cá´acabaram e continuam em Portugal.Isto quer dizer o quê? Que os Açores nem são Portugal?Nium local onde a geografia fala mais alto do que tudo, até do que a históia,  mesmo neste malfadado  século XXI
Vão-se paulatinamente retirando condições (de vida), isto aliado à debandada provocada por sismos e mal feitorias naturais,  à falta de capitais para investir, falta de gente para atrair a iniciativa e o  consumo, numa palavra, a fixação de gente, torna o Faial e algumas outras ilhas, paraísos, não fiscais, mas paraísos luxuriantes e belos, mortos.
Acresce que diversos organismos que traziam emprego (o pequeno  comércio, certas e determinadas repartições, organismos públicos, militares, etc.) tudo se volatilizou, levantando armas e bagagens a caminho de  leste ou para outras paragens de levante.-Por agora não me falem em região autónoma,  falem sim,  de outra coisa qualquer,
Os obreiros do 25 de Abril diziam com alguma graça: "discutam; procurem soluções" E eu digo; criem algo como indignação. Está a ser precisa