Irracionalidade? É isso mesmo, que estamos a assistir: tentar politicamente, arranjar "bodes expiatórios", para que as "culpas não morram solteiras", frase muito a gosto dos políticos e suas hostes, nos tempos que vão correndo.
Mas aí está o problema: é que neste caso particular e brutal do incêndio de Pedrogão Grande, dada a sua dimensão, condições naturais específicas, tudo ou quase falhou, como as próprias telecomunicações, e as comunicações em geral, e falharam e falham, e vão falhar, se não houver uma prevenção de facto, aturada e consistente, já que, e isto sabe quem durante toda a sua vida andou ligado a essas "ninharias" das telecomunicações, agora menos "insípidas", por via dos satélites, mas que continuam a não ter garantia total, nem são cem por cento fidedignas. Há zonas mortas, temperaturas excessivas, zonas de sombra, condições oro-gráficas, montes e vales e o que mais a natureza e a mão humana, foram derramando a seu bel prazer. Culpas todos as têm; o que não limpa as suas matas. O que deixa até ao último pedaço de terra, para aproveitar e colocar lá uma árvore. O que não fiscaliza e faz vista grossa à coima. O que larga uma "isca", inconsciente ou conscientemente, a mando de mão criminosa e cria destas tragédias, que se vão repetindo todos os anos pelos Verões, há muitos e muitos anos a esta parte
Esta, a primeira questão.
A segunda, prende-se com as chamadas privatizações do tal organismo (SIRESP) que superintende no sector publico-privado, das ditas telecomunicações.
Note-se que a "essência" do privado, concomitantemente das parcerias publico-privadas, é o lucro e no privado tudo funciona dessa maneira. Se dá ou há lucro: atende-se. Se não dá ou não há prespetiva de o conseguir, que vá "pentear macacos".
E logo se configura, esse reles principio afinal de desigualdade: as cidades maiores, (como Lisboa, Porto, Coimbra, etc, até Ponta Delgada, empresas com nomes sonantes, como Medis, Medicare,e outras, na área saúde, por exemplo, exibem serviços diferenciados para fazer jus ao que pagam mensalmente os seus beneficiários e justificar o nome.
Os outros, como nós, e em outros locais mais pechinchinhos, pagam e de nada beneficiam, Até escandalosamente, pagam sobretaxa para ter médico e enfermeiro ao domicilio, e nem sequer há um domicilio ou a referência de um médico, para lá se ir aviar um receituário.
E a pergunta é esta: será isso legal?
Depois fala-se de, solidariedade.
Solidariedade de quem e de quê?
Solidariedade da periferia para o Centro? Ou dos mais pobres, para os mais aquecidos e privilegiados?
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