Deslizamos pela vida quase inconscientemente, sem nos apercebermos de que ela - vida-, é uma concessão e uma consequência, limitada no espaço e no tempo, algo que nos foi "oferecido" com complacência, uma espécie de privilégio a "termo certo", que não é, nem eterno, sem sequer longo.
Mas quando a consciência, nos desperta para esse tempo passado, e que aponta para a eminência do fim ou de um fim, aí é que nos apercebemos da complexidade, da grandiosidade, da dimensão, da dificuldade de entendimento, que envolve todo o processo de existência, concomitantemente com o da morte.
E é aí, que em catadupa, surgem as interrogações: os porquês; os mistérios e o desenrolar de memórias e imagens, da vida; de toda a vida: melhor ou pior vivida.
O porquê da doença?
Do bem e do mal?
O desafio, ao mesmo tempo, imenso e grandioso, daquilo que nos rodeia?
A incapacidade de ultrapassar, o que não deve ou não pode ser ultrapassável?
Aquilo a que se convencionou chamar ciência, esbarrando em pequenas trivialidades do dia a dia?
O morrer para quê?
E o nascer, também para quê?
Se a continuidade das espécies, é um fim em si ou uma necessidade intrínseca e natural?
Se a continuidade da existência, está para além da vida ou convive com a morte?
O "porquê" da Vida, continuar sendo um acto solitário, tal como o nascimento e a morte?
E é nesse derradeiro espaço de vida, que nos apercebemos, que a "experiência" de uma única vida, não é suficiente, para que dela se usufrua todas as benesses, que poderiam acelerar e melhorar quer, o seu conhecimento, quer o seu usufruto, quer ainda o aproveitamento em prol de toda uma comunidade que é afinal todo o Universo.
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