segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

ATIRAR PEDRAS SEM OLHAR PARA SI

Volta-não-volta e tal como acontece em algumas das minhas narrativas, gosto de "encarnar" a figura de "advogado  do diabo". Trata-se de alguém, que contra tudo e às vezes, todos, defende causas, analisa situações, defende  verdades. Normalmente, contra  maiorias instaladas, sempre sedentas  de confronto e de poder; de justiça, sempre pensada e feita à sua maneira;  de paixões irreais, em que o ódio prevalece e anda de mão dada. Em resumo: algo que a par da justiça, que é  muito flexível nos dias que correm, e que se desvia mais e cada vez mais, do perdão ou da compaixão.
Vejo isto por todos os lados. Dentes bem aguçados sempre prontos ao veneno e à dentada, num arreganho de dentuça em que nada é poupado, analisado, visto de forma enviesada, num deita abaixo sem pudor e pior, muitas vezes sem razão. É por aí que entra o "advogado do diabo", que afinal também ele, não  era má pessoa.
Vi e já vi muitas vezes, referirem-se ao Ex Primeiro Ministro Sócrates, como a "coisa" pior do mundo. Uma misto e uma espécie de campónio e Xico Esperto, cheio de vícios, alguém pronto a lançar mão de tudo do que há de mais maquiavélico, em proveito próprio, um pensamento reles e antidemocrático, que não deve caber na cabeça de um ser humano que se preze.
 Uma vida destruída, retalhada, e relegada para os "ladrões e maus da fita",  foi o que lhe construíram ainda sem nada  provar. E mesmo provando, nada há que pague a vida angustiosa, desde os holofatos da TV em horário nobre no Aeroporto da Portela, à cadeia ali para os lados do Alentejo. E surjem as ridicularias: o homem, que por acaso foi Primeiro Ministro deste país, (e bom, para a vicissitude do tempo) foi o único que enfrentou o João Jardim no que respeita aos Açores, a quem lhes fora atribuído o mesmo fundo  de maneio, que à Madeira, que logo disse: então a Madeira, são duas ilhas, os Açores, que eu saiba, são nove. É justo? Quanto aos magistrados? Viviam folgados, com regalias próximas do  Prestes João. E  ele sentenciou: corta! Mas estas coisas têm preço. E muito mais. Agora vêm com outra história bizarra: o "nosso homem" é também devedor à CGD. Cerca de cento e tal mil euros, algo que o Mexias e outros "figurões" do nosso universo empresarial, privatizado ou privado, ganham  em alguns dias. Este país tornou-se numa máfia, todo ele, em que atirar pedras é o passatempo ideal e  favorito de alguns, que curiosamente, é que as merecem... Há muito e de que maneira

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