Virando os olhos para dentro, tentei alcançar, para além da "profundidade" daquele "ingénuo pirôpo", da sua intenção e da sua veracidade. Olhei um percurso já longo, que é a minha vida, e sem querer, constatei a realidade; que nunca ninguém defenuiu de forma tão sincopada, clara e simples, o meu percurso, de vida, quer nas letras, quer nela própria: E o "quem sou eu", voltou à carga e à origem desse pensamento: afinal um "protagonista" ou talvez um "agente" da interrogação, alguém que tenta entender o que o rodeia e que questiona o que sente ou entende não estar de acordo com a sua própria indiosincrasia, com os seus princípios, com a sua filosofia de estar na vida e no espaço que o rodeia.
A verdade é que questionar tem sido essa filosofia, a que sempre me "atormentou". Questionar tudo e todos. E sobretudo, questionar-me.
E o porquê desse questionar?
Resumo em duas ou três palavras:
Primeiro: porque a dimensão de tudo "Isto" que nos rodeia, é imensa. Basta entender, que há corpos "errantes", astros, por este espaço fóra, em que a sua luz , ainda não chegou ao planeta Terra e a luz percorre cerca de 350 mil quilómetros por segundo.
Depois, porque o ser humano, locatário "recente" do sistema, e que se aboletou num desses milhões de sóis que giram por esse espaço imenso, extremamente sincronizado e ordernado, desenvolveu
fórmulas sofisticadas de sobreivência, misturando-as com auto-destruição, ganância, "predadorismo" e desrespeito, por quem o criou e pela sua Obra - a Natureza-, deixando fruir e até entender, que a irracionalidade, passou a fazer parte da sua missão e do seu mundo.
Isto e muito, muito mais, tem-me levado a interrogar permanentemente, não excluindo a própria morte, o fim de um ciclo maravilhoso, mas frustante, até por vezes incompreensivel, o que nos leva mais directamente a perceber, que somos muito pequenos, seres ínfimos, perante a magia que nos rodeia, grandiosa, mas contendo, ela própria, algumas lacunas.
Daí a interrogação permanente, com muitas respostas e sem algumas confirmações.
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