Cada vez mais, o vazio provocado pela ausência, da pessoa que provavelmente mais amei na vida, minha mulher Antonieta, querida amiga e companheira, durante quase seis décadas,
faz-me crescer e sentir uma revolta surda e interior imensa, uma espécie de sentimento de injustiça provocado por "aquilo" que convencionámos chamar de doença e morte. E isto, porque maus e bons, são objecto de tratamento semelhante, por vezes até acontecendo exatamente o contrário. Continuam por cá os menos bons e os melhores vão nos deixando. As religiões curiosamente, sempre estiveram atentas a esse facto, razão pela qual, oferecem céus e infernos, aos mais ou melhor bem comportados aqui por baixo. Mas não deixa de ser uma "tábua de salvação" que natural e obviamente não agrada a todos, mas que não deixa de ser curiosa e ter até sentido: viver para eterna a para sempre, talvez sem doença.
Áí não se intrometem as forças duvidosas e exógenas da sorte, do ter ou do não ter, do bem ou do mal, do bem ou do mal nascido.
Sem comentários:
Enviar um comentário