terça-feira, 12 de dezembro de 2017

O VAZIO

Cada vez mais, o vazio provocado pela ausência, da pessoa que provavelmente mais amei na vida, minha mulher Antonieta, querida amiga e companheira, durante quase seis décadas,
 faz-me crescer e sentir uma revolta surda e interior  imensa, uma espécie de  sentimento de injustiça provocado por "aquilo" que convencionámos chamar de doença e morte. E isto,  porque maus e bons, são objecto de tratamento semelhante, por vezes até acontecendo exatamente o contrário. Continuam por cá os menos bons e os melhores vão nos deixando. As religiões curiosamente, sempre estiveram atentas a esse facto, razão pela qual, oferecem céus e infernos, aos mais ou melhor bem comportados aqui por baixo. Mas não deixa de ser uma "tábua de salvação" que natural e obviamente não agrada a todos, mas que não deixa de ser curiosa e ter até sentido: viver para eterna a para  sempre, talvez sem doença.
Áí não se intrometem as forças duvidosas e  exógenas da sorte, do ter ou do não ter, do bem ou do mal, do bem ou do mal  nascido.

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