QUANDO AS LETRAS SÃO IMAGENS
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
sábado, 23 de dezembro de 2017
PEREGRINO DA INTERROGAÇÃO
Velha e boa amiga, personalidade que muito admiro, alma de artista criativa e inteligente, em conversa amena e ocasional, e em gracejo de momento, ter-me-á "cognominado" de "incansável protagonista, MELHOR DIZENDO, PEREGRINO da interrogação".
Virando os olhos para dentro, tentei alcançar, para além da "profundidade" daquele "ingénuo pirôpo", da sua intenção e da sua veracidade. Olhei um percurso já longo, que é a minha vida, e sem querer, constatei a realidade; que nunca ninguém defenuiu de forma tão sincopada, clara e simples, o meu percurso, de vida, quer nas letras, quer nela própria: E o "quem sou eu", voltou à carga e à origem desse pensamento: afinal um "protagonista" ou talvez um "agente" da interrogação, alguém que tenta entender o que o rodeia e que questiona o que sente ou entende não estar de acordo com a sua própria indiosincrasia, com os seus princípios, com a sua filosofia de estar na vida e no espaço que o rodeia.
A verdade é que questionar tem sido essa filosofia, a que sempre me "atormentou". Questionar tudo e todos. E sobretudo, questionar-me.
E o porquê desse questionar?
Resumo em duas ou três palavras:
Primeiro: porque a dimensão de tudo "Isto" que nos rodeia, é imensa. Basta entender, que há corpos "errantes", astros, por este espaço fóra, em que a sua luz , ainda não chegou ao planeta Terra e a luz percorre cerca de 350 mil quilómetros por segundo.
Depois, porque o ser humano, locatário "recente" do sistema, e que se aboletou num desses milhões de sóis que giram por esse espaço imenso, extremamente sincronizado e ordernado, desenvolveu
fórmulas sofisticadas de sobreivência, misturando-as com auto-destruição, ganância, "predadorismo" e desrespeito, por quem o criou e pela sua Obra - a Natureza-, deixando fruir e até entender, que a irracionalidade, passou a fazer parte da sua missão e do seu mundo.
Isto e muito, muito mais, tem-me levado a interrogar permanentemente, não excluindo a própria morte, o fim de um ciclo maravilhoso, mas frustante, até por vezes incompreensivel, o que nos leva mais directamente a perceber, que somos muito pequenos, seres ínfimos, perante a magia que nos rodeia, grandiosa, mas contendo, ela própria, algumas lacunas.
Daí a interrogação permanente, com muitas respostas e sem algumas confirmações.
Virando os olhos para dentro, tentei alcançar, para além da "profundidade" daquele "ingénuo pirôpo", da sua intenção e da sua veracidade. Olhei um percurso já longo, que é a minha vida, e sem querer, constatei a realidade; que nunca ninguém defenuiu de forma tão sincopada, clara e simples, o meu percurso, de vida, quer nas letras, quer nela própria: E o "quem sou eu", voltou à carga e à origem desse pensamento: afinal um "protagonista" ou talvez um "agente" da interrogação, alguém que tenta entender o que o rodeia e que questiona o que sente ou entende não estar de acordo com a sua própria indiosincrasia, com os seus princípios, com a sua filosofia de estar na vida e no espaço que o rodeia.
A verdade é que questionar tem sido essa filosofia, a que sempre me "atormentou". Questionar tudo e todos. E sobretudo, questionar-me.
E o porquê desse questionar?
Resumo em duas ou três palavras:
Primeiro: porque a dimensão de tudo "Isto" que nos rodeia, é imensa. Basta entender, que há corpos "errantes", astros, por este espaço fóra, em que a sua luz , ainda não chegou ao planeta Terra e a luz percorre cerca de 350 mil quilómetros por segundo.
Depois, porque o ser humano, locatário "recente" do sistema, e que se aboletou num desses milhões de sóis que giram por esse espaço imenso, extremamente sincronizado e ordernado, desenvolveu
fórmulas sofisticadas de sobreivência, misturando-as com auto-destruição, ganância, "predadorismo" e desrespeito, por quem o criou e pela sua Obra - a Natureza-, deixando fruir e até entender, que a irracionalidade, passou a fazer parte da sua missão e do seu mundo.
Isto e muito, muito mais, tem-me levado a interrogar permanentemente, não excluindo a própria morte, o fim de um ciclo maravilhoso, mas frustante, até por vezes incompreensivel, o que nos leva mais directamente a perceber, que somos muito pequenos, seres ínfimos, perante a magia que nos rodeia, grandiosa, mas contendo, ela própria, algumas lacunas.
Daí a interrogação permanente, com muitas respostas e sem algumas confirmações.
REPENSAR, SE CALHAR É PRECISO
Um dos grandes deficits da sociedade portuguesa, concentra-se, neste momento, em duas áreas fundamentais: na Justiça e na Comunicação social. Na justiça, pela sua morosidade, lentidão, algo nubloso, e sobretudo muito influenciado, pela denúncia, que num sistema "apelidado" de democrático, deixa algo, para não dizer muito, a desejar. E sujem processos a demorar duas, três, quatro vezes, excedendo o desejável, o regulamentar, o quiçá fidedigno. E surgem os comentários. E surgem as desconfianças. E surgem, as interpretações. O que não é saudável e bom para a democracia e para as pessoas.
Quanto à Comunicação Social, vai "explorando" no seu dia-a-dia, os "acontecimentos, por ela detectados, investigados, explorados, e até recriados, deixando até transparecer, que se quer substituir à justiça.
E isto é lamentável. Apoiando-se, nem sempre em factos, mas mais em denuncias, o que também não é bom, investigando muito mais os assuntos, do que quem as produz.
É a cultura do descrédito, do medo, do vale quase tudo.
Tenho sessenta anos para mais do que para menos, de comunicação escrita, e que me lembre, nem no tempo do malquisto salazarismo, ele que condenava as cartas "anónimas", sem que antes tentasse saber quem as mandava, isto acontecia.
Para bem de todos nós, que se repense tudo isto, a bem da verdade e de todos nós.
Quanto à Comunicação Social, vai "explorando" no seu dia-a-dia, os "acontecimentos, por ela detectados, investigados, explorados, e até recriados, deixando até transparecer, que se quer substituir à justiça.
E isto é lamentável. Apoiando-se, nem sempre em factos, mas mais em denuncias, o que também não é bom, investigando muito mais os assuntos, do que quem as produz.
É a cultura do descrédito, do medo, do vale quase tudo.
Tenho sessenta anos para mais do que para menos, de comunicação escrita, e que me lembre, nem no tempo do malquisto salazarismo, ele que condenava as cartas "anónimas", sem que antes tentasse saber quem as mandava, isto acontecia.
Para bem de todos nós, que se repense tudo isto, a bem da verdade e de todos nós.
quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
NÓS SOMOS OS OUTROS
Todos sabemos, com maior ou menor clarividência, que a justiça não existe, e não existe porque, enquanto que para uns, justiça pode ser baseada em premissas de "dureza", para outros pode ser exatamente o contrário. Pode eventualmente conseguir-se uma aproximação aliando consciência e bom senso, algo muito difícil de se obter nos dias "áureos" que vamos trilhando.
Assim justiça, é algo muito complexo de definir e ao sabor de cada um, e sobretudo, isto sim, de executar, para quem lhe é sugerida ou tem essa missão. E não é apenas foleando cartapaços ou velhos papéis bolorentos, que podendo embora, alertar para as nossas consciências, vamos com ligeireza lá chegar.
A justiça, anos passados, estava circunscrita, à sabedoria, e essa, à idade.
Os conceitos inverteram-se, e a idade passou a ser senilidade, mesmo com o recurso às magias que a técnica nos vai oferendando.
E eu fico a olhar para isto, por exemplo:
não há insubstituíveis, nem homens que não consigam fazer tarefas que outros fazem. Haverá porventura (e irá sempre haver) homens mais capazes, melhor apetrechados, mais vocacionados, e eventualmente, homens diferentes, para melhor e para pior, em termos de eficácia, de capacidade, de discernimento, de valia para a humanidade.
O que me continua impressionando, é que, e ao contrário do que o Camões dizia; "os homens que da lei da morte se vão libertando", nem se libertam da morte e na maior parte das vezes nem da vida, são medíocres, só que
aproveitam bem as oportunidades, vivem por vezes regalados, com bons salários, bons empregos, conseguidos com pouco esforço, à sombra da política, das amizades, do compadrio.
Mesmo que essa gente cumpra (e bem o seu dever, o que é raro), tal qual um bom funcionário, artesão, obreiro do quotidiano, porque razão está sempre na "calha", para receber umas comendas, umas medalhas, o nome de umas ruas e ruelas, para lhes perpetuar a memória?
Isto quer dizer, que mesmo admitindo o cumprimento normal (o obrigatório, e o mínimo que se pode esperar) é sempre considerado para uns, uma graça dos deuses.?
O Fernando Pessoa é que dizia com alguma graça: "O mundo é dos que mandam. Nós (ele incluído), somos os outros. E eu acrescento: os que obedecem.
Assim justiça, é algo muito complexo de definir e ao sabor de cada um, e sobretudo, isto sim, de executar, para quem lhe é sugerida ou tem essa missão. E não é apenas foleando cartapaços ou velhos papéis bolorentos, que podendo embora, alertar para as nossas consciências, vamos com ligeireza lá chegar.
A justiça, anos passados, estava circunscrita, à sabedoria, e essa, à idade.
Os conceitos inverteram-se, e a idade passou a ser senilidade, mesmo com o recurso às magias que a técnica nos vai oferendando.
E eu fico a olhar para isto, por exemplo:
não há insubstituíveis, nem homens que não consigam fazer tarefas que outros fazem. Haverá porventura (e irá sempre haver) homens mais capazes, melhor apetrechados, mais vocacionados, e eventualmente, homens diferentes, para melhor e para pior, em termos de eficácia, de capacidade, de discernimento, de valia para a humanidade.
O que me continua impressionando, é que, e ao contrário do que o Camões dizia; "os homens que da lei da morte se vão libertando", nem se libertam da morte e na maior parte das vezes nem da vida, são medíocres, só que
aproveitam bem as oportunidades, vivem por vezes regalados, com bons salários, bons empregos, conseguidos com pouco esforço, à sombra da política, das amizades, do compadrio.
Mesmo que essa gente cumpra (e bem o seu dever, o que é raro), tal qual um bom funcionário, artesão, obreiro do quotidiano, porque razão está sempre na "calha", para receber umas comendas, umas medalhas, o nome de umas ruas e ruelas, para lhes perpetuar a memória?
Isto quer dizer, que mesmo admitindo o cumprimento normal (o obrigatório, e o mínimo que se pode esperar) é sempre considerado para uns, uma graça dos deuses.?
O Fernando Pessoa é que dizia com alguma graça: "O mundo é dos que mandam. Nós (ele incluído), somos os outros. E eu acrescento: os que obedecem.
terça-feira, 12 de dezembro de 2017
O VAZIO
Cada vez mais, o vazio provocado pela ausência, da pessoa que provavelmente mais amei na vida, minha mulher Antonieta, querida amiga e companheira, durante quase seis décadas,
faz-me crescer e sentir uma revolta surda e interior imensa, uma espécie de sentimento de injustiça provocado por "aquilo" que convencionámos chamar de doença e morte. E isto, porque maus e bons, são objecto de tratamento semelhante, por vezes até acontecendo exatamente o contrário. Continuam por cá os menos bons e os melhores vão nos deixando. As religiões curiosamente, sempre estiveram atentas a esse facto, razão pela qual, oferecem céus e infernos, aos mais ou melhor bem comportados aqui por baixo. Mas não deixa de ser uma "tábua de salvação" que natural e obviamente não agrada a todos, mas que não deixa de ser curiosa e ter até sentido: viver para eterna a para sempre, talvez sem doença.
Áí não se intrometem as forças duvidosas e exógenas da sorte, do ter ou do não ter, do bem ou do mal, do bem ou do mal nascido.
faz-me crescer e sentir uma revolta surda e interior imensa, uma espécie de sentimento de injustiça provocado por "aquilo" que convencionámos chamar de doença e morte. E isto, porque maus e bons, são objecto de tratamento semelhante, por vezes até acontecendo exatamente o contrário. Continuam por cá os menos bons e os melhores vão nos deixando. As religiões curiosamente, sempre estiveram atentas a esse facto, razão pela qual, oferecem céus e infernos, aos mais ou melhor bem comportados aqui por baixo. Mas não deixa de ser uma "tábua de salvação" que natural e obviamente não agrada a todos, mas que não deixa de ser curiosa e ter até sentido: viver para eterna a para sempre, talvez sem doença.
Áí não se intrometem as forças duvidosas e exógenas da sorte, do ter ou do não ter, do bem ou do mal, do bem ou do mal nascido.
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