Pessoalmente nunca "morri de amores" por denuncias,venham elas de onde vierem, sobretudo quando são despuduradamente anónimas.
Mas não deixo de entender, que denunciar o que está mal ou o que é criminoso, merece ou deve merecer o nosso apoio e respeito. Isto surge a propósito da reportagem da TVI 24 sobre os serviços prestados pela Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada e também da de Angra.
É algo que impressiona, mas pela negativa. Falhas e carências de toda a ordem. Maus tratos. Pouca compaixão e muito desamor. Uma espécie de depósitos humanos a cumprir um destino. Até não faltava, uma sala (vejam só), para morrer, antecipando e justificando aquele derradeiro e tristíssimo acto. Uma reportagem que dá muito que pensar. No muito que se faz e vai fazendo por este mundo, e que ninguém sabe, nem sonha.
Seres humanos tratados quase como lixo. E à revelia de algum sigilo, vamos sabendo e tomando conhecimento, de que ser velho, é uma fatalidade, um peso, um fardo,uma "chatice" e algo a descartar; depressa. E algumas das praticas lá evidenciadas, já as vi pessoalmente, até em hospitais credenciados (?) da Região, como aquela de amarrar os pulsos à cama, uma espécie de crucificação a olho nu e à vista de todos, mesmo da família. Algo que para além de desumano, é altamente condenado e condenável e mais do que isso: altamente proibido, mas continuam fazendo, arranjando "justificações",como o não cair da cama, o não retirar as seringas, as máscaras, etc. afinal uma justificação esfarrapada, que nada justifica, porque há soluções mesmo para esses casos.
Aqueles serviços têm o "beneplácito" e o suporte da tutela da saúde, o que mais agrava a situação.
É uma reportagem que fica na memória, pela sua "frontalidade" e também oportunidade, e isto, porque acidentalmente feita, no dia consagrado aos avós.
Bem haja o jornalista que a fez. Os meus parabéns e agradecimentos.
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