terça-feira, 3 de julho de 2018

Ó COSTA NÃO PROMETAS O QUE NÂO PODES DAR...

AS 35 HORAS SEMANAIS
De todos estes governos, que têm governado ultimamente Portugal, este, o  do António Costa, (mais um Costa, na grande gesta lusitana da politica), tem sido seguramente o menos mau, embora, volta-não-volta, vá dando sorrateiramente,  uma no cravo, outra na ferradura como convém, por vezes, até, duas no cravo e uma ou outra escorregadela momumental. E uma delas, é nitidamente as 35 horas de "trabalho" na função publica, medida naturalmente com  a intenção de a tornar comum a todas a outras áreas da atividade do país o que ainda não acontece e é o mal. Condenámos isto logo de inicio, porque entendemos que é e ainda a força do trabalho a única capaz de levar isto para a frente, no tipo de sociedade que, (feliz ou talvez infelizmente, adotamos), -  a de consumo). E mais do que isso - o país  não está ainda com capacidade e equilíbrio financeiro para suportar essa e até outras medidas meio populistas.
Discordamos logo de inicio. precisamos é de ganhar mais, trabalhando mais, porque não é possível trabalhar menos e ganhar mais. Em matéria económica não há milagres. Há produção e concorrência. Goste-se ou não, isto para os sindicatos entenderem.
E quem escreve estas linhas, foi mais de vinte anos dirigente sindical. Trabalhou sempre na sua atividade, no mínimo, 48 horas semanais, quando a função dita publica, já andava nas 35. E em laboração continua, 54 horas porque ao domingo se trabalhava. E isto nunca obstaculizou a que nas escassas horas de "folga", a que as "batatinhas redondinhas", lhe passassem pela unha  e a enxadinha da ordem de cabo curto, para que o dorso não o se esticasse muito, ao mesmo tempo borrando  jornais, livros e tudo o mais que o papel autorizasse, numa altura em que era proibido e dava securas na língua, e que uma vida cheia de entusiasmo e luta, quiçá perdido, era oferecida aos menos favorecidos.
Nunca fui homem de direita, no que se refere àquela que entende, que uns devem trabalhar duro e outros descansar. Que uns são os bons, o cérebro, a redenção e os outros a "maralhau". Mas quando se pensa em igualdade democrática, e se arranja trinta e cinco horas para uns e quarenta ou cinquenta para outros, sem sequer  se  deduzir do esforço, ou da incomodidade das próprias tarefas é no mínimo mau e ridículo, não direi antidemocrático porque a própria palavra tornou-se numa falacia..
Enquanto dirigente sindical representando-me e os trabalhadores, dizia muitas vezes: " rapazes: não vamos puxar muito pelas cordas, para não ficarmos sem emprego. É que patrão falido, não é dinheiro em caixa.
E o pior de tudo isto, é que vemos gente que nunca fez nada, a falar de trabalho.
Quando vejo, por exemplo, sindicatos permanentemente em greve, assusto-me. Primeiro, porque  não pensam nos outros, parentes mais pobres que comem da mesma mesa - que é o Estado. Depois, fazem todo este estradalhço, mesmo sendo dos mais bem pagos da Europa.
Caso para dizer : vão para o inferno.
Ó Costa abre o olho com essas alianças...e com essas crianças.






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