segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A EXPO98

Não sou, nem um viciado, nem um seguidor incondicional da TV, reconhecendo-lhe embora, a  utilidade, e a hoje, quase   indispensabilidade, no quotidiano da vida  do  humano.
E foi assim, que ao ouvir no Telejornal de hoje, a noticia da passagem dos vinte anos  da EXPO 98,  me fez recuar vinte anos de vida vivida, e aceder `aquela indelével memoria", uma memoria que significou,  um período feliz da minha(e nossa) vida.
Estivemos, minha mulher Antonieta e eu, cerca de 3 (três) horas, aguardando pacientemente para entrar , (e não perdermos o lugar); fomos ate entrevistados por essa razão. E não nos arrependemos: foi um evento inolvidável, daqueles que raramente se repetem, em toda uma vida. Mas, não estou a recorda-lo apenas por ter sido um evento grandioso, chistoso, imenso de beleza e originalidade. Não. Estou a recorda-lo, pela razão simples, de que eramos vinte anos mais jovens, com ou aparentemente  saúde e vontade de viver. Eu e minha mulher, nas palavras e opinião do amigo de muitos anos e saudoso Antero Gonçalves, (íamos a todas). O ir a todas, significava que não se escapava a nenhuma festa, nenhum evento, nada que existisse por perto ou longe e trouxesse um acréscimo de alegria. Afinal, algo fazendo parte de um projecto de vida, concebido desde o seu inicio. E nem  eh por acaso, que minha mulher se reformou aos 49 anos de idade (dizia com frequência: tenho vergonha da idade com que me reformei), isto eh: enjeitando a reforma completa. Eu avancei pouco depois em idêntica situação, com os prejuízo dai advindos, afinal demasiado novos para uma função publica, que nunca deixou seus créditos, leia-se "interesses", por mãos alheias. O nosso projecto obedeceu ao facto e ao compromisso, de criar filhos (um), e depois viver a vida (uma). E assim foi. Outro grande e saudoso  amigo, que também já nos deixou, o Carlos Goulart, sugeriu-me certa vez, (...) que tinha feito a vida por computador. E eu disse-lhe: talvez sim, mesmo não possuindo (nem havendo, ainda),  computador.
 Essa efeméride da EXPO98, recorda-me sobretudo um tempo de felicidade, em que havia saúde, tudo era bem aceite, como natural e por bem. Só que a doença começou muito cedo  a rondar a porta, ameaçando e acabando, por destruir uma quimera, um sonho, e um projecto.
E falar de EXPO, eh falar  de um tempo, de um projecto, e
 de um sonho e também de uma SAUDADE,  que não irá desaparecer...nunca.

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